Talvez as cordas da física sejam de
importância mais verdadeira
Quando nem as conhecemos em suas
superfícies de ciência
Ao que não concluímos sermos seres
de outras latitudes de mar
Quando este mostra a nossa pequenez
enquanto habitantes da Terra.
A vida se torna quase presente
quando vemos que possuímos na mão
Uma caligrafia inteligente, assim,
de papel e caneta e de salitre
Quanto de húmus fecundo que podemos
ser, canceladas as perdas...
Na profusão de estrelas encobertas
por nuvens inóspitas da situação
Nos vemos por vezes alcançando
colunas de jade com suas sapatas
Pétreas como o vento gelado que nos
abraça no silvo do inverno.
De outro modo quase que aguardamos
as eternas primaveras finais
Onde não haveria começo se a
ausência vestisse mantos do não trazer.
As mesmas primaveras que por vezes
não começam, apenas abraçam
As esperanças de concreto que
jamais deixarão de ser nossos alicerces!
Em calçamentos sutis de vias ápias
vemos as ervas brotarem nas frinchas
Por onde o próprio vento sopra por
encima, resguardando os verdes.
Pousa o pássaro eternamente
acompanhado por seus rumores de voos
Por onde avistamos quão imenso é o
que não foi criado por ninguém
Quando não sabemos nem quem somos a
fim de diferir uma proposta...
As sombras do que não éramos tendem
a mostrar-nos quem somos
Quando de nossa ausência escalar,
que nos perdoem recursos vãos
Quando sabemos que a estética cede
agora finalmente para o funcional.
E vestes nos assombram nossos
próprios signos, a transmutar a Natureza
De nós mesmos, quando ainda assim
ausentes de outros mudamos a face
Da efígie da moeda, não lembrando
que não é moeda por ser, que apenas é.
Que a poesia conte o quanto é, defina
o patíbulo de inocentes, sabendo
Que outrora a recuperação de uma
pena era possível quanto de espaço
E legendas de conhecimento ainda
atravessavam o braço do camponês.
Segue-se a um canto atravessado por
murmúrios nada proféticos da vida
Que ela mesma encante um encontro
com as letras, estas eternas consoantes
A revelarem o suposto caminho em
que um poste pode ter vida de árvore!
O mastro que segura cabos e
conexões na sua ausência de pilar mecânico
Em que cabos e cabos trafegam pelos
quilômetros de nossas sendas
Quando por fim aprendemos no
perscrutar que versos caminham pelo mundo!
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