domingo, 3 de setembro de 2017

UM RETORNO A PENSAR-SE

          A forma de uma letra, se nos ativermos a essa questão, é algo maravilhoso, em que nosso contato com ela nos abre uma lacuna de dimensões quase infinitas, quão infinito é o cérebro humano. Não poderemos afirmar que um ser seja infinito, posto possa encerrar, como única certeza – de que o nascimento também faz parte – a morte enquanto término do nosso aparecimento neste nosso planeta, agora tão conturbado e complexo, infelizmente. Mas as letras podem auxiliar, um texto de esperança auxilia, ou mesmo uma fruição literária, uma apologia, um fundamento filosófico, a poesia, uma carta de amor, um conto, crônica ou simplesmente a brincadeira do poetar algo concreto. Sim, um recurso grandioso para um homem solitário, que vê nas palavras um universo tão gigantesco quanto a expressão da arte, uma força criativa e criadora que transporte mais e mais o conhecimento compartilhado a todos os que saibam que existem canais que nos levam à leitura! Uma boa estratégia para termos filhos cidadãos é ensinarmos a maravilha da leitura, a importância da literatura, da história e suas frentes consonantes com aprendizados, onde a descrição das nervuras de uma folha e a seiva elaborada em uma aula de biologia pode tornar-se mais perfeita quando do bom uso do idioma. Justo que o aprendizado de outras línguas também possui todo um Universo, uma transcrição de significados, as estruturas da gramática, enfim, se a vida se tornar um aprender perene e um ensinamento que possa fazer parte da vanguarda de uma nação, que seja, ipsum facto!
           Pois bem, dentro dessa alfombra que segue a realidade das linguagens teremos também algo que exerce um fascínio similar, que são as rotinas de programação, a técnica de uma profissão, o trabalho de atender em um balcão, neste o modal da relação bilateral com os clientes, ou mesmo no diálogo algo abstrato com objetos, diálogo este que transpõe barreiras de ordem científica na proporção da complexidade dos mesmos objetos, seja uma ferramenta de trabalho ou um gadget na robótica. Teremos sempre que pausar e meditar um pouco sobre a complexidade sem par em que se transformaram as sociedades, uma pausa de reflexão para fazermos assentar a avalanche sem conta de nossa percepção consciente: boas noites de sono e boas caminhadas para tal, uma organização das informações que possuímos para poder bem analisar conceitos que por vezes por causa de situações caóticas não encontramos interpretações cabais à altura dessa grande máquina sumamente objetiva, em que muitas coisas no mundo partem a um funcionamento, a um sistema quase paralelo de integrações quase sempre incompletas, posto o homem não ser um objeto.
          Há linguagens de programação orientadas a objetos, classes, as tradicionais variáveis, os contêineres de informação diferenciada, o entrelaçamento quase inteligente dessas vertentes. Uma programação mais distante do piso da máquina, esta que ainda obedece ao padrão binário do zero e do um, em infinitas combinações, padrão este que sempre existiu desde o lançamento do computador em seu nascituro. As matrizes eram lidas nos rolos, nas fitas, e geniais matemáticos mundiais se tornaram cientistas desse estofo. As respostas que obtemos hoje através da evolução técnica dessa quase inteligência versa hoje a grande parte dos sistemas que vão desde um armazém a uma Agência gigantesca de Inteligência que coordene uma nação. Essas questões vêm de uma descrição através das letras, e se estas passam pela fronteira da matemática em ritmos que vão desde os fonemas até estruturas de ritmos e acentuação, pode se dizer que aproximamos um pouco a linguagem humana a algumas certamente recém-descobertas estruturas do cérebro, por onde anda a ciência de ponta nos países com maiores índices de desenvolvimento. Resta às nações em desenvolvimento se apropriarem igualmente da ciência nessa vanguarda crítica, mas sabemos que o know how dos países desenvolvidos encerra a sete chaves descobertas consideradas estratégicas para o desenvolvimento de suas indústrias, seja nos setores dos medicamentos, alimentares, genéticos em geral, e na própria indústria bélica. A manutenção de bons parceiros na ordem tecnológica e a oportunidade que criamos para aprender sobre determinados campos de inteligência é importante, mas geralmente não há intercâmbios “sinceros” sobre essas relações ou diferenças da inteligência dos países, onde as fronteiras significam apenas a geopolítica de quem vai explorar quem, ou se compramos máquinas como jatos para a nossa própria defesa, obtendo na contra-parte negativa a dependência da manutenção das peças, quando avariadas ou obsoletas.
         Havemos de confiar em nossos próprios sistemas em um panorama mais racional e nacionalista com relação a setores estratégicos de nosso país… Deveremos evitar qualquer relação de subserviência com outras nações. Tornarmo-nos independentes significa darmos condições a que a educação de nosso povo seja a melhor possível, e que nossos cientistas obtenham todo o ferramental para as suas pesquisas na ponta tecnológica mundial. Poderíamos começar com a melhoria das nossas indústrias de transformação, ou seja, qualquer estatal que já tenha dado lucro ao Governo e que o know how seja brasileiro, JAMAIS deve ser PRIVATIZADA. Talvez estes pensamentos sejam aproveitáveis, é o que desejamos nós, brasileiros, com a humildade necessária de tentar construir um país para quem já sofreu tanto as carestias impostas com a entrega de nossos recursos naturais e de INTELIGÊNCIA nacional. Esse pressuposto vai além das fronteiras da ideologia pois, como exemplos de maior vitalidade no mundo, precisamos fazer as nossas lições de casa para não apenas fazer com que nosso país, que volta pouco a pouco ao mapa da fome, saia dessa triste estatística, mas agregar a seu mesmo povo condições para que possa se desenvolver dentro da cidadania plena e assegurar um consumo majorado e consciente. Somos um grande país e nunca deixaremos de sê-lo!

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