quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

NÃO HÁ MUITO DO TODO

 

           Todavia que requeiramos um panorama globalizante, não haverá no holos uma totalidade consentida… Seguiríamos vários caminhos até chegarmos a uma plataforma muito alta para vislumbrarmos uma imagem da maior parte de desafetos, de auferir dimensões, ou, quem sabe, uma resolução espiritualista que resolva esse mesmo ponto de vista em uma abordagem religiosa, a que se saiba que o Natal espera-nos com seus alvores de esperança por um dia sagrado como tal. Esses natais que nos passam em longos e longos anos, a eterna descoberta do Cristo que nasce para salvar a humanidade, o Jesus do perdão, da comunhão e da libertação. Libertarmo-nos de certas amarras, da fé que possuímos por vezes em um Papa, no que se diga que Francisco é o Papa da libertação, do livramento, do bom senso mundial. Que nos abençoe esse ser maravilhoso que é igualmente um Filho de Deus, e que nos receba: nós, das regiões mais pauperizadas do mundo, esse ser gigantesco que é o Brasil de todos, e de tudo de bom que almejamos para a nossa gente. Talvez alguns grupos religiosos não compreendam a dimensão de um papado, talvez falte a muita gente o respeito por Sua Santidade, mas foi nos albores do Renascimento que os Lourenços e o Sumo Pontífice que proporcionaram a maior conquista da arte de todos os tempos, com o Teto exemplar da Capela do Vaticano, suas obras, desde Lorenzo Bernini até Miguel Ângelo. Tudo o que se fez da pintura sacra foi obra do todo em uma religião consagradora, e esse todo continua sempre: inescrutável, preservado, como um jogo de artes onde ganhasse o mais competente… E tivemos Leonardo, tivemos Rafael, antes, Giotto, as tintas, os desenhos que, por mais que se tente imitar, a nada se compare.
         Em um adendo, o holos pode ser consagrador, pode dirimir certas dúvidas, pode cambar por um lado, pode cambar para outro, mas não nos esqueçamos que a ciência vem para resolver várias latitudes do entendimento humano, e é, através da mesma, que dispomos das ferramentas importantes para solucionar equações nem sempre muito tangíveis.
Por vezes a ciência aguarda por uma consecução a partir de um propósito, e por vezes longos planejamentos através do todo supracitado vem a resolver questões de certo modo mais complexas…
         Se mantivermos um pensamento segregacionista não encontraremos
um porto seguro nem por sombra, e se mantivermos um ação solidária encontraremos, aí sim, um universo posto com muitas fases, a se propor o sem fronteiras, a comunhão conforme com o entendimento entre as gentes. É exatamente desse modo que podemos caminhar com o segurado saber do que não devemos cumprir à risca tudo que se nos espera, portanto o caminhar deve ser seguro e mais fácil. Seguro é que caminhemos pelas veredas do meio, assim, esperando alguns desafetos de ambas as partes, e é nesse modo que nos sobra um espaço para dialoguemos com todas as frentes, sem a soberba de termos que encarar sobremodo algum tipo de fundamentalismo, qualquer que seja, posto a religião é uma manifestação do anímico…
         As vertentes religiosas estão dispostas sobre um grande tapete, e cada grau de consciência significa um ponto do bordado e, portanto, estão sobre uma superfície grandiosa: a cada ponto, a cada pequena trama… E que sejamos nós, a cada superfície geométrica, a cada lado, de todos, reverberemos o que temos nos nossos caudais, porquanto a contenda seja deixada de lado, pois somos todos maometanos, cristãos, budistas, taoistas, hebraicos, vaishnavistas, umbandistas, indígenas, somos tantos, que não nos resta pensar que teremos mais vantagens se nos aproximamos da religião para ficarmos ricos, pois passa pelo buraco da agulha aquele que é pobre.



Nenhum comentário:

Postar um comentário