Muito
complexo seria pensar que nada a ser criado já existe… Por hora
tendemos a pensar assim, mas há cerca de algumas palavras já foi
criada essa oração. Quiçá período, quiçá sentença, mas apenas
isso, um texto que parte de uma especulação sobre a dúvida e tenta
elucidar mistério. Tantos que somos a elucidá-los ou ao menos
tentar. Houve a criação de Deus, ou em qual seja, que são inúmeros
e talvez um só, mas essa assertiva parte de questões teológicas
que o autor sequer furta a tentar a empreitada nesse campo.
Ao
menos que se saiba: a realidade, no entanto, é tão extensa que um
físico experiente sabe dos seus infinitos, que a matemática traduz
tão bem. Um homem não se sente só quando pode escrever, neste
exemplo próximo em que sua solidão se verte em qualquer carta,
qualquer mensagem que possa atingir o olhar de quem gosta de novas
palavras. Que se saiba igualmente que as letras podem partir do
pressuposto abstrato e compor sentido, compor uma poesia, espelhar um
sonho, expor verdades, denunciar farsas.
Diz-se
que a filosofia por vezes é fruto de uma mente agitada. Mas se serve
a que a acalme em construções por vezes ilógicas pela rapidez em
que se verte no papel as palavras, cumpre a função espiritual do
ser e, quando compartilhada, o ser coletivo, dentro do panorama da
compreensão do indivíduo, obviamente. O coletivo é fruto do
debate, e não necessariamente sempre chega a um consenso, mas o
diálogo e seu debate tem a importância de podermos diferenciar o
certo do errado, o que é bom para a maioria, o que é uma injustiça,
e como se pode construir não apenas um bairro positivamente, mas
todo o nosso mundo. Temos que fazer com que as palavras criadas sejam
acessíveis, e que sejam traduzidas ao bem comum, no seu sentido mais
pleno de entendimento, quanto da erudição chegar ao rês, e a
palavra ser o caminho alfabetizador do aprendiz, criança ou adulto.
Nessa condição o próprio acesso vem a ser a criação, ou seja,
dentro de um contexto de um sistema urbano, de uma arquitetura, damos
acesso a que se melhore a condição de uma cidade, quando há
competência. Igualmente, se tornarmos o universo das letras algo
fascinante, até mesmo aprendizagens técnicas e exatas como a
matemática encontram suas ressonâncias na boa escrita. Muito do que
se perguntaram alguns mestres tem a ver com o compasso, com o ritmo,
com a mensuração do próprio tempo; a literatura nos ensina a como
vivermos plenamente o encontro com a história, com a ficção, com a
realidade, com a filosofia e o pensamento de tantos e tantos homens e
mulheres que fazem ou fizeram de sua expressão a latitude única e
cabal de suas experiências. Podemos criar nesse exemplo, construindo
o próprio conhecimento, e nessa questão da palavra a leitura é
assaz importante para um reconhecimento do nosso passado, a posição
na atualidade e as projeções e planejamento quanto ao futuro. A se
tentar não errar, pois estudar com afinco nos revela a questão do
erro e dos acertos decorrentes quando os assumimos em nossas vidas,
já que em notas vemos o termômetro de nossos conhecimentos, e na
prática a aplicação deles em nossas vidas.
Lógico
é que queremos um mundo melhor… Mais lógico e humano será
estendermos esse desejo de melhorar a todos, e as questões que nos
levam a isso não necessariamente passam pelas condições de
sistemas ou metodologias. Apenas o cerne que nos acompanhe, esse
fator de igualdade de oportunidades e condição de vida para a
maioria de nossas populações passa a ser a criação sem estigmas
da melhoria progressiva de todo um país. Pois que criemos: para
melhorar-nos de vida!
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