sábado, 9 de setembro de 2017

A RIQUEZA DAS PALAVRAS

            Será redundante falar, enquanto se fala e a palavra cresce em nossas linhas. Nossas porque são mandadas ao relento de uma atmosfera cálida que não cerca nada a que não seja de interesse, porquanto não há um qualquer desse tipo de troço. Quem sabe se fora permitido um jornal de menos interesse, quem sabe alguma pronúncia a respeito, quem dera dessem alguma pontuação no mesmo jogo onde chegam alguns querendo apenas o nosso isolamento enquanto indivíduos, posto de coletividades ausentes... Os fragmentos de algum topo, alguma parada em um cais, o universo tão rico das histórias e a pertinência de podermos dizer algo a alguém. Esse é o fato, o preço da liberdade que sempre será respeitada, posto nossos pensamentos vivos não se ressentem se não dizem o que outros ou a maioria quer ouvir. Mesmo porque a grande massa já escuta de outros que fabricam outras questões, em uma indústria de entretenimento que sucede a compreensão mais ativa enquanto inteligente que porventura nos reservamos. Deve haver uma denúncia a um tipo de opinião cartilhesca – de direita ou de esquerda – que não coloca termos nas suas próprias verdades, mesmo se certos pensadores possuírem uma lógica imediatamente exata, mas que peca quando só olha para o materialismo grosseiro: as transformações, a exploração, e etc. O cérebro é mais do que um folhetim algo transformador, é imagem, reflexão, transporte, meditação, vida religiosa e, por vezes, o mesmo celibato necessário a que possamos criar sem as amarras do compartir algo ilusório, pois a vida de dois pode ser pior do que a vida de um, e o dois coletivo, a quatro, pode ser menos do que o dois indivíduo, a um em cada si mesmo. Um basta que se dê à coletivização desnecessária, pois as cúpulas existem na farsa de importâncias majoradas na farsa de pensarem ser mais inteligentes, suprimindo as pequenas ervas muito maiores que essa cepa de lógicas maduras mas inconsistentes no lado humanístico. É maior uma opinião de luz do que um amontoado de trevas, que acabam pensando que as mudanças tem que partir do ato ou da atitude de violência, na refinada vingança a que não se lhe deu o propósito inicial, e o término no futuro da inércia do desesperado ato covarde, tornado nobre quando coletivizado, e ainda mais covarde tornado!
            Não há tanto a saber, não há treinamentos maiores, pois quando um incêndio devasta os nossos sertões, isso é tão grave quanto as perdas humanas, já que o topo do conforto se relaciona com o topo do desconforto, um é igual ao outro em substância, e as queimadas afetam o mundo tanto quanto os topos se querem altercar. Não há bases, há topos hoje, apenas, o refrigério do topo do mundo, as mudanças equiláteras do que está encerrado no mesmo triângulo que não se quebra, em colunas variadas de cores múltiplas e essências díspares, como um torto que se regula pelos andamentos das vigas. Só há possibilidade dessa arquitetura se tornar viável quando se tornar apta a nossa efeméride humana nas tábuas rasas dos dias, como um acontecimento em que se possa planejar – easy rider – cada passo de nossas conquistas, e quando desconstruirmos o que é de um lado ao que é do outro, e caminharmos íntegros por pontes de equilíbrio. Quando reescrevermos o que cremos ser material e que na verdade reserva o mundo do espírito, posto a cada madeiro um espírito retorna, no ciclo evolutivo que não aprendemos em nossas escolas e que desaprendemos na ciência. A ciência da auto realização espiritual, que jamais recebemos na escola, em que os seres vivos não somos apenas nós, homens e mulheres. E que o nosso prazer é o tipo de ópio em que se permitiram muitos do sem retorno a uma vida, que seja, a apenas um crédito ou oportunidade. Creiamos, ainda há jeito, mas está mais complicado agora enquanto a própria religião está se tornando materialista quando enfrenta contendas em nome de um futuro onde quase todos seriam destruídos para se dar abrigo a poucos eleitos. Uma sociedade materialista é o fim da jornada, é o equívoco da humanidade, pois permite a gana dos ignorantes de colocarem linhas de luz no meio de uma fogueira que apaga o conhecimento que serviria à humanidade como um todo: fruto do próprio conhecermo-nos. Este dá a sustentação ao nosso imo, sem a conceituação que parte de premissa rotulare do sem nome industrial, pois que seja nos frutos das lavouras as bases de nossa valoração e importância, e não na reserva sem medidas da produção de grãos na escala improdutiva que precisa de mais Amazônias para não fracassar o sistema fabril da indústria beneficiária em que nos tornamos.

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