quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

UMA FORÇA DE TRABALHO SUI GENERIS

 

             Capitanear uma força motriz de trabalho é como auferir a carga por cima do burro, devendo se tomar o tento de não forçar a tração do animal porquanto se deseje cumprir o andamento de uma missão que leve a contento seguir de modo prócer a distância que se queira auferir… A princípio é deste modo que a maioria vê, quando se diz maioria dos donos dos meios de produção, a contingência do trabalho e da classe trabalhadora nos seios de nossa sociedade. Por um quesito de justiça social, apanhamos muito quando queremos detalhar as relações intrínsecas entre o empregador e o empregado, a ponto de classificação ou coisa parecida. Nada seria como um homem justo querer ser justo onde a competição extrema exaure as forças da justiça social. De qualquer modo já foi dada a largada há um bom tempo e temos que relembrar Russeau, Locke e Adam Smith para compreendermos mais profundamente as origens do “contrato social”, estas famigeradas leis que encerram o meio como forma profunda de competição entre si, o que vem a dar no mesmo, quando falamos das contradições inerentes aos sistemas – abertos ou fechados – que se originam das vertentes mais primárias da dita competição, algo reptílica.
           As transformações do trabalho em nossos originais seres simiescos revelam que a mão do homem evoluiu a partir do osso ferramenta, a partir do fogo ferramenta até o dito sapiens, rumo a um processo civilizatório onde não há como questionarmos a ciência como o meio mais fundamental, a explicação, a explicitação dos nós que nos atravessam rumo ao encontro da Verdade! A dialética do conhecimento vai além de qualquer muro: está no ar, onde queremos ver que seja, está esperando por nós nas versões mais rudimentares de uma filosofia que apenas reitera o que nos é dito na interpretação histórica dos fatos… Cabe a si – a dialética material – explicitar o que nos é dado como led, um termo em inglês que significa orientação, condução inequívoca, liderança. Na falta de grandes líderes em um país qualquer carecemos de respostas contundentes, da rigidez necessária de boas e sonantes cabeças, das ideias que vêm a acrescentar, ao invés de forças motrizes incapazes de dizer algo novo, mas isso se deixa para um processo histórico, pois às vezes reza a cartilha que devemos recuar um pouco para fazer aflorar o mesmo processo, em seu devido tempo. Se devêssemos açambarcar tudo o que vemos na realidade em que a notícia vira meio de quarto poder em uma nação, a esperança é aquela onde o imediatismo não clausura a consciência, mas empata gerações. Por isso o eterno diálogo com a matéria, pois é e será a mesma fonte do alimento, e deixarmos para lá algumas diásporas com o império ao menos nos garante o mínimo de se comer, posto qualquer rivalidade mais excêntrica nos traria um boicote continental. É bom fazermos a nossa lição de casa, onde o imediatismo não garantirá a segurança em nossas fronteiras, e as brigas internas não garantirão uma boa e saudável troca de poderes, haja vista a nossa segurança institucional ser o nosso maior bem, independentemente de decretos que nos nublem de sentido a nossa Carta Magna. É um tempo agora de nos revezarmos nas contendas inexistentes, ou seja, criarmos a ilusão das certezas em tempos incertos, avançar com a fé onde não exista a mesma, questionar o status quo baseado em injunções verdadeiras, preservando a cada qual o que é por direito e lutar renitente e eternamente por tudo isso! Para os parceiros, digamos, a esfera do saber é tremendamente mais mutável do que permanecermos em nossa ignorância cega, destarte, é isso o que se pretende ao requerer que o povo de uma nação como a nossa possa esperar, ou seja, a esperança consolidada e ausente do mar de incertezas, tarefa que se dá paulatinamente.


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