Nos tempos remotos, quando não
existiam carros, motos ou ônibus, quando os trens eram a vapor e as
ofertas industriais ainda eram mais incipientes, o motor estava na
ponta de lança para adquirir a força de trabalho, na grande era da
Revolução Industrial. No entanto, hoje se vê ainda viventes
caminhando, no mais das vezes desempregados e iludidos com a falta de
qualquer conforto, em busca apenas de um sono seguro, em uma
marquise, na esmola e no ganho de alguma comida. Uma triste realidade
que deve ser denunciada, pois o Estado não pode de nenhum modo
deixar enormes massas desamparadas. É função do Estado primar
pelos seus habitantes, senão é como se diz: a empresa qualquer
necessita do exército industrial de reserva, ou seja, daqueles que
entram na fila dos desempregados e são contratados pelo mais baixo
ou achatado salário, por ter mais oferta de mão de obra do que se
necessita. Portanto, as coisas não andaram em muito progresso
social, desde XIX até aos nossos dias. A era da informática acaba
por sistematizar a desigualdade, pois que, de diversas formas atende
aos interesses corporativistas, a modais do crime cibernético e a
uma transgressão de valores que passa pela alienação e a injustiça
instituídas, naquela velha questão que nos assombra do Poder pelo
Poder, de estarmos – os poderosos – sentados em confortáveis
poltronas tentando mudar cursos históricos. À revelia de termos a
pretensão de sermos mais humanos, passamos a viver em clãs que
ditam as normas dos grupos e seus interesses pessoais, de maneira
egoísta e imprópria, a ponto de desmerecer a classe trabalhadora
com o fundo irônico e déspota…
Necessitamos
de maiores cuidados, e a turba ignóbil insiste em fazer recrudescer
atuais problemas, como o COVID 19 e outras instâncias do que se
parece termos a enfrentar guerras comerciais concomitantemente com a
pandemia, no que resulta aparentemente a busca de dificuldades em
acertar os ponteiros para não confundir as bolas. Não usar a
máscara não nos parece a melhor solução, pois pingaremos nos
sistemas nossos extratos virais. Se não hemos de parar o comércio
reiteremos que os cuidados tenham a maturidade necessária que os
jovens infelizmente ainda não a alcançam com regularidade. Pontuar
uma caminhada consciente de que os seres de todos os tipos se dispõem
igualmente ao trabalho é como traçar a Natureza como um
esquadrinhar os fatos da tipificação do bom senso. Não há
prólogos quando a incerteza firma pé em um ato, um encaminhamento
de uma obra literária ou em um excerto documental. Na verdade, há
apenas um caminho intelectual que nos transfere de um parecer a
outro, a verve que sublinha nossas invectivas do conhecimento,
equiparando nossos próprios recursos de expressão com o pensar
registrado nas alfombras de leis consuetudinárias. É por esse
apanhado de expressões que pode o homem lutar bravamente no caminho
do diálogo e da concordância mesma do imaginário e da razão. Por
esse lado, havemos de manter uma convexidade na irradiação de
nossas mensagens, de dentro para fora, de si para outrem, do imo ao
abstrato… Assim a se dizer, nos preparamos – a ver – que, de
uma maneira ou outra, o ouro de nossas conversações seja muito raro
e prolífico, seja maior do que um tamanho peso família, seja de
irradiação sem precedentes ou, no máximo, a performance em que
descendamos de uma escala do um ao cinco, por uma nota três, em seu
mínimo ou em seu máximo.
Afora isso, sem caminharmos, é
chover no molhado, e toda a noção experienciada por um pode ser a
veia faltante nas conquistas do outro, quando a vereda de um
caminhante elucida o dia.
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