sábado, 5 de dezembro de 2020

UMA REALIDADE AUMENTADA

 


         O recrudescimento de dados em quaisquer esferas de atuação revelam a construção de softwares cada vez mais sofisticados para gerenciamento algo duvidoso do que venham a ser exatamente os canais que se apropriam de volumes incalculáveis daquilo que depois vem a gerar a informação… Até o conhecimento a hierarquia obedece seus padrões de consulta nos arquivos ou comunicações abertas e em sigilo, dependendo do grau de segurança e privacidade do usuário comum nos sistemas abertos ou pretensiosamente fechados. Tantas e tantas máquinas fazem esse meio de campo para os sistemas que se estabelecem no tempo e no espaço, que o fluxo passa de uma linearidade em rede, onde se parece uma sinapse constante entre seus vértices. Essa engenharia traduz conquistas como a nanotecnologia, em circuitos gigantescamente finitos em sua competência de cidades em um milímetro de chip, que placas maiores mostram, aos displays humanos, seu poder. Nada do que se pensou nos anos 80 seria tão espetacularmente grandioso como as intervenções cirúrgicas remotas ou mesmo o gerenciamento de uma imensa plantação de soja igualmente de modo digital, às colheitadeiras inteligentes. Ou, se ainda não chegamos a esse ponto talvez seja por uma negativa da vontade política, pois a engenharia da questão acima citada é apenas uma questão de tempo… Os celulares de ponta poderão oficializar a robótica em uma linha de produção, verificar as montagens através de câmeras inteligentes e resolver problemas complexos da criação de designs padrões em frações de segundos. A velocidade esperada é muito maior e esteiras de alimentação serão dispostas desde a montagem do fast food até sua consecução final, como já acontece no Oriente de ponta.

        A saber, que apenas uma adaptação pura e simples não resolverá ao sapiens, pois o aspecto do jogo nos faz sermos mais ludens, como cita Huizinga em sua obra magistral para a humanidade pois, sem jogarmos com a tecnologia, ela nos colocará em um sinistro ostracismo. Esse tempo que caminha sem fronteiras jamais nos permitirá evitar que nos cheguem contêineres repletos de novidades da ordem citada acima, não há como controlarmos, pois o mercado liberal não nos permite ofender as suas leis baseadas na oferta e na demanda, e na variação dos valores e suas diferenças entre o que é barato daquilo que é caro. Nada na economia global hoje há que dar espaço a contendas ideológicas, mas apenas fazer a lição de casa conforme os tratados econômicos surjam para que não precisemos delimitar fronteiras, e isso também serve para um continente e para um país.


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