A princípio todos são iguais, mas
essa premissa é válida em uma Declaração Universal que nos resta contestar de
onde vem e como a distância que separara o ideal em relação com a nossa
realidade aponta um tipo de hipocrisia onde a fonte das premissas invalida
ações que se pautem por justificativas sem teor de verdade. O desunir-se, a
diáspora gera gérmens residentes em nossos corpos físicos e sociais, em
patologias novas que nem mesmo a psiquiatria dá conta de classificar. Deem
licença, pois de um lado profundas transformações mudam as dimensões da psique
humana, e por outros fundamentam-se antigos discursos de mudanças que acreditam
necessárias desde épocas de queimar pneus, em grupos que se dizem resistentes
postando-se como anarquistas nos intervalos da maconha. Tudo bem que cada qual
prefira, tudo bem que cada qual roube, trafique, mate, mas existe a lei que se
dá no processo de nossas garantias de segurança, e estabelecer latitudes
menores ou menos piores vira semente de cada indivíduo no cerne das sociedades:
o pobre vira traficante e o rico vira corrupto e ladrão. Há modalidades de
roubo, há interesses em jogo, e à medida que as coisas vão ficando mais ocultas
por uma cosa nostra revisitada nas
Américas, fica difícil estabelecer padrões de condutas espelhadas por vezes nos
mais altos escalões do Sistema Jurídico. Restaria a nós contestar alguns
paradigmas, mas a desunião de uma Nação faz com que a luta na esfera política
seja sempre o toma lá dá cá, a obtenção de vantagens, o diálogo às avessas, o
cumprimento de mandatos equivocados, a destinação doentia de orçamentos – suja –
e a supressão de reformas onde a maior parte da população em sua carência
necessita para melhorar ao menos as suas condições de vida: a vivenda, a
alimentação, o descanso justo, seu lazer, suas leituras, seus estudos e as
oportunidades de crescer academicamente e tecnicamente como seus iguais na
Declaração referida no início do parágrafo, mas que infelizmente tem se tornado
ao longo dos tempos fruto de uma organização que apenas tem interesses unidos
em botar as suas garras em cima das riquezas dos mais pobres, paradoxalmente,
vinculando o nome de Organização das Nações Unidas com a hipocrisia desde seu
nascituro. Fosse isso não tomariam parte da OTAN, ou do G8, as algumas de
tantas faces que impõem as mesmas garras, ou propriamente as suas incansáveis
intenções de fazerem de países que lutam por sua independência, meros coadjuvantes
de um desenvolvimento com resultados reflexos e pífios.
Há que se impor a um país uma ideia
de que seus habitantes e seus estrangeiros que vem por cá a ajudar em seu novo
patriotismo e carinho pela nossa terra uma União que esteja presente nas
diferenças, a cada qual, às funções, ao rotor que nos move as consciências,
pois aqueles que vêm em missões de nos golpear, temos que mandá-los a que nos
respeitem como nação, nem que o seja dispensando sua pretensa ajuda ou
clarificando as evidências que estes estejam pecando contra nosso patriotismo:
de construirmos uma nação para todos. Essa diáspora que não precisamos citar
revela um nível ao mesmo tempo fracionado e totalizante de predisposição à
violência em que verdadeiras castas de homens e mulheres imparciais só enxergam
o fator ideológico, a vivência do que aprenderam ainda novos – quando já velhos
de atitudes agora – em grandes universidades do planeta, conhecimento adquirido
para apenas possuir maiores molinetes para pescar muitos bem intencionados pelo
meio do caminho. Obviamente, para ser importante em alguma grande emissora de
rádio-tv, ou no vice versa do grande domínio da WEB, a desonestidade vira um
fator generoso para se conseguir uma boa posição, havendo-se de importância
citar que as grandes redes de comunicação passaram a ganhar seus status de
dominação coadjuvando com iguais e reptílicos
níveis de corrupção da classe política, não obstando bastar-se a seleção de
candidatos a atores e telejornalistas, bem como as origens e corruptelas
jurídicas de como surgiram e se estabeleceram esses gigantescos oligopólios de
comunicação. Em resumo, forma-se um poder paralelo, onde os atuantes mais
velhos ou de hábitos mais antigos acabam por se alicerçar nas informações que
recebem dessas duvidosas fontes, e uma grande massa de categorias profissionais
dessa área acaba por derivar na neutralidade da sobrevivência, se acovardando
como jornalistas que deveriam estar na base crítica da sociedade.
Esse é o introito de uma questão
pouco complexa, a ponto de devermos estar cientes de qual interesse nosso país
é vitimado, esse interesse que atravessa fronteiras e acaba por dar nos
costados da matriz energética mais importante do planeta neste princípio de
milênio onde ainda não se ajustou a solução da falta que nos fará o petróleo, e
de sua corrida ao controle de todas as reservas mundiais, a saber que não
falamos apenas dos impérios, mas do que tudo isso significará em termos de
traumas e feridas crônicas nos povos em vias de pauperização nos países que
possuem grandes jazidas dessa matriz energética. Enquanto não estabelecermos o
grande padrão de que uma estatal que dá lucros satisfatórios à União jamais
deve ser privatizada, enquanto soubermos de uma vez por todas que um serviço
estratégico nunca deve parar nas mãos de estrangeiros, não veremos um país
melhor, pois não é traçando amigavelmente paralelos desenvolvimentistas com um
país fora de nossa realidade – de nação que emerge, ou que ao menos tentava
emergir – a riqueza que idolatramos do “outro” só nos servirá para sermos
capachos nas barganhas que o grande capital impõe às sociedades mais
vulneráveis, em consciência crítica e capacidade de defesa. O Papa Francisco
está certo quando diz que a casa comum é a igualdade mais acentuada das
riquezas entre todas as nações do planeta Terra: a nossa casa.
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