quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
ENXERGANDO O QUE NÃO EXISTE
Veste-se de rumores a sombra do que não
é, daquilo que supõem
Do espaço físico, da curta noção de
liberdade, da fé que dá no nada,
Do estigma anacrônico do
falso dever, ou da mentira que parte do certo…
A partir
do momento que temos uma morada qualquer
O que se tenha de levar
em conta é a própria questão
Do certo pelo correto, nem que
tenhamos que considerar
Que às covardias dos homens há por
sinal
A difícil escolha que não parta do sempre
Posto de
um sempre o nunca jamais existe!
De
um meridiano nas rotações do planeta
Vemos por vezes uma gente
que aposta nos equívocos:
De um meridiano a outro, de uma
latitude ao sul e ao norte,
De um ponto qualquer que seja, a
linha limítrofe
Ou a área genuflexória de atuação premente
e forte…
Sim, a quem desse o contexto mais geral e
responsável,
Seríamos tábua de regulação, ou mesmo o
neologismo
De uma sentença a dar-se em uma cabeça, o
reverberar
De uma luz inextinguível, o fator fremente de não
se ter
Aquilo que se queira de anterioridade frente a
desilusão.
Na dimensão da velocidade de algum poder
consentido
Não
se tenha quaisquer certezas cabais, visto estarmos
Em uma
posição de entrar para uma década que começa
Com suas
dificuldades inerentes e, no entanto, com paz!
Não que
não haja crises de valores mas, a troco de uma semente
Que
lancemos à terra, veremos novos passos brotarem
Aí sim, de uma
latitude inquieta que nos faz retrocedermos
Quando um rancor
qualquer nos cegue e, por essa razão,
Consentiremos com o mesmo
nada que não é crível
Sequer de um período perdido em um
cordão de pérolas.
Ademais, se tanta fora a preocupação
do correto,
Veríamos a pomba da paz nos quadros de Picasso
Fora
de um contexto de quase guerra
Quando o que se almeja é a mesma
pomba
Se alimentando em um solar sereno...
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
O ANDAMENTO DOS PASSOS
Quem
diria que fôssemos simples caminhantes, a descobrir a vida através
de oníricas paisagens quase surreais, como se não houvesse no mundo
a certeza de tal fato. Não apenas sejam passos que nos levem adiante
ou que tragam certos recuos nas jornadas, mas que haja progresso, que
a vida encerre neste começo de ano mais e mais andamentos, mais e
mais realizações e melhores tempos para as populações de nosso
imenso país. Este será sempre um desejo grande a se ter, uma
modalidade sincera a se ver o mundo, um apanhado de afazeres que nos
mantenha ocupados, desde um operário a um presidente de alguma
organização, de uma grande empresa e etc. Tentemos
ver o mundo como um lugar sem muitas
fronteiras, mas temos que acreditar que na verdade as fronteiras
fazem parte fisicamente de nossos lugares, nosso território
nacional. Esse pertencimento de nossos solos revela um incansável
talento de nosso povo para incluir em seus afazeres o tanto do
repertório que necessitamos para viver em paz… A paz possível,
possibilitada pelos agentes que supram de segurança a vida das
pessoas, por agentes da educação que prossigam educando – mesmo
com inerentes dificuldades – e, principalmente, as gentes da
medicina e seus plantéis de funcionários exemplares, e que a estes
se dê a vacina o quanto antes, para girar a máquina do
funcionamento extraordinário do serviço público.
Nosso
passos são seguros quando possuímos o respaldo da Lei, da Lei Magna
e Instituída: enxuta como é e, no entanto, extremamente benfazeja.
Nossa Constituição é bela, é um fruto maduro, resultado de todo
um processo histórico, resultado de várias e várias décadas a se
sucederem em bons momentos ou aqueles que demandaram maior sacrifício
do povo brasileiro. Deixando de lado essas elucubrações,
a arte, que demanda um panorama atento e
resguardado pelos homens e mulheres de nosso planeta, possuindo um
condão de aproximação, a grande ferramenta contemporânea de
comunicação: uma vitória tecnológica que demandou um esforço
genial da ciência esta, tão vinculada à arte agora que permite a
grande democratização da raça humana.
Não há muito mais a
se dizer, mesmo porque tergiversar sobre arte e pensamento individual
pode se tornar meio enfadonho, e é nessa questão que gira o
proceder de invectiva cabal do renascimento espiritual do mundo,
paradigma que subentende vivermos melhor
como na graça de Deus e a fé no futuro que revelará ser menos
viral do que temos vivido até então.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
A VER, O QUE SEJA OU O QUE NÃO É
Estrutura-se um perceber
algo tardio, de tanto do ser
Que apanhamos na face a opinião em
forma de agressão
Sem saber o elemento o que realmente lhe
abraça
Quando pretende a mesma agressão consubstanciada
Em
uma vereda que não traz a vertente da promessa!
Em um
pequeno animal encontramos a verve de prosseguir
Porquanto
respiramos afeto, e os bichos são a nossa chance
De demonstrar
que nunca careceremos de companheirismo.
Quando outros
companheiros vêm trabalhar em nossas casas
Saibamos do trabalho
suado, do bom pagamento, e do justo
Merecimento cabal de termos
o lavor e sua presença humana…
É dessas humanidades
extremamente conscientes
De sua classe, ou mesmo afeitas a um
tipo excludente
De suposições um pouco anacrônicas, na defesa
do justo
- Repetindo – nos alvores que jamais seja, ou que
seja de fato
Do toma lá da cá na troca que se sente fremir no
desejo
Que toda a gente tem expressado, em suas modalidades
solares,
Porquanto cada vírgula tem o seu papel de expressar
seus tons.
Por vezes a tonalidade é cruenta, de um gris
sem subterfúgios,
Sem todas as cores do mundo, com um papel de
antepassados
Que não manejam seus horários e agendas com a
precisão
Necessária para que possamos vencer as atitudes
hipócritas.
Sem o querer que não venha de um sacrifício
altamente severo
Não poderemos compreender a latitude de um
altivo gesto
Pois que a ciência devocional não é tarefa de
muitos
Mesmo porque, a troco de poucas palavras, é incessante
servir
A Deus sem que isso fique tão gratuito quando a servir o
ascensor.
De rumos e prumos, de esquadros e lavras, de
redes e aplicativos,
De tudo o que move um gestor realmente
consciente de problemas
Partirmos a gerir o que nos importa
enquanto cidadãos
Em uma verdade que se relaciona com a
tecnologia
Totalmente irmanada em suas origens e suas
circunstâncias.
Talvez fosse melhor se antecipar e
vislumbrar a real possibilidade
De se evitar ocaso das fontes
idôneas e abrilhantar o conhecimento!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
A VERTENTE INDÔMITA
Porquanto a coragem seja algo de fervor quase
religioso
Quando se nos apresenta maior do que quase tudo, a
gana
De suplantar contendas naturais, é aquilo que ata-nos
Ao
viver silencioso da honestidade, do bom portar-se
Em virtude da
particularidade de uma razão consentida e igual…
A se
sentir de fato, um homem, uma mulher, no teor da irmanada
Querência
do se ser equânime, a se sublinhar os sonhos
De toda uma face
que não se redime por vezes, nos quadriláteros
Que agem em sua
área irregular no mais que nos encontramos
Aos perfis
renitentes de uma voz com mais profundidade e calor.
Do
que se vista de rumores inquietos, não nos apareçamos
Com a
simplicidade extrema dos ventos, no que nos abraçamos
Nas
frases que deixamos ao relento, relembrando palavras
Que em seu
terminante conhecimento quase cabal
Saibamos que rege o mesmo
tempo em que não sabemos mais nada.
Desligamos os
assovios da primavera, tecemos as Estações de Vivaldi,
Acompanhamos
os trenós do Cristo Natalino, e vertemos na ópera
De um grande
Maestro as definições exatas do que seja a própria arte
Com
tudo aquilo que adoramos em função de maior prosseguimento
Em
redes não ardilosas, mas com a sua substância do
mero
entendimento.
Esse
fato subscrito na razão supracitada, e que a ela pertençamos
Revela
o mundo tal qual é sem subterfúgios da ignorância de se
pertencer
A uma via de mão transversa que não entende o
próprio não
E perece no mundo qual cesto de vime pendurado na
própria ocasião
Em que os noves foram demitidos por não serem
tão imensos como os dez.
Sintamos a escalada espiritual,
as vezes de parecermos com uma existência
Maior do que fora
conosco a própria existência da luz
Conquanto possa parecer um
tanto a mais de mera e simples subsistência
A vida que
encerramos em uma desdita particular, um motivo de invídia
No
jargão coloquial de simples ideário sem forma, meio ou
cor!
Aparecendo as vicissitudes de um progresso, eis que
tomamos forma
Em uma veia reflexa do quanto gostáramos de
aprender, qual seja,
O período de uma sentença longa, quebrado
em partes
Que anunciem o farol de uma vertente indômita
Na
versão mais apropriada do que seja a certeza de prosseguirmos…
No
caso de um ato reflexo que um poder seja emancipado por critérios
Que
não adoeçam a sinalização de um irmão que esteja em
apuros,
Verteremos a extrema solidariedade em relação ao que
se demande
Naquilo que não escrevemos o tempo todo, mas que
abrace um aparte
Na demanda da justiça humana, quem sabe, que
sempre haja!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
NÃO HÁ MUITO DO TODO
Todavia que requeiramos um panorama
globalizante, não haverá no holos uma totalidade consentida…
Seguiríamos vários caminhos até chegarmos a uma plataforma muito
alta para vislumbrarmos uma imagem da maior parte de desafetos, de
auferir dimensões, ou, quem sabe, uma resolução espiritualista que
resolva esse mesmo ponto de vista em
uma abordagem religiosa, a que se saiba que o Natal espera-nos com
seus alvores de esperança por um dia sagrado como tal. Esses
natais que nos passam em longos e longos anos, a eterna descoberta do
Cristo que nasce para salvar a humanidade, o Jesus do perdão, da
comunhão e da libertação. Libertarmo-nos de certas amarras, da fé
que possuímos por vezes em um Papa, no que se diga que Francisco é
o Papa da libertação, do livramento, do bom senso mundial. Que
nos abençoe esse ser maravilhoso que é igualmente um Filho de Deus,
e que nos receba: nós, das regiões mais pauperizadas do mundo, esse
ser gigantesco que é o Brasil de todos, e de tudo de bom que
almejamos para a nossa gente. Talvez alguns grupos religiosos não
compreendam a dimensão de um papado, talvez falte a muita gente o
respeito por Sua Santidade, mas foi nos albores do Renascimento que
os Lourenços e o Sumo Pontífice que proporcionaram a maior
conquista da arte de todos os tempos, com o Teto exemplar da Capela
do Vaticano, suas obras, desde Lorenzo Bernini até Miguel Ângelo.
Tudo o que se fez da pintura sacra foi obra do
todo em uma religião consagradora, e esse todo continua sempre:
inescrutável, preservado, como um jogo de artes onde ganhasse o mais
competente… E tivemos Leonardo, tivemos Rafael, antes, Giotto, as
tintas, os desenhos que, por mais que se tente imitar, a nada se
compare.
Em um adendo, o holos pode ser consagrador, pode
dirimir certas dúvidas, pode cambar por um lado, pode cambar para
outro, mas não nos esqueçamos que a ciência vem para resolver
várias latitudes do entendimento humano, e é, através da mesma,
que dispomos das ferramentas importantes para solucionar equações
nem sempre muito tangíveis. Por
vezes a ciência aguarda por uma consecução a partir de um
propósito, e por vezes longos planejamentos através do todo
supracitado vem a resolver questões de certo modo mais
complexas…
Se mantivermos um pensamento segregacionista não
encontraremos um
porto seguro nem por sombra, e se mantivermos um ação solidária
encontraremos, aí sim, um universo posto com muitas fases, a se
propor o sem fronteiras, a comunhão conforme com o entendimento
entre as gentes. É exatamente desse modo que podemos caminhar com o
segurado saber do que não devemos cumprir à
risca
tudo que se nos espera, portanto o caminhar deve ser seguro e mais
fácil. Seguro é que caminhemos pelas veredas do meio, assim,
esperando alguns desafetos de ambas as partes, e é nesse modo que
nos sobra um espaço para dialoguemos com todas as frentes, sem a
soberba de termos que encarar sobremodo algum tipo de
fundamentalismo, qualquer que seja, posto a religião é uma
manifestação do anímico…
As vertentes religiosas estão
dispostas sobre um grande tapete, e cada grau de consciência
significa um ponto do bordado e, portanto, estão sobre uma
superfície grandiosa: a cada ponto, a cada pequena trama… E que
sejamos nós, a cada superfície geométrica, a cada lado, de todos,
reverberemos o que temos nos nossos caudais, porquanto a contenda
seja deixada de lado, pois somos todos maometanos, cristãos,
budistas, taoistas, hebraicos, vaishnavistas, umbandistas, indígenas,
somos tantos, que não nos resta pensar que teremos mais vantagens se
nos aproximamos da religião para ficarmos ricos, pois passa pelo
buraco da agulha aquele que é pobre.
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
ESTIAGENS
As
sombras de um outono que não se deu, deu margens a que a
floresta
Fosse assombrada
por um fogo incomparável com um trágico desfecho
Que,
infelizmente, continua nas fronteiras absurdas de nossa esperança…
A
matemática do lavor dos bombeiros, de sua estirpe heroica, se
dá
Quando ainda somos os protagonistas de um fogo que não
verga
O seu moral e não pretende eximir-se da plataforma do que
não seja.
Seja quem for que esteja na luta para – com o
seu sacrifício – trabalhar
Para atenuar quaisquer moléstias
nuas com jargões de batalhas insanas,
Dirimir uma fogueira
colossal é tarefa acidentada de poucos homens…
Essa
gente é valorosa, tem em seu principiar um resguardo de
gigantes
Quando, ao se pretender em serviço, só se perturba
quando não há formas
De dissipar uma fogueira tão interna
que se dá quase o sobrenome do fracasso!
Quem dera
fôssemos todos bombeiros da vida, quem dera a estiagem não
fosse
Durar tantos e tantos dias, tantas as estações, que na
verdade o próprio pregador
Por vezes não tem um diálogo sobre
os tempos difíceis que enfrentamos.
Um bom pastor que
seja, um homem religioso, um padre ecumênico,
Um budista, um
muçulmano, um judeu, um vaishnava, quem dera, o citar
Dos
santos nomes vem de todos – sem exceção – sem desavença e sem
ceifa.
De
tantas e tantas interpretações de nossos tempos, dos rumos e do
prumo,
Que sejamos afinados com a contemporização de nossas
fases alternas
Quando o que se diz muitas vezes é esperarmos
simplesmente o fim e seu Juízo.
Quem dera fosse tão
simples, quem dera o Tao da Física fosse lido finalmente
Até o
ponto de uma mutação presente em Fritjof Capra como um livro
sereno
Que apenas explicita que já não podemos crer apenas em
Newton ou Descartes!
O respeito que termos que ter a
respeito das vertentes religiosas é a solução
De ausentarmos
de conflitos a superfície terrestre, e tudo o que se diz
Da
preservação das matas, rios e seus biomas, são palavras de
maestria e lucidez.
A propósito, se um homem pensa de
acordo com a sensatez a sensaboria não alcança
Seu modo de
ser, porquanto é das razões e das evidências que vivemos, e não
existe
Prova maior do que uma atitude em contrário, nociva por
intenção e causa.
Da
parte que se nos toque, haveremos de transcender os problemas e suas
consequências
Porquanto a poesia siga o caminho do Meio, na
reverberação de que não perdemos
A total significância da
matéria, na esteira de nenhuma vaidade, pois não somos o
corpo.
Somos almas transmigratórias, somos o espírito e
seu silêncio, somos um só corpo
E um só espírito, nada a ver
com a transubstanciação material, mas devemos crer
Que a
matéria, tal como o trabalho, alimentação, educação e saúde
existam sempre...
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
A AUTORIDADE CONSTITUÍDA
Não nos resta saber muito do que
voga o Ser Constituinte,
No que saberíamos mais se a
Constituição Federal
Tecesse lâminas de sabedoria, lâminas
de esmeralda
Como Hermes Trimegisto em eras alquímicas, com uma
caneta
De um diamante sóbrio e preciso, a escrever
Em uma
história não contada o que se perceba da mística ordem
Templária,
no
que possuímos por segredos de índoles quase inquietas.
Não,
que não nos revelasse as ordens do certo e do errado, da moral
E
do bom costume, da psicanálise e da psiquiatria, como entrada
A
um portal severamente ocluso por seus tempos, e severamente
vão
Quando não se encontra a resposta certeira da falta do
Behaviorismo.
O dito pelo não dito, a confissão entre
linhas, um cacoete de linguagem,
A vida que pede passagem pela
sinceridade, um aforisma de inquérito,
Tudo na mais alta
linhagem investigativa, no que possa ser verdade
Até mesmo na
ciência de bagagem psíquica que transcende o pior e melhor
Dentro
de uma esfera adiabática em que se nubla a total certeza e o
crédito.
Seguimos dentro de uma espécie de rixa, no que
vertamos no ósculo de amor
Apenas uma substância em que uma ou
outra letra pode solapar a Verdade
Mas, que, em sua concretude
funesta, pode ocultar mentiras sobre o tom maior…
Nada
do que se pense seja o último pensar, nada do que se espere fuja
Ao
direito humano de cidadania e circunflexão da moeda que gira na
sorte,
Esperando que o poeta ao menos possa sobreviver em sua
poesia
Sem ferir ninguém, mas basicamente sem ter a obrigação
de ser ferido!
Hermes de Trimegisto foi
uma autoridade alquímica: modelar em suas
Circunstâncias de
tempo, na redescoberta do ouro, na vida em que se tinha
Uma
fascinação pelo Ocultismo, das ciências não tão exatas, nas
linhas
Que fabricam uma linguagem, no verticilo da encomenda, no
pátio das ruas…
A saber, o poeta pode se tornar
constituinte mas, as autoridades constituídas
São, ao menos, a
vírgula que encontramos em um falsete de um propósito
Quando
se saiba que em um antigo filme de Mazzaropi possa estar
Em
outra posição, uma manifestação de arte, sobretudo de
ingenuidade.
Nessa questão da autoridade
libertária da arte, encontraremos nos caudais
De nossa cultura,
a dimensão do verde estampado sobre o sinal fechado...
A QUE SE PARTIR PARA A SENSATEZ
Alguma
parte da vida encontraremos disposta como um puzzle?
O
quebra-cabeça de uma história pessoal, do indivíduo,
Como se
fosse um jogo de montar, ao que demande a uma impressora
Em 3D o
desafio de fabricar peças que não estão em um script…
Peças
com formas variadas, assim como um mundo sensato
Nos revele a
transmutação arqueológica em um panorama
Onde as ossaturas
não vertam a possibilidade do outro modo!
Fragmentos de
cerâmica universal, museus ladravazes, detalhes
Que constituem
a identidade de uma população, isso não se cale
Nas vozes que
encontramos no Médio Oriente, e suas formulações
Que perderam
seus sentidos, quando a guerra subentende
A não sensatez dos
roubos de seus mananciais antropológicos.
Toda
a riqueza da memória mundial não deve ser solapada
Assim como
as pinturas do Louvre resguardam
Uma maravilhosa história das
civilizações de seus lados,
De suas galerias que
transcendem a conhecimento e arte
No que é inquebrantável em
uma suposição anônima, que seja!
Do se fartar-se de bom
alimento, quem dera, fartar-se-ia
Aquele que não flerta com a
tirania, que come de seu alimento
Quando o que se desse em seu
tutano haveria chama de sobra.
Em própria vertente que
se diga com propriedade, no mais,
De sobras de outros caminhos
não saberemos mais muito
Quando o que se nos defende é algo
sem a substância cabal.
Nas esferas do conhecimento, quem
dera se a poesia fosse,
De qualquer modo, um lema a ser seguido
à frente da ocasião
Propícia a que naveguemos sob um alísio
de través no tombo
Não ocorrido das quilhas que – valorosas
– singram os mares.
Nesse
apanhado de coisas que desconhecemos sobretudo
Rege que nos
calcemos de superfícies de cristal circunspectas
A fim de
sermos melhores do que se nos espera a ciência
No todo que nos
abrace o sentimento, qual não seja,
A profusão de vida que não
seja ausente do merecimento pétreo!
sábado, 19 de dezembro de 2020
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
OS PILOTIS DA ESPERANÇA
Devaneiam-se os pensares mais alto do que o
já pronto
Posto que a literatura dos Vedas sejam já uma
questão final
Do que não se espera tanto que seja dada uma
largada
Na finalização do que nem era tão esperado em um
ano
Que não terminará no inexistente Reveillòn
e que passa
A ser outro o seguinte onde a existência do nosso
falso ego
Possa cambiar a ser a realidade de uma comunhão
verdadeira
Onde a esperança em dias melhores vêm de um
proceder
Onde a mesma comunhão não encerre nada por
rancores…
Não,
não haveremos de abraçar e acariciar o rancor, mas sim
Iluminar
as trevas com o nosso conhecimento e, daqui para mais
Lutar um
bom combate contra a carestia e a brutalidade onde
A selva
material tem se mostrado quase vitoriosa nesse molde
De um mal
proceder, de se revelando
um falso néctar onde o amaro
Qualificativo do Poder não segue
sendo uma senda de luz.
E a questão é estarmos vivos na
base de nossos propósitos
E, ao término das contendas que
todos participam,
Revelem as justas e necessárias
reivindicações de uma coluna a mais,
De um piloti de
engenharia simples mas de vanguarda a ver,
Que de tanto
almejarmos a vida, esta se revela maior do que o suposto…
Conforme
se diz em um canto eterno, a música do bom senso se escuta
Em
qualquer modalidade possível, mesmo que não sejamos muito
afinados,
Mesmo que toquemos apenas uma nota, mesmo que não nos
ouçam no teatro,
Até mesmo que não compusermos as letras no
justo merecimento da vitória!
Quando chegarmos ao limite
de um cansaço, escutaremos os contrapontos
De Bach e seus
concertos, tocados com extensas estruturas compositivas
E
seremos os solistas de tais concertos, na perfeição máxima da
superposição
Melódica que se encontra na harmonia assim
completada e concreta.
Grandes
trabalhadores do país, sejam maiores do que acreditem
Lutem por
conhecer das fontes que lhes chegam, por vários caminhos,
Pelas
veredas, pelas sendas colocadas entre pedras de chumbo,
Canalizando
a progressão de suas colocações terminantes
E prosseguindo
com um tirocínio privilegiado
Quando encontrarem um canal em
uma performance de lutas
Abertas por diálogos sem par, como um
recreio antigo de escola.
A APARÊNCIA DO MEDO
O medo se nos revela como a maior peça do jogo
da hipocrisia… Um medo do poder de algo ou alguém, o medo de
sermos vítimas de uma atitude covarde, como o medo que Jesus teve ao
ser crucificado covardemente. Não podemos nos esquecer desse gigante
sacrifício ao filho de Deus.
O medo que se tem de toda uma parafernália dos meios, daí incluindo
os filmes e seus fantasiosos ardis, da violência exposta nas TVs,
das geringonças que inventam ou mesmo da – repetida – hipocrisia
que encontramos em um mero diálogo entre
dois amigos, ou entre um casal que não se entende deveras. O medo
que não aparenta, ocluso, entre os espaços, de um caminhante ébrio
louco por pertencer à cidadania, ou ao menos não possuir o medo
circunspecto e resistente de receber ofensas em cada caminho que
encontre pela frente. O medo de não encontrar amparo em algo de
monta boa, de boa e sincera moral, de não ter muito onde se amparar,
sem descobrir que naquele próximo ser aparentemente inimigo possa
estar um bom ombro amigo, desses que estão vivenciando uma farsa de
origem na mesmice do disfarce. O medo de um velho homem, mesmo
sabendo que é na velhice – sem exceção – que devemos respeitar
as frentes da idade, as fontes da experiência, a fraqueza ou a
fortaleza de um homem, ou a dignidade ou fracasso de uma mulher!
Não
haveremos, amigos diletos de boa fortuna, de termos medo, pois às
vezes no rosto de uma mulher negra encontramos uma tal fortuna de
caráter que nos curamos, pelo menos por mais uma passagem de um medo
em que a balconista de um supermercado se torna a autoridade
merecida, por sua simplicidade e acompanhamento cabal do que sequer
imaginamos. Haja vista que na solidariedade encontramos os refrescos
aos nossos temores, e jamais por uma exposição da força, esta que
pertença ao Estado somente, e a esta contemos como nossa proteção
e autoridade. De
se servir sendo civis, ao trabalho e às ocupações frutíferas nos
tornemos como na setorial vertente de um trabalho, que possa não ser
pragmático, e a que mesmo os incapazes relativos o torne contínuo e
apaziguador das manchas que possam macular intenções, ou nervos
mais avariados. A seu termo, o medo de muitos não são os mesmos e,
em batalhas rigorosas, nem o mais valoroso soldado possa afirmar que
daquele não o tenha sofrido, posto na história da humanidade já
termos enfrentado um vaticínio inescrupuloso, que expõe até nossa
medula o que foram as guerras enfrentadas por muitos que habitamos, e
outros que já habitaram este mundo.
Afora tudo isso, o medo de
não poder agir é deveras silencioso e sobremodo leva a um parecer
por vezes mais sutil e, no entanto, lúcido como a rocha… Esse
medo da não ação deve ser compreendido como um certo recuo, um
tipo de ação na inação, assim como por vezes há a inação na
ação, em uma ida e uma volta, desde que sempre respeitados os
diferentes modais de atuação, como o trabalho da arte da
dramaturgia, ou mesmo da arte da representação. Posto que a arte
desmascara o medo, assim como a Comédia seria uma deusa sem igual,
no que a vida imite a arte, ou que – melhor dizendo – a arte
represente a vida! Essa esfera traduz os mitos do herói, da
pitonisa, do que se traduz igualmente na Tragédia ou no Drama, esse
lócus sagrado de um teatro grandioso em que todos agora parecem que
se espelham de um modo ou outro, desde as redes sociais até a
plataforma de uma engendrada série comercial de uma TV assinada.
Quem dera fôssemos tão artistas desse modo, quem
dera a pertinácia da arte não recomendasse estarmos produzindo,
cada qual em seu momento e que, em uma verdade assombrosa, o sagrado
e o profano fossem apenas um diálogo saudável sem o bico de
preconceito de nossas caras e bocas mirradas!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
A RESILIÊNCIA DE MEDEIA
Com dias a se contar, dias a dias,
no Novelo desenovelado
Ao que se propusesse a Jasão a promessa
do Velo de Ouro
Ter-se-ia mais a se contar da bravura do
herói
Quando de muitos acontecimentos vence ele em três
tarefas…
Mas não vem ao caso as peripécias de Jasão,
posto Medeia
Ter construído sua fama de feitiços na senda
quase
anímica
Em sua mitologia de ouro, quebrando os touros de
fogo.
E por que não, acreditarmos nos mitos reais,
aqueles
Que tergiversam com o impossível, os motores que nos
movem
Pelas estradas onde encontramos a música de Jethro Tull
E
tantas outras que vieram na sua própria progressão!
Quando
Pink Floyd derruba seu muro, derruba mais do que isso:
Cria um
movimento revolucionário maior do que tudo
O que só diria o
mesmo nas implicações
das orientações de Medeia.
E que Jasão cumpra o seu
papel de coadjuvante na maior gana
De ser heroico ou não, o que
depende da grande ciência da bondade…
O que vem por lá
pode ser quase exatamente igual ao que vem por aí!
Em uma
verdade encoberta pela falácia, pela mentira, encontramos
Com
gratificações gratuitas, diversos canais com experiência para
tal.
Com o surgimento de algo muito antigo, temperamos um
algo
Com outra coisa similar a performance que vai além, muito
aliás,
Do que aquilo que esperamos em uma floresta de certeza
permanente.
Daquilo que não pensemos muito, daquilo que
nos salta aos olhos
Permaneçamos silenciosamente atentos até
não haver nenhum modo
De que saibam quem sejamos, vestindo a
roupa que o Poder revele
Um simples artifício que não suprima
vitórias ou derrotas!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
NOVELO INDECIFRÁVEL
Resta
um número no fieiro da meada,
Uma tosca performance, um diálogo
de terra
Que enovela a pertinácia de sabermos vivos
Os
viventes da jornada, mesmo em frente
De que nos arrependamos
frequentemente
De não estarmos ainda em consonância
Daquilo
que não se contorna, as sombras
De tudo o que aparentemente
creem que fomos.
Somos mais do que isso tudo, somos um
alforje,
Uma montanha que não desaba, somos um feitiço
Que
o próprio mago desconhecia quando de fato
Aparecemos para
resolver contendas, um signo
De paz serena onde se propõe a
beleza de um gesto
Na alvorada de um pensamento evidentemente
justo
Porquanto deveras e simplesmente silencioso
Quando
tateamos uma superfície azinhavrada no óxido.
Desse
tanto alquímico proceder, que remonte o medieval
Tempo de
outrora, reitere a ciência e seus deuses
Na esfera de sua
precisão, no que pulamos por necessidade
E que por ela
caminhamos igualmente na busca de um ganho
Que se possa auferir
de modo coerente com o que precisamos
Nas veredas de um tipo de
senda, onde o fiel transpassa
Tudo aquilo que pensamos ser bom
para um penitente
E seu sacrifício maravilhoso por servir à
Krsna!
Não tenhamos temor pela ilusão, pois esta
abarca
Imensas multidões no inconsciente coletivizado
Quando
pensamos que o ato quase totalitário
Por vezes é um blefe para
colher maduros frutos
Que desabam da árvore da
enganação,
Quando se espera a vitimização
inconsequente
Naquilo que se espera por vezes de uma
Nação
Própria para os brasileiros que vivem nela,
supostamente!
E, por se partir para outras plagas, para um
exílio
Que seja voluntário, desejamos apenas que seja um
país
Melhor de se viver com um povo mais feliz,
Apenas
pelo fato de que quem tece a sua bandeira
Sente a energia de
suas cores, impetradas desde a infância
Na consciência de um
patriota que demande mais tenacidade
Na questão de empunhá-la
em solo brasileiro
E não esperar com muito orgulho ela estar em
solo estrangeiro.
domingo, 13 de dezembro de 2020
DA NATUREZA MATERIAL E DA ESPIRITUAL
Não havemos de
confundir o mundo material com o mundo espiritual, mesmo porque se
possa afirmar que, como temos a ciência da matéria também temos a
ciência religiosa, ou aquilo que dá suporte como estudo aprofundado
na questão de servirmos a Deus em Bhakti, o serviço da devoção
imaculada a Krsna, nosso bem-querente…
Por dever e obrigação
a matéria se processa dialeticamente, quando vista sob um prisma
mais purista e filosófico, no empirismo teórico e prático que
almeja uma reivindicação por si, um ganho pelo trabalho com a
acentuação na Justiça Social, como rege um pensamento de vanguarda
naquilo que esperamos seja justo: e um pleno emprego, na divisão
paritária das riquezas e na confluência do dito – que seja –
antes tarde do que nunca. Sabemos mais obviamente do que se relaciona
com a matéria, até mesmo quando pesamos a
balança da Justiça no favor obrigatório que o ser mais
desfavorecido volte a equilibrar os pesos, volte a sedimentar medidas
a seu mesmo e próprio condicionante. A consciência da matéria é
altissonante, revela a si mesma o que vêm de roldão nos diversos
modais da compreensão histórica e elementar sobre os erros e
acertos auferidos
pela humanidade, in
saecula saeculorum.
Esses erros históricos revelam por vezes a capacidade da barbárie
humana nas relações sociais e raros tempos de maiores razões sobre
a nossa raça.
Por vezes, pensamos em algo materialmente bom e
o vemos como uma bênção sobre nossas vidas, quando somos gentes de
uma fé madura, mas talvez não seja totalmente correto esse modo de
pensar, pois a riqueza nobiliárquica só é dada a poucos, quando
possuímos essa visão histórica quase absolutista, e elegemos um
signatário como se ele tivesse o poder de Deus.
Falemos
sempre da pertinácia da ciência material, mas é assaz importante
pensarmos e praticarmos a ciência da Autorrealização. Essa ciência
rege o pensamento de que importa que tenhamos bons alimentos e
condições de manter o corpo e a alma juntos para que estruturemos
nossas vidas na austeridade e consecução de penitências neste
planeta a fim de almejar o ingresso aos planetas espirituais, uma
plataforma distinta deste mundo de passagem, conforme reza a cartilha
e a prática do celibato, da união regrada com o esposo/a, e da
aceitação de uma vida mais simples e em conformidade com a natureza
dos seres, sejam eles a fauna e a flora. Em síntese, estas
são as condições para que adentremos em um mundo mais civilizado e
sem maiores rancores, pois as
atitudes
ruins e incertas
– ausentes da fé – é que nos levam às regiões mais sombrias
da ignorância!
sábado, 12 de dezembro de 2020
SE PASSA QUE NÃO HÁ NADA NO PASSADO?
Que passado é este
que nada significa antes de um protesto na música, em um passado
extremamente filtrado por razões que até a maior evidência
desconhece? Por sabermos um pouco mais do mesmo passado quem sabe
verteríamos provas cabais de um entendimento melhor do que aquilo
que esperamos não esteja sendo completa e indubitavelmente
corrigido, até segunda ordem. Nos
arquivos mais elementares de nossa história podemos considerar
fático o assistir a uma rapsódia, um concerto de violinos, ou uma
solista no piano, com a qualidade de sinais evidenciados por nossa
fome de cultura e que esses tesouros estão disponíveis, pasmemos,
no simples smartphone: a graça do celular inteligente, não apenas a
música como o espetáculo. Que seja dito que os clássicos de
qualquer gênero estão disposto no youtube e que isso revela certa
profundidade em nossas pesquisas. E ainda, quando sabemos a língua
inglesa superlativamos a experiência em todas as frentes, seja lendo
uma tese, assistindo uma reportagem ou encontrando brechas em nosso
contato com a Ásia. Há que se comunicar e, destarte, sabermos
auferir significados maiores em nossas vidas acresce o conhecimento
de modo sui generis. São degraus de ensinamentos, onde um cidadão
latino-americano por uma suposição óbvia já domina o espanhol e o
inglês apenas universaliza seu conhecimento na posição mais
erudita da questão esta, necessária enquanto for de suficiência
para tal…
Com
a globalização dos meios, já não bastarão algoritmos que
traduzam, pois as chaves conectivas não estão sublocadas sem o
aprofundamento e a coloquialidade necessária para estabelecermos
contatos diretamente com as fontes, nos diálogos não presenciais ou
no contato tete a tete. Necessitamos articular bem os períodos, as
frases, para que estabeleçamos maiores vínculos com o que vem por
aí, incluso saber mandarim é de extrema utilidade para certas
negociações. Mesmo porque, quando transliteramos uma informação
não sabemos ao certo se estamos respondendo corretamente algumas
palavras ou se estamos realmente compreendendo as questões e
seus enigmas, por vezes infindáveis em uma negociação de alto
nível. Esse recurso de estudarmos os idiomas parece-se com as vezes
em que nos deparamos com a ciência da computação, e acredito que
ambos andam juntos, posto saber um pouco de programming
language
é igualmente assaz necessário para o desenvolvimento da lógica
contemporânea. Não podemos afirmar que estamos em um sistema, pois
para o andamento da sociedade moderna existe uma profusão destes…
Estes diversos sistemas, a partir do advento da ciência da
computação são instalados em diversas corporações, empresas e no
software “livre” das redes sociais, de monta gigantesca que no
futuro integrará a malha com softwares ditos independentes. A partir
do momento que hoje temos a modelagem de caracteres e games, com
saídas em impressoras 3D, para isso o céu é o limite.
Literalmente,
é nesse céu que podemos navegar, de modo a articular empresas
inteligentes, obviamente sem olvidarmos dos serviços essenciais, que
continuam para todo o sempre: sem tirar nem por, como se diz na gíria
burlesca. As fábricas necessitam do trabalhador, o campo necessita
do camponês agricultor e sem essa consciência extremada ficamos sem
casa, sem ferramentas e sem pão. Por aí vão alguns aspectos
fundamentais, sem contar com a ciência da religião que pode ser um
fiel da medalha quando nos apercebemos que o que queremos é uma
moral mais elevada, uma ética boa, sem delongar a esse respeito, e o
pleno exercício da cidadania para que possamos evoluir como espécie
humana levando o humanismo ao seu grau elevado, de onde nunca devia
ter decrescido.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
QUANDO NÃO QUEREMOS FALAR
Há que se respeitar a não pronúncia
e o silêncio
Quando nada queremos dizer a respeito de um
todo
Que ponteia pelo jargão do quase infinito de
respostas
Naquilo que não nos diz realmente a realidade
De
fatos que requeremos não saber por participação
Nas vias em
que meramente somos coadjuvantes
De uma cisão de frentes e
espaços ou da remissão
Naquilo que nos sentimos ofendidos ou
meio baratinados…
No que nos suplante uma glória em
crescermos
Durante um período que seja, uma oração sem
remendos,
Uma verve que se nos escapa, uma questão de
ordem
Onde nem mesmo o mais sábio teceria sombra de festim.
E
por cá vem o computador e suas asneiras de consertos
Naquilo
que nunca sabemos, no que entorta o erro
De ainda não sabermos
lidar com a máquina
Para que esta não erre fácil, e tenhamos
o controle sobre o chip.
Das virtudes em erguermos as
espáduas, da confluência dos mares,
Da mão que nos dê
reparações na escrita, dos versos que esquecemos
Pousados em
algo mais saliente do que o pensar, dos ditos que somos
Enquanto
o verbo se faz presente, enobrecemos o olhar dos pobres.
E
por aí vamos resguardando as fronteiras do pensamento
Porquanto
possamos dizer que nada existe sem um recuo
Sagaz na medida em
que insuflamos o orgulho
Como a pedra-sabão esculpida em torno
de um profeta
Que fez de Aleijadinho um barroco maravilhoso
Nos
páteos de uma Igreja em toda a sua beleza…
Resguardemos
as monções do tempo, que nos é dada
Uma emoção de
prosseguirmos caminhando com fervor
De algo que acontece no dia
a dia, de esperas contínuas
Assim como a própria esperança se
nos dite a esfera!
Como se dizia no passado, o desastre
não acontece
Por um mero acaso, mas para despertar na
consciência
Que nem tudo são flores no reino da Dinamarca
E
que, por suposição continuada, não haveria de ser melhor aqui.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
UMA FORÇA DE TRABALHO SUI GENERIS
Capitanear uma força
motriz de trabalho é como auferir a carga por cima do burro, devendo
se tomar o tento de não forçar a tração do animal porquanto se
deseje cumprir o andamento de uma missão que leve a contento seguir
de modo prócer a distância que se queira auferir… A princípio é
deste modo que a maioria vê, quando se diz maioria dos donos dos
meios de produção, a contingência do trabalho e da classe
trabalhadora nos seios de nossa sociedade. Por um quesito de justiça
social, apanhamos muito quando queremos detalhar as relações
intrínsecas entre o empregador e o empregado, a ponto de
classificação ou coisa parecida. Nada seria como um homem justo
querer ser justo onde a competição extrema exaure as forças da
justiça social. De qualquer modo já foi dada a largada há um bom
tempo e temos que relembrar Russeau, Locke e Adam Smith para
compreendermos mais profundamente as origens do “contrato social”,
estas famigeradas leis que encerram o meio como forma profunda de
competição entre si, o que vem a dar no mesmo, quando falamos das
contradições inerentes aos sistemas – abertos ou fechados – que
se originam das vertentes mais primárias da dita competição, algo
reptílica.
As transformações do trabalho em nossos originais
seres simiescos revelam que a mão do homem evoluiu a partir do osso
ferramenta, a partir do fogo ferramenta até o dito sapiens, rumo a
um processo civilizatório onde não há como questionarmos a ciência
como o meio mais fundamental, a explicação, a explicitação dos
nós que nos atravessam rumo ao encontro da Verdade! A dialética do
conhecimento vai além de qualquer muro: está no ar, onde queremos
ver que seja, está esperando por nós nas versões mais rudimentares
de uma filosofia que apenas reitera o que nos é dito na
interpretação histórica dos fatos… Cabe a si – a dialética
material – explicitar o que nos é dado como led, um termo
em inglês que significa orientação, condução inequívoca,
liderança. Na falta de grandes líderes em um país qualquer
carecemos de respostas contundentes, da rigidez necessária de boas e
sonantes cabeças, das ideias que vêm a acrescentar, ao invés de
forças motrizes incapazes de dizer algo novo, mas isso se deixa para
um processo histórico, pois às vezes reza a cartilha que devemos
recuar um pouco para fazer aflorar o mesmo processo, em seu devido
tempo. Se devêssemos açambarcar tudo o que vemos na realidade em
que a notícia vira meio de quarto poder em uma nação, a esperança
é aquela onde o imediatismo não clausura a consciência, mas empata
gerações. Por isso o eterno diálogo com a matéria, pois é e será
a mesma fonte do alimento, e deixarmos para lá algumas diásporas
com o império ao menos nos garante o mínimo de se comer, posto
qualquer rivalidade mais excêntrica nos traria um boicote
continental. É bom fazermos a nossa lição de casa, onde o
imediatismo não garantirá a segurança em nossas fronteiras, e as
brigas internas não garantirão uma boa e saudável troca de
poderes, haja vista a nossa segurança institucional ser o nosso
maior bem, independentemente de decretos que nos nublem de sentido a
nossa Carta Magna. É um tempo agora de nos revezarmos nas contendas
inexistentes, ou seja, criarmos a ilusão das certezas em tempos
incertos, avançar com a fé onde não exista a mesma, questionar o
status quo baseado em injunções verdadeiras, preservando a cada
qual o que é por direito e lutar renitente e eternamente por tudo
isso! Para os parceiros, digamos, a esfera do saber é tremendamente
mais mutável do que permanecermos em nossa ignorância cega,
destarte, é isso o que se pretende ao requerer que o povo de uma
nação como a nossa possa esperar, ou seja, a esperança consolidada
e ausente do mar de incertezas, tarefa que se dá paulatinamente.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
CONSONANTES PROPÓSITOS
Dialogar
com a própria alma é estar próximo do não ser
Porquanto a
alma não se fira, não esquenta, não deforma,
Enquanto a
matéria engorda, estica e muda conforme
O tempo eterno que a
tudo engolfa no mundo material.
Se um vivente tem estudado
todo o seu tempo com as letras,
Se vive para se comunicar, nem
que o seja consigo mesmo,
Este mesmo vivente pode mostrar a
profundidade de seu pensar
Mesmo que a pena não seja tão
grande quanto a ode de outro…
Não há fantasmagoria na
produção poética, mesmo ao se pensar
Que outros escrevam por
um, no que tanja sermos um corpo
E apenas um espírito, e o que
se defende nessa questão
É que, se a poesia é reconfortante,
não deixa de ser boa por si!
A brasa de um fogareiro não
tece remissões longas
E, no entanto, claudica a força de não
ter mais cinzas ou carvão
A se atar ao calor mais um pouco, e
nisso percebemos que,
Enquanto crepitar um voo de pássaro ao
mesmo tempo nos urge.
Quando de se ceifar o feno qual se
subentenda um trabalho,
Haveremos de propor cortar a grama com
uma boa máquina
Subentendida em um ramal de energia que a
alimente
Como quando fazemos ou aparamos a barba com um
aparelho.
Não, que não interpretemos as frases a mais do
que sejam
Na medida em que elas são o que são, nada mais
além
Do que um funesto medidor burocrata, que nada faz
De
pretender colocar pingos onde os is não residem!
E se,
por pretensão de parafrasear um verbo qualquer
A ação da
palavra possui sua tépida trincheira a um outro
Ou ao mesmo que
lê na pertinácia do significado puro
Onde se sedimenta o
conhecimento da própria Lei…
E onde se acumula o
verso, quadrante após quadrante,
Reiteremos que encontramos nos
finais da estrofe
Qual seja, um significado que se antepõe
frente
A tudo aquilo que negamos seja uma opinião sincera.
Uma
vertente se nos nubla se apaziguamos as contendas
Em um modal
escuso, na forma de atenuarmos não completamente
O que se
judicializa na questão da inconformidade latente
Das versões
que não encontramos nos anéis de Saturno.
Quem dera
fossemos o fiel da medalha, uma honra ao mérito
De qualquer
tendência que nos traga o apaniguado senhor
Quando pretende que
se esconda a noite em seu rumor
Nas vertentes dos abusos que não
pretendem jamais cessar…
Nisto de tudo que se deseja, o
mesmo desejar reside na alfombra
Em seus interstícios, na
poeira mal sacudida, em um pequeno inseto
Que por ventura venha
nos ensinar que na luta da sobrevivência
O tamanho e a força
acabam por serem de cunho extremamente ilusório.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
AS BATALHAS E SEUS CODINOMES
Um simples apanhar de um fruto
em uma árvore
Mostra que, se esta tem dono,
É de muito
saber que uma pequena contenda
Gera uma batalha onde quem se
arroga dono reprime…
Dessas pequenas guerras se sabe que
as cercas
Delimitam territórios sem sentido, a saber,
Que
as fronteiras de nossos passos crescem
Dia a dia naquilo de não
aceitarmos imigrantes.
Imigram partes de esperança,
imigram povos
Que são suscetíveis a confortos básicos
No
mesmo esperar que se torne legal ainda
Quando do evanescente
propósito de uma batalha!
Das batalhas pela vida, aquelas
anônimas, de cada qual
Que passam
seus dias garimpando vinténs
No ouro jamais existente, na luta
diária e cabal
De um ser que outro ser se arroga ser humano,
qual!
Não que fosse tão
impossível sermos da humanidade
Em nossos direitos fundamentais
na história
Daquilo que nos é pertencido desde o século
dezoito
Na grande revolução francesa que nos mostra o
caminho…
Jamais haverá a menor possibilidade de algo do
absoluto
Quando sabemos que a própria burguesia tem seu
código
Que pode negar o fundamentalismo religioso impuro
Qual
deveras sejamos coerentes com o pensamento científico.
Dessa
ciência que produz o combate pela vida, sem a qual
Não há
proposição que nos eleve mais do que a medicina
Como palavra
de ordem, quais batalhas que enfrentam agora
Onde não há
evasão de seus empregos, haja vista ser mundial!
Essa
linha de frente, mais uma batalha, rege que respeitemos
De
maneira cabal e irrestrita o ato médico, o ato paramédico,
As
vacinas que hão de terminar com os índices alarmantes
De uma
virose pandêmica que não coaduna com o parecer de alguns.
A
métrica pode não estar exata na poesia, mas que esta venha
Por
redarguir com a tolerância e o bom senso, a eterna sensatez
Que
esperemos de uma juventude dourada fosse coerente
Ao menos com o
respeito a pai e mãe, a avô e avó, sempre.
Mas nos
parece que não temos essa preocupação de hedonistas
Que
preferem o coito com a insígnia preta do luto
Endereçado a
quaisquer humanos, e que nos deixa tristes
Quando a mesma
juventude dourada de sol mata e não se arrepende!
Qual
fora uma batalha, o que não seria mais justo do que a prisão
De
muitas gentes irresponsáveis, mas que nunca vem ao caso
Quando,
por suposição anacrônica, aqueles que devem dar exemplo
Justamente
põem em cheque o tratamento com as andanças ignomínias.
Estreitam os laços que nos ligam à morte, enfeitam o pavão de seus
corpos
Com a empáfia de acharem que são os donos do mundo, no
que a repressão
Deveria agir com esses elementos que não se
cuidam quando deveriam
No abrigo de uma falsa juventude
porquanto velhos de tinhosos são.
É
gente que desconhece uma situação veementemente que urge
A
reparação imediata contra os atos insanos no que a sociedade se
torna
Contra um mínimo esforço de ao menos colocar a proteção
adiante
Em questão de mínimo sacrifício, mas parece não
importar à drogadição.
Verdadeiras levas são erguidas
por um falso orgulho pelo único fato
Da pretensa juventude em
sinistras festas regadas a bebida
Que o próprio mal constrói
em vida de mortes anunciadas
Ou através de sequelas mal
compreendidas na falsa arguição.
Será
mesmo que essas batalhas sem nomes deverão ser impetradas
Até
o limite onde a extrema gravidade da situação seja mais
Do que
apenas um ou outro codinomes sejam lembrados
Quando por legado
afirmarmos categoricamente que se errou brutalmente?
Não
precisamos carregar esse fardo, pois muitos batalham
Na intenção
simples de levar uma vida austera, enquanto
Outros tentam
enobrecer vilanias, colocar em si o descaso
E tentar
derradeiramente jamais acabar com o vício da luxúria…
sábado, 5 de dezembro de 2020
UMA REALIDADE AUMENTADA
O
recrudescimento de dados em quaisquer esferas de atuação revelam a
construção de softwares cada vez mais sofisticados para
gerenciamento algo duvidoso do que venham a
ser exatamente os canais que se apropriam de volumes incalculáveis
daquilo que depois vem a gerar a informação… Até o conhecimento
a hierarquia obedece seus padrões de consulta nos arquivos ou
comunicações abertas e em sigilo, dependendo do grau de segurança
e privacidade do usuário comum nos sistemas abertos ou
pretensiosamente fechados. Tantas
e tantas máquinas fazem esse meio de campo para os sistemas que se
estabelecem no tempo e no espaço, que o fluxo passa de uma
linearidade em rede, onde se parece uma sinapse constante entre seus
vértices. Essa engenharia traduz conquistas como a nanotecnologia,
em circuitos gigantescamente finitos em sua competência de cidades
em um milímetro de chip, que placas maiores mostram, aos displays
humanos, seu poder. Nada
do que se pensou nos anos 80 seria tão espetacularmente grandioso
como as intervenções cirúrgicas remotas ou mesmo o gerenciamento
de uma imensa plantação de soja igualmente de modo digital, às
colheitadeiras inteligentes. Ou, se ainda não chegamos a esse ponto
talvez seja por uma negativa da vontade política, pois a engenharia
da questão acima citada é apenas uma questão de tempo… Os
celulares de ponta poderão oficializar a robótica em uma linha de
produção, verificar as montagens através de câmeras inteligentes
e resolver problemas complexos da criação de designs padrões em
frações de segundos. A velocidade esperada é muito maior e
esteiras de alimentação serão dispostas desde a montagem do fast
food
até sua consecução final, como já acontece no Oriente de ponta.
A saber, que apenas uma adaptação pura e simples não resolverá ao sapiens, pois o aspecto do jogo nos faz sermos mais ludens, como cita Huizinga em sua obra magistral para a humanidade pois, sem jogarmos com a tecnologia, ela nos colocará em um sinistro ostracismo. Esse tempo que caminha sem fronteiras jamais nos permitirá evitar que nos cheguem contêineres repletos de novidades da ordem citada acima, não há como controlarmos, pois o mercado liberal não nos permite ofender as suas leis baseadas na oferta e na demanda, e na variação dos valores e suas diferenças entre o que é barato daquilo que é caro. Nada na economia global hoje há que dar espaço a contendas ideológicas, mas apenas fazer a lição de casa conforme os tratados econômicos surjam para que não precisemos delimitar fronteiras, e isso também serve para um continente e para um país.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
AS TRANSFORMAÇÕES DO SONHO
Sonho que nos teime em nos
deixar sozinhos, a sonhar,
De tantos que somos a realidade
repousa suas asas plúmbeas
No início, meio e no término de
quase um dia
Onde respostas atônitas nos calçam os sapatos de
jornadas…
Não que não nos mereça o bom sonho, mas que
sejamos
Aqueles capítulos de uma noite de bom sono, o
sagrado
Que nos alimente de falsas preocupações, e que
disso
Nos demos conta maior do que a façanha de não
termos
Aproveitado o tempo em que a lucidez montou sua casa
Nas
palafitas trigueiras, quais pernas morenas
Que desfilam andando
com os pés fincados na esperança!
De um MASP ao
Obelisco, do monumento de sampa
Retornemos ao Cristo Redentor, a
averiguar que de beleza
Estamos repletos, e eis que –
repetindo – a esperança,
A mesma palavra citada venha em
ampolas de virtude
Sinalizando o trabalho magistral da ciência,
a dissipar
As dúvidas que ainda não tenhamos sobre tudo,
Mas
a falta de certezas de que ainda temos que ter
Os cuidados
redobrados a quem amamos e mais um pouco...
De
sobra, que seja a humanidade sem exceção à regra
Pois não é
e nunca será a hora de se alimentar o ódio.
Qual excerto
de um épico como uma grande literatura
De um país como a
Índia, relembremos que somos irmãos
De toda a literatura sacra
ou laica, posto o que temos de cultura
Relembra antepassados em
que nada substitui o que não é
Na não existência, um sopro
de vácuo, um átomo sem núcleo,
Uma energia que suplante uma
baforada de tabaco em meio
A uma reunião liberalizante, no
sentido libertário da palavra.
É a hora de dormir um
pouco, que a poesia não existe sem noite,
A noite da poesia não
se parece com o dia da prática
Quando ao menos pensamos em
desviar dos de má conduta!
A virtude é a arma da razão,
arma que afaga e que perdoa,
Que sente, meio às piores ofensas
a igualdade que restará
Àqueles que ao menos – na
vicissitude não grave –
Fizerem diuturnamente o mea-culpa
que reverbera na remissão
Algo de confissão secreta, no meio
do sobrecenho, como luz
Que ilumine a tendência de sermos
ignorantes e pífios
Na claudicante voz que é a própria
resiliência manifesta!
Não que a Verdade seja encoberta,
pois existe nos pratos
De uma Justiça já senhora, pois sente
que inabalavelmente
Um prato não pese mais do que outro, e que
a venda seja tátil…
Verdade seja sempre dita, a verdade
de todos os que a procuram
Com a sede de prosseguir em um
caminho íntegro, normal,
Sereno porquanto de litigantes a mil o
mundo já se torna
Perene em suas conquistas de algodão-doce
Que
some no fogo fátuo de um sabor de alcaçus de sombra.
Nada
que seja extremamente supérfluo deve ser ignorado.
Pois
outrora seja efêmero para alguns pode ser concreto
Na
contextualização dos fatos, e que se almeje que cada qual
Faça
o seu lavor a favor do próximo, ou mesmo que pense
Ao menos não
infringir negócios escusos, pois isso navega
Literalmente em
direção aos penedos, do mar ou da floresta.
Enfrentemos
os nossos laços truncados pelas pétalas de chumbo
Quando em
plena primavera andante existirá sempre um cavaleiro
Disposto
em relação às chamas sagradas que o chamam em missão!
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
UMA VEREDA DE UM CAMINHANTE
Nos tempos remotos, quando não
existiam carros, motos ou ônibus, quando os trens eram a vapor e as
ofertas industriais ainda eram mais incipientes, o motor estava na
ponta de lança para adquirir a força de trabalho, na grande era da
Revolução Industrial. No entanto, hoje se vê ainda viventes
caminhando, no mais das vezes desempregados e iludidos com a falta de
qualquer conforto, em busca apenas de um sono seguro, em uma
marquise, na esmola e no ganho de alguma comida. Uma triste realidade
que deve ser denunciada, pois o Estado não pode de nenhum modo
deixar enormes massas desamparadas. É função do Estado primar
pelos seus habitantes, senão é como se diz: a empresa qualquer
necessita do exército industrial de reserva, ou seja, daqueles que
entram na fila dos desempregados e são contratados pelo mais baixo
ou achatado salário, por ter mais oferta de mão de obra do que se
necessita. Portanto, as coisas não andaram em muito progresso
social, desde XIX até aos nossos dias. A era da informática acaba
por sistematizar a desigualdade, pois que, de diversas formas atende
aos interesses corporativistas, a modais do crime cibernético e a
uma transgressão de valores que passa pela alienação e a injustiça
instituídas, naquela velha questão que nos assombra do Poder pelo
Poder, de estarmos – os poderosos – sentados em confortáveis
poltronas tentando mudar cursos históricos. À revelia de termos a
pretensão de sermos mais humanos, passamos a viver em clãs que
ditam as normas dos grupos e seus interesses pessoais, de maneira
egoísta e imprópria, a ponto de desmerecer a classe trabalhadora
com o fundo irônico e déspota…
Necessitamos
de maiores cuidados, e a turba ignóbil insiste em fazer recrudescer
atuais problemas, como o COVID 19 e outras instâncias do que se
parece termos a enfrentar guerras comerciais concomitantemente com a
pandemia, no que resulta aparentemente a busca de dificuldades em
acertar os ponteiros para não confundir as bolas. Não usar a
máscara não nos parece a melhor solução, pois pingaremos nos
sistemas nossos extratos virais. Se não hemos de parar o comércio
reiteremos que os cuidados tenham a maturidade necessária que os
jovens infelizmente ainda não a alcançam com regularidade. Pontuar
uma caminhada consciente de que os seres de todos os tipos se dispõem
igualmente ao trabalho é como traçar a Natureza como um
esquadrinhar os fatos da tipificação do bom senso. Não há
prólogos quando a incerteza firma pé em um ato, um encaminhamento
de uma obra literária ou em um excerto documental. Na verdade, há
apenas um caminho intelectual que nos transfere de um parecer a
outro, a verve que sublinha nossas invectivas do conhecimento,
equiparando nossos próprios recursos de expressão com o pensar
registrado nas alfombras de leis consuetudinárias. É por esse
apanhado de expressões que pode o homem lutar bravamente no caminho
do diálogo e da concordância mesma do imaginário e da razão. Por
esse lado, havemos de manter uma convexidade na irradiação de
nossas mensagens, de dentro para fora, de si para outrem, do imo ao
abstrato… Assim a se dizer, nos preparamos – a ver – que, de
uma maneira ou outra, o ouro de nossas conversações seja muito raro
e prolífico, seja maior do que um tamanho peso família, seja de
irradiação sem precedentes ou, no máximo, a performance em que
descendamos de uma escala do um ao cinco, por uma nota três, em seu
mínimo ou em seu máximo.
Afora isso, sem caminharmos, é
chover no molhado, e toda a noção experienciada por um pode ser a
veia faltante nas conquistas do outro, quando a vereda de um
caminhante elucida o dia.