quarta-feira, 6 de setembro de 2017

HÁ NOBREZA EM UM BOM CARÁTER

          Estamos por aqui, nós que nos situamos em algo mais sólido do que o que se desmancha no ar, e não é frase de contraponto ao Milan Kundera. Seria muito antigo, hoje a fantasia já não se alicerça em uma realidade, em sua dialética, mesma sabendo que nada escapa a um diálogo, pois até mesmo as ciências ocultas se valem do diálogo, e o que seria dos princípios da alquimia se não fosse assim… Ah, os Templários, os Essênios… A própria história vista como participação, ou mudança, ou algo assim. Mas nada isenta na própria lenda ou fato do caráter do homem ou de uma mulher, ou mesmo de uma criança com certo juízo de valor. Será certo termos sempre a esperança, apesar de fartos, gigantescos erros que a humanidade lança como dados, por vezes representada por poucos, os trágicos desfechos contra ela mesma, no sentido em que destrói cidades, florestas, mares, fatores de direitos humanos, cobrindo com mares de insensatez consubstanciada por hipócritas atitudes o universo da Terra. Mas não seja por isso: os cães possuem a nobreza do caráter, quando não são treinados pelo homem ou por ele fabricados para serem monstros de agressividade, quanto a qualquer treinamento para praticar danos, em que muitas vezes uma ação de dolo tenta se justificar até mesmo a uma motivação de caráter. Uma questão complexa, pois muitas vezes as leis criadas não vêm da vontade popular, ou da maioria de nossas populações, defendendo penas alternativas aos crimes de colarinho em detrimento de massas encarceradas brutalmente por vezes com penas desproporcionais à incidência de delitos não muito graves. E a máquina do sistema prisional gira “ensinando” aos “protegidos” de certos grupamentos organizados como se portar dentro e fora das cadeias. E pobres daqueles que vivem em locais onde a segurança inexiste fora dos padrões das ocorrências, ou seja, de modo preventivo. Os sistemas de defesa da sociedade viram reféns da criminalidade e suas variantes que, com a técnica mais avançada, creiamos que se deem mais fatos com a previsibilidade a que se possa fazer contenções necessárias fora dos critérios de urgência.
           Nunca devemos sair do escopo da nobreza do caráter, mesmo que em uma análise menos rigorosa nos pareça um pouco abstrato. Mas trata-se da essência do juízo, da natureza das leis que existam em países com mais desenvolvimento humano. Trata-se de se abolir qualquer espécie de preconceito e, idealmente, ficarmos sinceramente felizes quando alguém de um grupo mais vulnerável consegue superar suas mazelas, suas dificuldades, e ingressar pela porta da frente nas sociedades, estas em que não nos devemos permitir afirmações suspeitas de que pertençam a alguma supremacia de ordem racial, de classes, ou mesmo o simples pensamento que se traduz na atitude em alguns pensarem que o enfermo psíquico não é normal, porquanto esteja fazendo a lição de casa quando assistido por um profissional da saúde, uma medicina que não deve faltar. Aí vejamos, onde falta a nobreza de caráter: creiamos piamente que falta aquela onde a política passa a não investir em serviços de natureza social, posto a velha e impecável premissa que reza que quando um povo é atendido em seus anseios, através dos impostos que duramente pagam e suas taxas e contas, deverá haver um retorno justo para que se melhore a sua vida. Um ser qualquer não pode possuir uma fortuna gigantesca enquanto milhões estão sem emprego ou na miséria. Um ser qualquer não pode roubar somas gigantescas e sair ileso, perdoado por um ministro de última instância. Obviamente isso não está correto, e põe em xeque todo o sistema. O xeque mate será dado pela nobreza do mesmo povo em mudar quando for necessário o perfil dos seus representantes, dentro de um contexto em que a Democracia Participativa o coloque – o povo – em níveis de consciência de suas bases, e uma análise rigorosa de como se pode mudar para melhor um país que praticamente vive uma crise que pode colapsar o sistema como um todo. Não é de agora que não vemos facilmente um camarada de bom caráter, pois quando o Poder está em jogo muitos se ocultam dentro de suas vacilantes covardias, incluso aqueles grandes ladrões e canalhas que a Operação Lava Jato têm revelado ao País e esperemos que revele ao povo brasileiro as Privatizações “outras” que levaram a várias contas do Exterior volumes de dinheiro que ainda por lá devem estar! Será que se escreve assim?: off shore. Bonito, parece até o nome de uma lancha. Aliás, é o que não falta em Miami. O chicano que tem uma dessas por lá certamente não vai precisar ser deportado por Trump, o trampa… Riem, um pouco, canalhas, pois não rirão por muito...

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