Capitanear uma força
motriz de trabalho é como auferir a carga por cima do burro, devendo
se tomar o tento de não forçar a tração do animal porquanto se
deseje cumprir o andamento de uma missão que leve a contento seguir
de modo prócer a distância que se queira auferir… A princípio é
deste modo que a maioria vê, quando se diz maioria dos donos dos
meios de produção, a contingência do trabalho e da classe
trabalhadora nos seios de nossa sociedade. Por um quesito de justiça
social, apanhamos muito quando queremos detalhar as relações
intrínsecas entre o empregador e o empregado, a ponto de
classificação ou coisa parecida. Nada seria como um homem justo
querer ser justo onde a competição extrema exaure as forças da
justiça social. De qualquer modo já foi dada a largada há um bom
tempo e temos que relembrar Russeau, Locke e Adam Smith para
compreendermos mais profundamente as origens do “contrato social”,
estas famigeradas leis que encerram o meio como forma profunda de
competição entre si, o que vem a dar no mesmo, quando falamos das
contradições inerentes aos sistemas – abertos ou fechados – que
se originam das vertentes mais primárias da dita competição, algo
reptílica.
As transformações do trabalho em nossos originais
seres simiescos revelam que a mão do homem evoluiu a partir do osso
ferramenta, a partir do fogo ferramenta até o dito sapiens, rumo a
um processo civilizatório onde não há como questionarmos a ciência
como o meio mais fundamental, a explicação, a explicitação dos
nós que nos atravessam rumo ao encontro da Verdade! A dialética do
conhecimento vai além de qualquer muro: está no ar, onde queremos
ver que seja, está esperando por nós nas versões mais rudimentares
de uma filosofia que apenas reitera o que nos é dito na
interpretação histórica dos fatos… Cabe a si – a dialética
material – explicitar o que nos é dado como led, um termo
em inglês que significa orientação, condução inequívoca,
liderança. Na falta de grandes líderes em um país qualquer
carecemos de respostas contundentes, da rigidez necessária de boas e
sonantes cabeças, das ideias que vêm a acrescentar, ao invés de
forças motrizes incapazes de dizer algo novo, mas isso se deixa para
um processo histórico, pois às vezes reza a cartilha que devemos
recuar um pouco para fazer aflorar o mesmo processo, em seu devido
tempo. Se devêssemos açambarcar tudo o que vemos na realidade em
que a notícia vira meio de quarto poder em uma nação, a esperança
é aquela onde o imediatismo não clausura a consciência, mas empata
gerações. Por isso o eterno diálogo com a matéria, pois é e será
a mesma fonte do alimento, e deixarmos para lá algumas diásporas
com o império ao menos nos garante o mínimo de se comer, posto
qualquer rivalidade mais excêntrica nos traria um boicote
continental. É bom fazermos a nossa lição de casa, onde o
imediatismo não garantirá a segurança em nossas fronteiras, e as
brigas internas não garantirão uma boa e saudável troca de
poderes, haja vista a nossa segurança institucional ser o nosso
maior bem, independentemente de decretos que nos nublem de sentido a
nossa Carta Magna. É um tempo agora de nos revezarmos nas contendas
inexistentes, ou seja, criarmos a ilusão das certezas em tempos
incertos, avançar com a fé onde não exista a mesma, questionar o
status quo baseado em injunções verdadeiras, preservando a cada
qual o que é por direito e lutar renitente e eternamente por tudo
isso! Para os parceiros, digamos, a esfera do saber é tremendamente
mais mutável do que permanecermos em nossa ignorância cega,
destarte, é isso o que se pretende ao requerer que o povo de uma
nação como a nossa possa esperar, ou seja, a esperança consolidada
e ausente do mar de incertezas, tarefa que se dá paulatinamente.
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