Há que se respeitar a não pronúncia
e o silêncio
Quando nada queremos dizer a respeito de um
todo
Que ponteia pelo jargão do quase infinito de
respostas
Naquilo que não nos diz realmente a realidade
De
fatos que requeremos não saber por participação
Nas vias em
que meramente somos coadjuvantes
De uma cisão de frentes e
espaços ou da remissão
Naquilo que nos sentimos ofendidos ou
meio baratinados…
No que nos suplante uma glória em
crescermos
Durante um período que seja, uma oração sem
remendos,
Uma verve que se nos escapa, uma questão de
ordem
Onde nem mesmo o mais sábio teceria sombra de festim.
E
por cá vem o computador e suas asneiras de consertos
Naquilo
que nunca sabemos, no que entorta o erro
De ainda não sabermos
lidar com a máquina
Para que esta não erre fácil, e tenhamos
o controle sobre o chip.
Das virtudes em erguermos as
espáduas, da confluência dos mares,
Da mão que nos dê
reparações na escrita, dos versos que esquecemos
Pousados em
algo mais saliente do que o pensar, dos ditos que somos
Enquanto
o verbo se faz presente, enobrecemos o olhar dos pobres.
E
por aí vamos resguardando as fronteiras do pensamento
Porquanto
possamos dizer que nada existe sem um recuo
Sagaz na medida em
que insuflamos o orgulho
Como a pedra-sabão esculpida em torno
de um profeta
Que fez de Aleijadinho um barroco maravilhoso
Nos
páteos de uma Igreja em toda a sua beleza…
Resguardemos
as monções do tempo, que nos é dada
Uma emoção de
prosseguirmos caminhando com fervor
De algo que acontece no dia
a dia, de esperas contínuas
Assim como a própria esperança se
nos dite a esfera!
Como se dizia no passado, o desastre
não acontece
Por um mero acaso, mas para despertar na
consciência
Que nem tudo são flores no reino da Dinamarca
E
que, por suposição continuada, não haveria de ser melhor aqui.
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