segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

NOVELO INDECIFRÁVEL

 

Resta um número no fieiro da meada,
Uma tosca performance, um diálogo de terra
Que enovela a pertinácia de sabermos vivos
Os viventes da jornada, mesmo em frente
De que nos arrependamos frequentemente
De não estarmos ainda em consonância
Daquilo que não se contorna, as sombras
De tudo o que aparentemente creem que fomos.

Somos mais do que isso tudo, somos um alforje,
Uma montanha que não desaba, somos um feitiço
Que o próprio mago desconhecia quando de fato
Aparecemos para resolver contendas, um signo
De paz serena onde se propõe a beleza de um gesto
Na alvorada de um pensamento evidentemente justo
Porquanto deveras e simplesmente silencioso
Quando tateamos uma superfície azinhavrada no óxido.

Desse tanto alquímico proceder, que remonte o medieval
Tempo de outrora, reitere a ciência e seus deuses
Na esfera de sua precisão, no que pulamos por necessidade
E que por ela caminhamos igualmente na busca de um ganho
Que se possa auferir de modo coerente com o que precisamos
Nas veredas de um tipo de senda, onde o fiel transpassa
Tudo aquilo que pensamos ser bom para um penitente
E seu sacrifício maravilhoso por servir à Krsna!

Não tenhamos temor pela ilusão, pois esta abarca
Imensas multidões no inconsciente coletivizado
Quando pensamos que o ato quase totalitário
Por vezes é um blefe para colher maduros frutos
Que desabam da árvore da enganação,
Quando se espera a vitimização inconsequente
Naquilo que se espera por vezes de uma Nação
Própria para os brasileiros que vivem nela, supostamente!

E, por se partir para outras plagas, para um exílio
Que seja voluntário, desejamos apenas que seja um país
Melhor de se viver com um povo mais feliz,
Apenas pelo fato de que quem tece a sua bandeira
Sente a energia de suas cores, impetradas desde a infância
Na consciência de um patriota que demande mais tenacidade
Na questão de empunhá-la em solo brasileiro
E não esperar com muito orgulho ela estar em solo estrangeiro.


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