Algumas
criaturas já foram criadas na aparência, não propriamente vida,
pois somos reino biológico e natural, mas no caudal imaginativo, que
talvez não se possa crer muito, mas que da arte suspiramos boas
primaveras enquanto aquela subsista em seus modais criativos e
prosseguimos, que teatro e cinema são ainda mitos fortes. Um ser não
poderia ser tão imaginado como algo a se seguir, se tantos dos
seguidores fossem, mas que o livro pode consignar um fato, uma
comédia, um romance exemplar na letra que igualmente subsiste,
concreta ou imaginária. Possamos ver um livro como um ser, um que
sequer imaginamos, pois é a sua existência cabal de sabermos que
não precisamos lê-lo como tarefa, mas sim de escolha nossa, na
liberdade de ler qualquer um… Posto quando recebemos dos
progenitores a orientação primeira de nossas vidas, em base de
respeito, quando escutamos os mais velhos, com base em respeito,
enfim, quando adquirimos conhecimento sem máculas de sabermos
vislumbrar várias faces do mundo, incluso de preferência de cada
qual a seguir igualmente a espiritualidade, a fração indizível do
que por vezes não conhecemos e nem podemos, posto termos sentidos
imperfeitos, a imersão na liberdade é profunda. Agora, se colocamos
como meta o freio na mandíbula nos tornamos peças da engrenagem,
seja de que sistema for, seja de que ordem, pois faltará a amplitude
reservada aos mahatmas: grandes almas. As fontes de nossas luzes,
todas as dimensões reverberadas da amplidão do universo, tudo isso
é apenas uma centelha diminuta e finita do esplendor de Krsna! Vale
falarmos, temos a nossa consciência para arguir, para lapidar, para
traçar rumos na arte. No entanto podemos crer em Deus, no entanto
igualmente podemos ser ateus. Na visão de um ateu não existe Deus,
e na visão de um devoto o ateu esta equivocado. É preciso
respeitarmos a nós mesmos, e a fonte de conhecimento, material ou
espiritual, ou ambas, é gigantescamente infinita, pois pede o olhar
dialético, a compreensão de uma vida, justo quando primamos por uma
sociedade incandescente nas diferenças, luminar tanto no indivíduo
quanto no coletivo. O que podemos aceitar de uma vez por todas é a
necessária tolerância em todos os modais humanos, e que,
convenhamos, não precisamos aceitar que as guerras façam parte da
humanidade, pois esta deve primar pelo bem estar de todos, e não de
seletas minorias calcadas na injustiça social.
Não
precisamos de um ser imaginário, de um herói, de um homem ou de uma
mulher distintas de todos os outros, o que precisamos é que mais e
mais gentes alcancem uma consciência mais constituída no sentido de
preservação do planeta e de si mesmas. Precisamos daqueles que
lutam e se sacrificam em nome da não violência, pois esta deve ser
rechaçada, a não ser em legítima defesa ou para defender o
próximo, o patrimônio público e privado, a legalidade enquanto
seja assim o mundo em que vivemos. Mas temos que respeitar a vontade
popular, pois a nossa democracia urge para um reconstrução digna
das escolhas constituídas pelo voto, o fato de preferir-se alguém
para um cargo, desde a aurora de um vereador até uma vitória no
escrutínio de um Presidente. Pensarmos em um país melhor é
deixarmos que o povo participe de seus atos, uma democracia onde haja
voz, a escolha livre, geral e irrestrita de seus quadros e, sempre,
uma educação que não nos faça apenas imaginar a personagem, mas
que traga a realidade a ser crítica e amplamente discutida ao palco
giratório do povo de nosso país. Seria uma questão cada vez mais
salutar aquela que traduz a igualdade perante a Constituição, em
que cada cidadão tem os mesmos direitos do que outro, e que ninguém
pode jamais se prevalecer de um cargo, de uma instância, ou de uma
influência nociva para prejudicar quem quer que seja. Sob essa ótica
deve haver no mínimo uma certa revisão de atitudes que muitos
julgaram consagradoras, mas que a corrupção da atitude sob o peso
de interesses ideológicos ou corporativos revela uma falsa
legalidade onde – como citado acima – nem sempre a corrupção se
embasa no ganho de enriquecimento ou poder, mas muitas vezes da fama
do tempo das antigas oligarquias,
que criaram muitos rancores em perder, na história do trabalhismo
deste país, quando Getúlio passou a tomar o Poder Federativo da República
Brasileira.
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