A que
dizer que soprem os ventos que nos igualam ao quase,
Quando
algo de furtivo nos sopre em uma mensagem dúbia
Que não
nos cessa outros algos de muitos que
se queira.
Há ventos
que não sopram por nada, e neste vento que sopra
De outros
portanto existentes, que seja dada ao próprio
Uma
reminiscência ocre de salitre que despeja o próprio mar.
Se há a
superfície húmida do desejo, que não se verta apenas
Como um
simples mimo de afeto de ocasião nas bordas
Em que
por vezes somos fúteis sem saber, mas que sempre não!
A poesia
imanta outras superfícies de cristal da primavera
Que
ponteia a chuva incandescente nos umbrais que esquecemos
Quando
tudo o que esperamos neste mundo vago é apenas ternura.
Mas
quando esquecemos que possuímos limitações de barcos
Que mal
podem atravessar uma braçada de esperanças
Vem o
jugo do feitor ideólatra nos soletrar
o que espera que sejamos...
Seremos
sempre o paradigma da libertação, sentados, deitados,
Em túrgidos
invernos, nas capas militares, na espera de um remédio,
Pois que
não nos ditem o seu próprio reverso os ignorantes de laurel.
Saber da
fama é algo que não traduz nem ao menos a ação prémóvel
Que
indicaria a situação de quem está existindo ao redor das luzes
De outros
que emanam-na por dizerem com sinceridade sua razão...
Nada há
que dizer de algum homem que seja, posto na miséria
Estão
todos aqueles que vertem da história única de outros que a fizeram
O parco
papel de sequer saberem o que fazer nos ventos em suas naus!
Saberíamos
dos cantos de uma poesia que fosse mais coerente
Se o
feixe de músculos de um campeão de lutas vertesse o carinho
Que a
matéria imprevisível talhasse o que nada haveria a esperar.
Pois não
sejam palavras apenas aqueles que nunca compreenderam
Que o
denso véu de uma ilusão aparentemente consagradora
Os embrenhou
no particípio do passado a ver que nada resta senão
A
esperança do que esperava em vão na ação dos que estão sendo nada.
E isto de
espera quase consciente vê na flâmula de uma bandeira
Quase um
sem nome do que jamais seria um jornal em que não veem
Que
alguma crítica seria válida se estivesse presente na resposta.
A quebra
do paradigma é retórica de redundância, pois há minutos
Alguém
pode tentar entender o que jamais será compreendido
Por
aqueles que não tiveram tempo para estudar a engrenagem histórica.
Da
saudade de algo que nos assusta, fiquemos com os dois lados da moeda,
Posto
sabermos que não há gentes de mal e de bem, só há gentes, e aquilo
Por que
todos lutam por um fim exato de obter ou uma vitória ou um roubo.
Dessa
permanência da imposição da carestia e do fracasso por nossos erros
Seria
válido a humanidade deixar que descansem as peças da história
Porquanto
só a construiremos sem estarmos em vão quando a compreendermos
No
portanto de um silêncio necessário para vermos todos os nossos estragos...
Saberemos
mais quando respeitarmos as flores que tão fragorosamente pisamos
Quando
pertencemos a uma espécie de cimento sem nódoas, de temperamentos
Irrefletidos,
como que em uma esteira cibernética onde navegam feixes nervosos!
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