quinta-feira, 28 de maio de 2020

AUTORIZAÇÃO PARA PROSSEGUIR


          Sob dado momento, que porventura pode abraçar meses, estamos em uma paradoxal anemia em termos de soluções definitivas a respeito de uma miríade de coisas. Há uma enorme inquietação no ar e obtemos parâmetros de países do primeiro mundo. Apesar disso, por essas frentes a situação é drástica e não há – aparentemente – soluções a curto prazo, nisso de evolvermos ações de liberação do isolamento social e a incerteza decorrente… Essa premissa do paradoxo parte do sim e do não, do zero e do um. Como uma lógica computacional, a certeza é apenas numérica, não fosse sabermos as sombras dos dados coletados, como uma estimativa disfuncional do que vem a ser a realidade suficiente e nua, sob critérios científicos de auferir medidas melhores. Nesse prisma sem luzes aparentes, galgamos um espaço a desvendar suas luzes em meio às desditas que passam por nós como descalabros, brinquedos ou fantoches que não sabemos exatamente o que é, a não ser por certeiras manipulações, fakes e erros crassos demarcados pelas fronteiras da ignorância e da tentativa de se impor algo que sequer sabem o que seja.
           Qual será a instituição que perpassa nas veias de uma sangria tentada e não obtida? Talvez a lógica da intimidação, mas seria de um purismo abissal pensarmos que estaremos intimidados por uma modalidade da ignorância supracitada e, no entanto, esquecida pelos tempos modernos, que igualmente não param para pensar que trata-se de algo que não existe, posto chauvinismo gratuito recortado por palavras impróprias… O substrato da nossa consciência não pode mais arcar com um panorama quase apocalíptico de apenas um país, já que não crescemos na mesma latitude da consciência de forma abrupta, aos trancos, como um motor que precisa reparos urgentes. Deveras resumido é o paladar de um tipo de alimento que não consagre o saciar da fome, que urja por mais e melhores substâncias, e que nutra o entendimento de uma massa que acaba por merecer a pecha da loucura. A modalidade da ignorância teima sempre em fazer reviver esse sentimento de um tipo de fanatismo torto e indiscreto, seja onde se erga esse sinistro totem. Em tempos de pandemias não deveríamos sequer aceitar de mão beijada a anuência a tipos de prevaricação ignota que não faz parte de nossas redenções, em se tratando da bondade, a modalidade mais alta da questão material e humana. Quando se tem paixão por algo, quando a modalidade é da paixão, ainda assim carecemos da verdade mais transparente, e será sempre na bondade que essa transparência é mais correta, pois alguém sequer imaginar que o crime só vale para os adversários, no mínimo é indiferença e descarte de propostas positivas em uma justiça séria e imparcial, que deve ser radicular, tentacular, ser o modo de atuação em todas as frentes e ordens baseadas nas leis que, porventura, já as possuímos no texto da Constituição da República, tão adornada bela e duramente no seu processo de consolidado, ou seja, conquista irretocável da Cidadania Nacional. Conquista que faz parte de um frágil processo histórico de nossa recente democracia, mas representada por várias personalidades de vulto imprescindível na história do nosso país.
          O reclame a que se mantenha as nossas instituições é apenas o factível, aquilo que surge e sugere na retomada de um possível crescimento econômico uma reforma que refrate as forças que se opõem ao andamento pleno da Legalidade e democracia em nosso Brasil. Não é possível que quando se aumenta o salário de uma fração – importante, no entanto – dos trabalhadores, estes queiram se sobrepor à nossa Ordem Constitucional, através do contra pé de um processo civilizatório que faz de seu curso um inevitável e caudaloso rio. Não há como um grupo qualquer estabelecer frentes a toda uma força que não está de acordo com o crime inobservado. Se a única chance de chegar a deter o Poder é através de falsas notícias, da ilegalidade justificada pela desordem e pelo caos a que chegamos, resta contestarmos com a perfeição redobrada da lei e da ordem em uma tripartição do poder que possa assombrar de eloquência jurídica e política os vértices que emanam da nossa Pátria, a pátria do Brasil, e que este mesmo país, eclético, plural, religioso, festivo, inteligente, lindo e sábio esteja realmente acima da intolerância e da tirania.

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