Saímos
de casa, um tanto de vezes, meio reticentes, em serviços essenciais,
que o magote das gentes não sabe nem mesmo se o álcool lhe dá a
guarida! Pensamos um pouco em uma ação, ação sem pensar
igualmente, nas roupas que trocamos, em um paramédico contaminado e
em uma falta de lideranças que urge conhecermos ao menos alguma.
Boicotamos
o tempo, boicotamos algumas nações, e o que se diz é que não
temos o tempo, ou que esse depõe contra nós no triste episódio da
virulência. Outros vírus participam, como o roto e o rasgado, ambos
com paletós quase escovados e as suas gravatas de seda. E nos
perguntamos: até quando não poderemos tocar quem amamos, ou se uma
pretensa juventude está mais agigantada nas prerrogativas de estar
incólume. A saúde, a higienização, os pressupostos da
intocabilidade, os adendos em uma lei, uma outra que se atravessa,
quase como um decreto: outorgado, equivocado, quase nulo… A crueza
de todo o processo e, mais ainda, nas altercações de ordem política
uma desordem institucional a passos quase céleres, no andamento da
carestia de faculdades intelectivas, da não prospecção dos
problemas que nos afetam, das decisões nulificadas na orla do bom
senso. Como em um alvo de viés, da retaguarda, alavancam-se
situações que elucidam os fatores, mas setorialmente vê-se que é
na contraparte da linha de frente que encontramos os títeres que,
envaidecidos, esquecem de lutar silenciosamente sem predominar o
orgulho, este sempre ferramenta da ilusão. No que se quisesse de
mudanças na estrutura, veríamos um panorama arguto ou simplesmente
uma bandeira idealista fincada em cada município do país, o que já
seria um bom começo: um principiar fremente, uma ordem correlata ao
assunto da Pátria.
Sentimos
um evanescimento das questões que nos abraçam sem seus toques, um
truque a cada esquina, um jogo que cansa quando pausamos em nossas
casas e vemos surtirem efeitos as últimas notícias do dia que se
seguiu até os costados da noite, oh sempiterna esperança! E o que
vemos? Vemos superfícies, olhares por dentro das suas máscaras,
vemos políticos fazendo troça das mortes inoculadas pela dramática
situação pandêmica, vemos um mundo de ideias tecnológicas estar
desabando, vemos o desemprego, a recessão e a crise. O jogo não
descansa, e o que querem muitos é apenas um possível resultado nas
urnas, talvez porque o Brasil ainda seja a parte maior da Amazônia,
talvez por possuirmos riquezas que nem o vidente conhece! Ah, raro
esse jogo, como um xadrez onde perdemos a rainha e possuímos ainda
um mero peão que segue ao fim do tabuleiro, ameaçado por um rei em
seu temor de mate. Haveremos de jogar – se o jogo não descansa –
caminhando na hora de caminhar, usando a destreza atávica de um bom
comportar-se, civilizadamente, não fazer troças de coisas sérias,
e encontrando em qualquer máquina (aqui uma alocução sobre
tecnologia de quem vos escreve) um paradigma e uma saudade
inexistente de que o Brasil seria uma potência da metalmecânica.
Obviamente, os EUA e a China, por que atravessam esse trágico
acontecimento atual, não possuem total direito de ir e vir mas,
vejam bem, de máquinas essas nações conhecem, e suas máquinas
funcionam, desde um modesto Chery até um Land Rover, e isto está
presente quando ombreamos em um tempo tentando desenvolver um Gurgel
de fibra, ou uma brasília com motor da Volks. A capacitação
técnica navega sobre lençóis de tutano, e quando há fomento para
o setor industrial há tudo.
Prosseguir
na luta por um país melhor é encarar o jogo, é tentar se
desenvolver ao máximo com todos os recursos à mão, é tentar fazer
do país uma boa máquina, azeitando as oportunidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário