sexta-feira, 1 de setembro de 2017

POESIA DA EXCLUSÃO

Quantos algozes excluem grupos ou portadores de enfermidades
Que por si estes são meramente humanos, sem as fronteiras do cruel
Em um mundo onde a covardia inepta calça sua bota de amianto
E parte a crucificar os mais vulneráveis pelo prazer paradoxal
De talhar um embate de forças onde o mal passa a ser normal...

Reside a paz onde sabemos que o preconceito contra enfermos
Se encontra no olhar daqueles que constituem grande a parcela
Em um mundo que não nos resguarda enquanto seres humanos
Mas nos enfeixa no madeiro que é retirado das florestas...

Pois que agora vivemos um país da entrega, de um subterfúgio
Quase permanente de não sabermos mais onde nos metemos
Quando de uma parafernália a se mostrar quiçá mais ciente
Não traduz o que se diga de uma plataforma realmente justa!

Do justo queremos a justiça, mas se não procede não seremos
Quase nunca posto apenas a preferência da parcialidade
Em que desconstituem um país no desconforme de uma não razão
A desconhecerem o que vem ao menos por base o direito do ser humano.

Quando nos propomos a existir na ciência das leis, como será
Que evitaremos de saber que a própria criminalidade reside
Em um regime de juristas excludentes para os outros e que
No entanto para si sabem o que é receber de casta o milhão!

O grande paradoxo que destrói perenemente uma instituição
É saber que os Poderes sobrenadam em riquezas anunciadas
E que as máfias dão o exemplo nefasto ao povo brasileiro
Ao que este parte ao crime mesmo sabendo que não são os grandes.

Pois os grandes ladrões são muito maiores do que muitos outros
E que vendem toda uma nação a interesses estrangeiros
Porquanto sabem de uma verdade encoberta, onde se reduz
Através de mecanismos as penas em que quem as criou deve retratar-se. 

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