As
sombras de um outono que não se deu, deu margens a que a
floresta
Fosse assombrada
por um fogo incomparável com um trágico desfecho
Que,
infelizmente, continua nas fronteiras absurdas de nossa esperança…
A
matemática do lavor dos bombeiros, de sua estirpe heroica, se
dá
Quando ainda somos os protagonistas de um fogo que não
verga
O seu moral e não pretende eximir-se da plataforma do que
não seja.
Seja quem for que esteja na luta para – com o
seu sacrifício – trabalhar
Para atenuar quaisquer moléstias
nuas com jargões de batalhas insanas,
Dirimir uma fogueira
colossal é tarefa acidentada de poucos homens…
Essa
gente é valorosa, tem em seu principiar um resguardo de
gigantes
Quando, ao se pretender em serviço, só se perturba
quando não há formas
De dissipar uma fogueira tão interna
que se dá quase o sobrenome do fracasso!
Quem dera
fôssemos todos bombeiros da vida, quem dera a estiagem não
fosse
Durar tantos e tantos dias, tantas as estações, que na
verdade o próprio pregador
Por vezes não tem um diálogo sobre
os tempos difíceis que enfrentamos.
Um bom pastor que
seja, um homem religioso, um padre ecumênico,
Um budista, um
muçulmano, um judeu, um vaishnava, quem dera, o citar
Dos
santos nomes vem de todos – sem exceção – sem desavença e sem
ceifa.
De
tantas e tantas interpretações de nossos tempos, dos rumos e do
prumo,
Que sejamos afinados com a contemporização de nossas
fases alternas
Quando o que se diz muitas vezes é esperarmos
simplesmente o fim e seu Juízo.
Quem dera fosse tão
simples, quem dera o Tao da Física fosse lido finalmente
Até o
ponto de uma mutação presente em Fritjof Capra como um livro
sereno
Que apenas explicita que já não podemos crer apenas em
Newton ou Descartes!
O respeito que termos que ter a
respeito das vertentes religiosas é a solução
De ausentarmos
de conflitos a superfície terrestre, e tudo o que se diz
Da
preservação das matas, rios e seus biomas, são palavras de
maestria e lucidez.
A propósito, se um homem pensa de
acordo com a sensatez a sensaboria não alcança
Seu modo de
ser, porquanto é das razões e das evidências que vivemos, e não
existe
Prova maior do que uma atitude em contrário, nociva por
intenção e causa.
Da
parte que se nos toque, haveremos de transcender os problemas e suas
consequências
Porquanto a poesia siga o caminho do Meio, na
reverberação de que não perdemos
A total significância da
matéria, na esteira de nenhuma vaidade, pois não somos o
corpo.
Somos almas transmigratórias, somos o espírito e
seu silêncio, somos um só corpo
E um só espírito, nada a ver
com a transubstanciação material, mas devemos crer
Que a
matéria, tal como o trabalho, alimentação, educação e saúde
existam sempre...
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