Quem
fosse de escutar a experiência de muitos, quiçá assim: presencialmente, não
como palestra paga, mas de apreensão do conhecimento, saberia muito, posto o
mesmo conhecimento, quando compartilhado, é um ensinamento de ofício, uma
apreensão do fazer, do construir e, de território da arte, a expressão, mesmo sabendo-se
que na confecção há espaço para tudo isso. Isso de sabermos, por termos quem
sabe a sede de saber, um entusiasmo não pelos ganhos, pelo empreendedorismo, mas
pelo engenho, pela construção, pelo know
how. Não precisamos estar aptos a montar hambúrgueres ou pastéis, somente,
mas a arte, o engenho, a medicina, são caminhos para trilharmos um conhecer ao
próximo, ao objeto, a si mesmo... Desta forma, compreenderemos não apenas como
somos enquanto seres que criam, ao processo de termos uma boa ideia, o que é um
brainstorm, e como isso pode ser
levado em equipe, entre outros processos às vezes mais individuais, como o
autodidatismo, o estudo aprofundado, as lições que podem levar a erradicar o
analfabetismo funcional, entre outros meios de coletivizar o aprendizado.
O
poder humano se distingue pelo mesmo engenho em trabalhar com os recursos que a
Natureza oferece. No entanto, uma apreensão verdadeira em relação a Ela demanda
que envidemos esforços e criatividade para preservar ao máximo a produtividade
humana sustentável para evitar danos e igualmente esforços para reparar
estragos. Afora isso, estaremos enfrentando cada vez mais dificuldades, e passa
a ser inexplicável o fato de muitos pensarem apenas em si, e que a riqueza
gananciosa os fazem passar ao largo do problema, na ignorância de acreditar que
existam paraísos no planeta Terra que não passarão pelo fracasso que tem sido a
atitude da nossa espécie até então. Tememos por tudo, e Abhayam, a coragem, é rara enquanto viventes que somos, com todos
os conflitos por quais passam não apenas a humanidade, mas aqueles gerados pela própria indústria
da carne, pelos agrotóxicos, às questões de geopolítica, e uma sensação de que
estamos esgotados, quando não pretendemos “treinar” na modalidade tão corrente
e padrão... Talvez essa condição que nos aflige seja um divisionismo existencial,
particularmente em dezenas de posições, que ao invés de unirem o planeta deixam-no fragmentado em diferenciações que geram os conflitos.
Não
podemos permitir no século atual a assertiva que a guerra faz parte da natureza
humana, pois a paz entre os povos é a única possibilidade de construirmos
um mundo mais solidário. Isso evidencia mais e mais a necessidade de estarmos
no modo da bondade da Natureza Material. Tudo bem que possa ser uma regrinha
religiosa, mas na verdade sempre será – a partir do momento que aceitemos o bom
senso em prosseguirmos – uma fundamentação lógica do que seria uma civilização
da atualidade, e não o desfecho tragicômico do que vem a ser a mesmice
enganadora que a História mostra como a paixão irrefreável pelo Poder. Esse
neologismo empoderamento, leva a
questões de lutas de poderes, no estigma ilusório de cada conectado em algo
acreditar piamente ser detentor de algum “poder”, e partir a lutar por vezes em
sua covardia inepta à sedimentação que sublima antigos debates necessários, e
contendas de modais históricos – apesar de tudo – mais concretos. Vive-se uma
ilusão sem tamanho onde grandes massas da burguesia que têm o celular – mesmo sendo
pobres, mas pensando ativamente como tal, em contiguidade – passam a “lutar”
com os instrumentos por vezes tornadas verdadeiras armas com a intenção de
fortalecerem seus grupos escusos, permitindo o empoderamento reflexo da mesma palavra esta, inexistente. Essa
farsa na maior parte dos casos passa a ser pontual, mas reflete uma dinâmica
ativa em seu propósito alienante com fartos recursos externos, gerando tipos de
autarquias de efeito viral, como farsas tipo MBL ou situações similares, com
apoio de agências altamente inteligentes no domínio de linguagens e situações
mobilizadoras de empatias de apenas um lado, deixando articuladores de lutas
outras e já obsoletas quando não se atualizam corretamente órfãos de ações mais
contundentes, o que não abre espaço para meio termo. Torna-se inepto um país
plugado nas correntes bilionárias, plugado no roubar e no emprestar, plugado na
entrega e na força, na retração ao progresso e na coação gratuita, nas mesmas
hordas que passam a curtir panoramas sinistros ou infernais, passando a frequentar
as orgias tão absurdas como nenhuma história nos revelou similares.
Essa
paixão pela guerra aponta um núcleo reduzido em poder real conquanto fluido em
movimentos de modais os mais variados, e que se traduz em uma pontual
vulnerabilidade, posto alicerçado em toda uma indústria da farsa que tende a
concluir etapas que redemocratizam a não representatividade, que inventam
outras democracias, que geram estatutos de não interferência sem a
contrapartida dos países pobres, e isso vem a contestar o estado de ser humano,
que passa a não existir, o estado existencial passa a ser o nada, as verdades
circunstanciais da força e da truculência ignara vem a ressaltar níveis de
fascismo e suas preparações e aplicações experimentais sempiternas, enquanto como em testes não se trai deveras em todas as faces do experimento. Esse tipo de jogo
era previsível: a banca começa a quebrar, mas não quer partilhar o prejuízo com
os sócios do cassino... Estes, inumeráveis, fabricam suas peças de antanho,
rezam a cartilha de que possuímos uma indústria, creem abertamente que o
capitalismo brasileiro já superou o do século XIX, e argumentam que o trabalho
escravo pode ser tolerado porquanto a maldade de nossos quase representantes
possa fabricar o empoderamento
vertical, sem que haja – para quem bebe de sua soma arcaica do álcool das
drogas e da mídia – qualquer resistência a esses desmandos que cheiram a enxofre.
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