O
que seria bem um painel? Algo de formato frequente e padrão? De
acordo com a nossa percepção havemos de saber que o olhar humano
possui níveis de profundidade, maiores do que o filme, maiores do
que o vídeo: interage, posto a ação humana descreve, dialoga, ou
perscruta se há uma motivação da curiosidade… Há dias e dias
que nos atemos a painéis, acreditando serem estes o retrato fiel da
instrumentalização derradeira enquanto o “novo” não traduz o
que se pretende no alongar recursos, no que temos por rebatimento de
outros instrumentos, mas devemos saber que o salto da ciência hoje é
mais quantitativo do que qualitativo. Isto é apenas uma constatação
que pode estar vinculada a um debate ou a diálogos que elucidem mais
a importância justamente do que sejam essas superfícies
inteligentes, funcionalmente citando. Justo, a estética toma um
lugar efêmero enquanto tradução limitante de meios da
informatização enquanto a extrema funcionalidade do chip
enquanto coisificação funcional e, no entanto, inevitável em
muitos sistemas ocupa o maior espaço existencial enquanto
engrenagem onde tudo “funciona” ao gosto do novo público em uma
vertente que paradoxalmente traz resultados aparentemente
consagradores como novo meio, mas no mesmo viés a privacidade
enquanto informações debatidas gera uma exposição que permite a
que muitos interesses a elas tenham acesso. Essas informações ao
mesmo tempo que incluem muitos usuários na conformidade de uma
cidadania sem precedentes como participação através de um meio
mais democrático de comunicação, permite a comercialização
ilegal enquanto fora do consentimento de suas fontes ou de sua
autoria. Essa lente investigativa sobre o fato de muitos estarem em
um rebatimento cada vez mais ilusório na aceitação ipsis
litteris de falsos enunciados ou conteúdos duvidosos faz crescer
paradoxalmente a ignorância daqueles que ignoram a verdadeira
informação, o uso mais correto dos meios de comunicação, em
virtude de crerem de modo postulante que a osmose é a maior
faculdade, ou a mais fácil de se manter informado. Não apenas de
canais noticiosos, mas aceitando quaisquer verdades vindas de certos
autores que possuem lauréis, incluso por vezes fabricados, ou vindo
de instituições nem tão idôneas. A releitura de muitos processos
baseada na dúvida e no aprendizado dialético em como abraçar o
conhecimento mais cabal é necessária, ao menos para não
permitirmos a dissociação psíquica, que já ocorre nas sociedades
modernas em função dessa corrida às informações, contatos
efêmeros, frustrações de popularidades antes forjadas, e
posicionamentos na externalidade da realidade do indivíduo como
cidadão e consumidor livre dentro da necessária e crucial
legalidade.
O
painel dos botões torna-se mais amplo, e no entanto mais
controlável, posto por vezes um painel ligado a outro em rede, que o
outro se conecta a diversos, não revela no primeiro a dimensão
viral em que pode se tornar uma injúria, uma atitude suspeita, ou a
permissividade de que grupos deletérios que depõem ao andamento
democrático saudável de uma sociedade não observe que reside em
cada – e são muitas, inumeráveis – consciências a limpeza e a
construção permanente de um caráter honesto e íntegro, cada vez
mais necessário nestes nossos tempos onde o egoísmo e a função
desonesta de se obter vantagens respira seus quadros aberrativos em
muitas instituições onde se perdem autoridades nas questões
antigas de contra ideologias, já que não é mais a questão
ideológica que está em jogo, mas apenas – em se tratando do
Brasil – se queremos uma pátria para todos, ou para apenas um
pequeno e nocivo grupo de parasitas. A funcionalidade de uma máquina
se torna mais potente quando há a inteligência humana, e
acompanharmos apenas as cenas faz-nos tornarmo-nos máquinas
igualmente, no que respiremos a lógica humana do diálogo e dos
debates e da permissão multifocal do pensamento como forma de
evoluirmos ou progredirmos dentro do caudal imanente do anímico e do
material. O universo das comunicações permitirá ao homem esse
amplo debate, pois não é a partir de novos painéis que
ingressaremos em novíssimas tecnologias, já que a corrida das
arquiteturas computacionais não avançam mais tanto nos hardwares e
suas placas, como em um sistema viário já traçado. A comunicação
é que se torna um novo meio, e a integração unificada e
internacional em um mundo como o nosso não é tarefa de um século,
pois só se dará algo idealmente parecido se os países pobres
tiveram aptos a desenvolver tecnologias de ponta, e o que se dá hoje
é o fato de representantes políticos das nações, ainda de velhas
gerações, muitas vezes regressas em relação ao novo,
desconhecerem as mesmas tecnologias que os países historicamente mais desenvolvidos implantam invariavelmente com
igualdade de condições e funcionamento azeitado os sistemas
necessários e fundamentados no progresso social, condição sem
precedentes para que se pretenda um país e um mundo melhor.
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