Sonho que nos teime em nos
deixar sozinhos, a sonhar,
De tantos que somos a realidade
repousa suas asas plúmbeas
No início, meio e no término de
quase um dia
Onde respostas atônitas nos calçam os sapatos de
jornadas…
Não que não nos mereça o bom sonho, mas que
sejamos
Aqueles capítulos de uma noite de bom sono, o
sagrado
Que nos alimente de falsas preocupações, e que
disso
Nos demos conta maior do que a façanha de não
termos
Aproveitado o tempo em que a lucidez montou sua casa
Nas
palafitas trigueiras, quais pernas morenas
Que desfilam andando
com os pés fincados na esperança!
De um MASP ao
Obelisco, do monumento de sampa
Retornemos ao Cristo Redentor, a
averiguar que de beleza
Estamos repletos, e eis que –
repetindo – a esperança,
A mesma palavra citada venha em
ampolas de virtude
Sinalizando o trabalho magistral da ciência,
a dissipar
As dúvidas que ainda não tenhamos sobre tudo,
Mas
a falta de certezas de que ainda temos que ter
Os cuidados
redobrados a quem amamos e mais um pouco...
De
sobra, que seja a humanidade sem exceção à regra
Pois não é
e nunca será a hora de se alimentar o ódio.
Qual excerto
de um épico como uma grande literatura
De um país como a
Índia, relembremos que somos irmãos
De toda a literatura sacra
ou laica, posto o que temos de cultura
Relembra antepassados em
que nada substitui o que não é
Na não existência, um sopro
de vácuo, um átomo sem núcleo,
Uma energia que suplante uma
baforada de tabaco em meio
A uma reunião liberalizante, no
sentido libertário da palavra.
É a hora de dormir um
pouco, que a poesia não existe sem noite,
A noite da poesia não
se parece com o dia da prática
Quando ao menos pensamos em
desviar dos de má conduta!
A virtude é a arma da razão,
arma que afaga e que perdoa,
Que sente, meio às piores ofensas
a igualdade que restará
Àqueles que ao menos – na
vicissitude não grave –
Fizerem diuturnamente o mea-culpa
que reverbera na remissão
Algo de confissão secreta, no meio
do sobrecenho, como luz
Que ilumine a tendência de sermos
ignorantes e pífios
Na claudicante voz que é a própria
resiliência manifesta!
Não que a Verdade seja encoberta,
pois existe nos pratos
De uma Justiça já senhora, pois sente
que inabalavelmente
Um prato não pese mais do que outro, e que
a venda seja tátil…
Verdade seja sempre dita, a verdade
de todos os que a procuram
Com a sede de prosseguir em um
caminho íntegro, normal,
Sereno porquanto de litigantes a mil o
mundo já se torna
Perene em suas conquistas de algodão-doce
Que
some no fogo fátuo de um sabor de alcaçus de sombra.
Nada
que seja extremamente supérfluo deve ser ignorado.
Pois
outrora seja efêmero para alguns pode ser concreto
Na
contextualização dos fatos, e que se almeje que cada qual
Faça
o seu lavor a favor do próximo, ou mesmo que pense
Ao menos não
infringir negócios escusos, pois isso navega
Literalmente em
direção aos penedos, do mar ou da floresta.
Enfrentemos
os nossos laços truncados pelas pétalas de chumbo
Quando em
plena primavera andante existirá sempre um cavaleiro
Disposto
em relação às chamas sagradas que o chamam em missão!
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