Sentir-se,
assim, de uma quase certeza do desastre
De
um crédulo escrutinar as crenças, da vida que não cerre
As
pálpebras do dilúvio algo de um barroco tardio
Em
suas cornija ocultas, nos pequenos anjos de catedral
Que
permitiriam um sentimento divinal, quem sabe uma frente
Onde
repousarmos a fronte de Cristo na mansarda inquieta
Que
reduz uma casa a um presbitério inconsonante com a voz
Que
mantemos como uma chama, um velcro inconsistente
Naquela
mesma tristeza que não cala o pressentir do futuro!
Assim,
tardiamente barroco, um destino depois de renascermos
No
que verse a transposição de toda uma arte, um encontro
Que
perfaz toda uma existência de se sentir, que sentimos o triste
Como
algo que faz parte da encomenda de uma cruz que erguemos
A
nós mesmos, e que o sofrimento cristão nada tem a ver
Com
redondilhas de prosperidades vis, nada tem a ver
Com
o perscrutar de versos que buscam apenas uma veracidade
Que
recai no olhar do pior leitor, apaziguando uma camada de ódio
Que
porventura a criatura sente por encontrar enumerada a Verdade!
Deus
nosso, que nos conceda a tristeza, de nos sentirmos tristes
Por
todos os que se vão, e perdoemos – obviamente a quem mereça –
Uma
sentença que não suceda àqueles que se retraem como moluscos
Ao
toque de uma pequena vértebra quando seu ponto equidista
De
uma anódina geometria a relatar os ditames da história
Enquanto
essa deusa enumera gráficos de quem vai e quem fica.
As
barbas se nos crescem, esquecemos de retificá-las, como a um carro
Nos
pistões imberbes, no frentista que nos enche de esperança
Quando
nos permite fumar fora dos muros da empresa
E
somente nos fazem pagar quando a água fora trocada…
Se
sucedem as empresas libertárias, os vigilantes permanecem acordados
Em
cada nicho de quarteirão, nas beiradas da cidade, em bairros de
bênçãos
De
um aço esquisito, do roncar de um motor, seja de duas rodas
A
vermos que os úberes estão cheios de entregas com preços de
baixas!
Naquelas
questões, e se me perdoarem pelos interstícios da poesia
Saberemos
melhor que escrever não é um ato profano, pois exibe a cada minuto
O
continente de nossas virtudes, e quem se lê a si mesmo sabe do que
se fala...
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