sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

A VERTENTE INDÔMITA

 

Porquanto a coragem seja algo de fervor quase religioso
Quando se nos apresenta maior do que quase tudo, a gana
De suplantar contendas naturais, é aquilo que ata-nos
Ao viver silencioso da honestidade, do bom portar-se
Em virtude da particularidade de uma razão consentida e igual…

A se sentir de fato, um homem, uma mulher, no teor da irmanada
Querência do se ser equânime, a se sublinhar os sonhos
De toda uma face que não se redime por vezes, nos quadriláteros
Que agem em sua área irregular no mais que nos encontramos
Aos perfis renitentes de uma voz com mais profundidade e calor.

Do que se vista de rumores inquietos, não nos apareçamos
Com a simplicidade extrema dos ventos, no que nos abraçamos
Nas frases que deixamos ao relento, relembrando palavras
Que em seu terminante conhecimento quase cabal
Saibamos que rege o mesmo tempo em que não sabemos mais nada.

Desligamos os assovios da primavera, tecemos as Estações de Vivaldi,
Acompanhamos os trenós do Cristo Natalino, e vertemos na ópera
De um grande Maestro as definições exatas do que seja a própria arte
Com tudo aquilo que adoramos em função de maior prosseguimento
Em redes não ardilosas, mas com a sua substância d
o mero entendimento.

Esse fato subscrito na razão supracitada, e que a ela pertençamos
Revela o mundo tal qual é sem subterfúgios da ignorância de se pertencer
A uma via de mão transversa que não entende o próprio não
E perece no mundo qual cesto de vime pendurado na própria ocasião
Em que os noves foram demitidos por não serem tão imensos como os dez.

Sintamos a escalada espiritual, as vezes de parecermos com uma existência
Maior do que fora conosco a própria existência da luz
Conquanto possa parecer um tanto a mais de mera e simples subsistência
A vida que encerramos em uma desdita particular, um motivo de invídia
No jargão coloquial de simples ideário sem forma, meio ou cor!

Aparecendo as vicissitudes de um progresso, eis que tomamos forma
Em uma veia reflexa do quanto gostáramos de aprender, qual seja,
O período de uma sentença longa, quebrado em partes
Que anunciem o farol de uma vertente indômita
Na versão mais apropriada do que seja a certeza de prosseguirmos…

No caso de um ato reflexo que um poder seja emancipado por critérios
Que não adoeçam a sinalização de um irmão que esteja em apuros,
Verteremos a extrema solidariedade em relação ao que se demande
Naquilo que não escrevemos o tempo todo, mas que abrace um aparte
Na demanda da justiça humana, quem sabe, que sempre haja!


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