quinta-feira, 5 de outubro de 2017

POESIA EM PARADOXO

Rima ausente no perdão do que antes seriam os mesmos versos
Qual de presença silenciosa talvez um cristal de sílica nos traga
O que é de uma placa de ruas nos mícrons assaz atarefados.

Não que se prorrogue o tempo, algo de uma sílaba em descompasso
Que faria do canto de um pássaro a vertente silenciosa do paradoxo…

Um homem que se faça reticente quanto a uma atribulada vida
Não ressente-se jamais, posto ação em consciência é o próprio Krsna!

A fremirmos gestos, a pensarmos um fluxo, a desabrocharmos o oco,
Tentarmos ver que uma letra persiste na semântica de uma paz
Quando essa paz interna nos diz que a própria contenda é ilusória.

Duas energias subsistem, e seu desequilíbrio pode afetar nações,
Pode gerar atos paradoxais, violências sem motivação, enfermidades,
No mais, que não pensam muito a respeito, pois ao leste ignoram.

Assim que se tenha algo em uma indescritível curva aguda em desnível
Quando o que se quer é uma acumulação predatória de níveis absurdos
Quando o mesmo teatro de comédia é entremeado com outro tronco…

O mesmo tecido imanente daquilo que objetivamente chamamos de outro
É o mesmo que somos enquanto ser que se passa na frente de si mesmo.

De um espelho em água cristalina, da figueira de bengala que reflete
A sua copa para o infinito da água, em que as raízes se encontrem
Ao menos para que se suceda a mescla entre a ilusão e a realidade…  

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