domingo, 13 de dezembro de 2020

DA NATUREZA MATERIAL E DA ESPIRITUAL

 

          Não havemos de confundir o mundo material com o mundo espiritual, mesmo porque se possa afirmar que, como temos a ciência da matéria também temos a ciência religiosa, ou aquilo que dá suporte como estudo aprofundado na questão de servirmos a Deus em Bhakti, o serviço da devoção imaculada a Krsna, nosso bem-querente…
          Por dever e obrigação a matéria se processa dialeticamente, quando vista sob um prisma mais purista e filosófico, no empirismo teórico e prático que almeja uma reivindicação por si, um ganho pelo trabalho com a acentuação na Justiça Social, como rege um pensamento de vanguarda naquilo que esperamos seja justo: e um pleno emprego, na divisão paritária das riquezas e na confluência do dito – que seja – antes tarde do que nunca. Sabemos mais obviamente do que se relaciona com a matéria, até mesmo quando pesamos
a balança da Justiça no favor obrigatório que o ser mais desfavorecido volte a equilibrar os pesos, volte a sedimentar medidas a seu mesmo e próprio condicionante. A consciência da matéria é altissonante, revela a si mesma o que vêm de roldão nos diversos modais da compreensão histórica e elementar sobre os erros e acertos auferidos pela humanidade, in saecula saeculorum. Esses erros históricos revelam por vezes a capacidade da barbárie humana nas relações sociais e raros tempos de maiores razões sobre a nossa raça.
          Por vezes, pensamos em algo materialmente bom e o vemos como uma bênção sobre nossas vidas, quando somos gentes de uma fé madura, mas talvez não seja totalmente correto esse modo de pensar, pois a riqueza nobiliárquica só é dada a poucos, quando possuímos essa visão histórica quase absolutista, e elegemos um signatário como se ele tivesse o poder de
Deus.
          Falemos sempre da pertinácia da ciência material, mas é assaz importante pensarmos e praticarmos a ciência da Autorrealização. Essa ciência rege o pensamento de que importa que tenhamos bons alimentos e condições de manter o corpo e a alma juntos para que estruturemos nossas vidas na austeridade e consecução de penitências neste planeta a fim de almejar o ingresso aos planetas espirituais, uma plataforma distinta deste mundo de passagem, conforme reza a cartilha e a prática do celibato, da união regrada com o esposo/a, e da aceitação de uma vida mais simples e em conformidade com a natureza dos seres, sejam eles a fauna e a flora. Em síntese, estas são as condições para que adentremos em um mundo mais civilizado e sem maiores rancores, pois as atitudes ruins e incertas – ausentes da fé – é que nos levam às regiões mais sombrias da ignorância!

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