A
forma de uma letra, se nos ativermos a essa questão, é algo
maravilhoso, em que nosso contato com ela nos abre uma lacuna de
dimensões quase infinitas, quão infinito é o cérebro humano. Não
poderemos afirmar que um ser seja infinito, posto possa encerrar,
como única certeza – de que o nascimento também faz parte – a
morte enquanto término do nosso aparecimento neste nosso planeta,
agora tão conturbado e complexo, infelizmente. Mas as letras podem
auxiliar, um texto de esperança auxilia, ou mesmo uma fruição
literária, uma apologia, um fundamento filosófico, a poesia, uma
carta de amor, um conto, crônica ou simplesmente a brincadeira do
poetar algo concreto. Sim, um recurso grandioso para um homem
solitário, que vê nas palavras um universo tão gigantesco quanto a
expressão da arte, uma força criativa e criadora que transporte
mais e mais o conhecimento compartilhado a todos os que saibam que
existem canais que nos levam à leitura! Uma boa estratégia para
termos filhos cidadãos é ensinarmos a maravilha da leitura, a
importância da literatura, da história e suas frentes consonantes
com aprendizados, onde a descrição das nervuras de uma folha e a
seiva elaborada em uma aula de biologia pode tornar-se mais perfeita
quando do bom uso do idioma. Justo que o aprendizado de outras
línguas também possui todo um Universo, uma transcrição de
significados, as estruturas da gramática, enfim, se a vida se tornar um aprender perene e um ensinamento que possa fazer parte da
vanguarda de uma nação, que seja, ipsum facto!
Pois
bem, dentro dessa alfombra que segue a realidade das linguagens
teremos também algo que exerce um fascínio similar, que são as
rotinas de programação, a técnica de uma profissão, o trabalho de
atender em um balcão, neste o modal da relação bilateral com os
clientes, ou mesmo no diálogo algo abstrato com objetos, diálogo
este que transpõe barreiras de ordem científica na proporção da
complexidade dos mesmos objetos, seja uma ferramenta de trabalho ou
um gadget na robótica. Teremos sempre que pausar e meditar um
pouco sobre a complexidade sem par em que se transformaram as
sociedades, uma pausa de reflexão para fazermos assentar a avalanche
sem conta de nossa percepção consciente: boas noites de sono e boas
caminhadas para tal, uma organização das informações que
possuímos para poder bem analisar conceitos que por vezes por causa
de situações caóticas não encontramos interpretações cabais à
altura dessa grande máquina sumamente objetiva, em que muitas coisas
no mundo partem a um funcionamento, a um sistema quase paralelo de
integrações quase sempre incompletas, posto o homem não ser um
objeto.
Há
linguagens de programação orientadas a objetos, classes, as
tradicionais variáveis, os contêineres de informação
diferenciada, o entrelaçamento quase inteligente dessas vertentes.
Uma programação mais distante do piso da máquina, esta que ainda
obedece ao padrão binário do zero e do um, em infinitas
combinações, padrão este que sempre existiu desde o lançamento do
computador em seu nascituro. As matrizes eram lidas nos rolos, nas
fitas, e geniais matemáticos mundiais se tornaram cientistas desse
estofo. As respostas que obtemos hoje através da evolução técnica
dessa quase inteligência versa hoje a grande parte dos sistemas que
vão desde um armazém a uma Agência gigantesca de Inteligência que
coordene uma nação. Essas questões vêm de uma descrição através
das letras, e se estas passam pela fronteira da matemática em ritmos
que vão desde os fonemas até estruturas de ritmos e acentuação,
pode se dizer que aproximamos um pouco a linguagem humana a algumas
certamente recém-descobertas estruturas do cérebro, por
onde anda a ciência de ponta nos países com maiores índices de
desenvolvimento. Resta às nações em desenvolvimento se
apropriarem igualmente da ciência nessa vanguarda crítica, mas
sabemos que o know how dos países desenvolvidos encerra a
sete chaves descobertas consideradas estratégicas para o
desenvolvimento de suas indústrias, seja nos setores dos
medicamentos, alimentares, genéticos em geral, e na própria
indústria bélica. A manutenção de bons parceiros na ordem
tecnológica e a oportunidade que criamos para aprender sobre
determinados campos de inteligência é importante, mas geralmente
não há intercâmbios “sinceros” sobre essas relações ou
diferenças da inteligência dos países, onde as fronteiras
significam apenas a geopolítica de quem vai explorar quem, ou se
compramos máquinas como jatos para a nossa própria defesa, obtendo
na contra-parte negativa a dependência da manutenção das peças,
quando avariadas ou obsoletas.
Havemos
de confiar em nossos próprios sistemas em um panorama mais racional
e nacionalista com relação a setores estratégicos de nosso país…
Deveremos evitar qualquer relação de subserviência com outras
nações. Tornarmo-nos independentes significa darmos condições a
que a educação de nosso povo seja a melhor possível, e que nossos
cientistas obtenham todo o ferramental para as suas pesquisas na
ponta tecnológica mundial. Poderíamos começar com a melhoria das
nossas indústrias de transformação, ou seja, qualquer estatal que
já tenha dado lucro ao Governo e que o know how seja
brasileiro, JAMAIS deve ser PRIVATIZADA. Talvez estes pensamentos
sejam aproveitáveis, é o que desejamos nós, brasileiros, com a
humildade necessária de tentar construir um país para quem já
sofreu tanto as carestias impostas com a entrega de nossos recursos
naturais e de INTELIGÊNCIA nacional. Esse pressuposto vai além das
fronteiras da ideologia pois, como exemplos de maior vitalidade no
mundo, precisamos fazer as nossas lições de casa para não apenas
fazer com que nosso país, que volta pouco a pouco ao mapa da fome, saia dessa triste estatística, mas
agregar a seu mesmo povo condições para que possa se desenvolver
dentro da cidadania plena e assegurar um consumo majorado e
consciente. Somos um grande país e nunca deixaremos de sê-lo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário