Teimamos
em redescobrir frentes de atuação, que não concordam com uma
coerência que pertença ao bem comum… Essa falta que nos dá saber
que a ciência da matéria tem muito a ver com a espiritual e, no
entanto, sentimos a falta, dá a falta, dá para perceber, a alguns,
que muito teremos a crer para sair do espectro tão tardio de nossas
consciências, que o salto que damos quando tomamos conta dessa
crença nos leva a redimir muitos atos cometidos erroneamente! Um
tipo de atitude reflexa, algo impensado, um molho mais curado da
comida, um alho que esquecemos de fritar. Essa metáfora tem a ver
com a arte da culinária, pois revela aos degustadores experientes a
arte como modalidade do prazer da comida… É como remodelarmos
nossas mente, e encontrar em uma eternidade o sopro que significa a
vida humana. Nada do que esperamos seria muito da eternidade, senão
que a própria consciência espiritual, anímica, que tantos somos os
que temos a angústia de viver por eras mais complicadas quando da
solidão que abraça nossas frentes.
Temos
muito a conversar, tanto é assim que muitos falam a si mesmos, temos
um monólogo interno em cada vertente de nosso caráter, temos uma
voz sem estarmos necessariamente na ribalta, fazemos crer que podemos
nos governar em cada individuação proposta, e o amor é gigante e
não possui pecados, haja que possamos assim agir. Esses lapsos algo
esquisitos de nosso comportamento nada mais são do que os recursos
dos quais podemos nos habilitar, caso a sociedade venha a não tomar
bons rumos. Esses rumos que esperamos, sempre na plataforma da
bondade, como modo da existência material. A questão do modo da
ignorância é pertinente, mas apenas aqueles que compreendam-no
sabem tergiversar por vezes, evadir de suas circunstâncias, mas de
qualquer modo acabam por voltar a novamente compreender essa questão.
A ignorância é seara fértil para aquele mestre que ensina o beabá,
as palavras, sitas na luz na equidistância vertebral do
conhecimento. Portanto, não há totais ignorâncias, mas sim as
modalidades de compreensão de determinado fato, de premissas quase
inexistentes, da lógica às avessas, no breu…
A
possibilidade de ignorarmos os descasos de nossas frentes fala mais
ao quesito da busca, de uma procura incessante mesmo ao letrado,
mesmo ao não civilizado. O índio fala mais ao seu papel, à sua
busca, e é pertinente afirmarmos que os índios são mais sábios do
que toda uma civilização que se torna construída pelos alicerces
da dominação. Não vai adiantar terem ódios dos indígenas, pois
todo o seu legado antropológico é tarefa de registrarmos de algum
modo na história de nossos ancestrais. Fossem esses ancestrais
portugueses, no mais, que tenhamos de Espanha um pouco, de Itália,
de França, da Alemanha, de alguns países que possam finalmente
respeitar a cultura indígena como algo de que nos lembraremos
sempre, e que sempre fique na alvorada do pensamento a oportunidade
de transcrever ao trabalho de quem está nas frentes mais
progressistas, o legado indelével do que nos espera nesse momento
civilizatório da atualidade.
Desenhar
o próprio legado sobre o que esperar nas frentes que tenhamos que
enfrentar a qualquer custo, cabe dizer que mantenhamos a ciência
acordada, que possamos pensar em progresso e que a mensagem de paz
nunca seja derradeira, posto não estarmos prontos a que alguém
venha com uma arma dizer a que tipo de passos temos que andar, haja
vista a marcha ser para soldados, e o passeio seguro ser para civis.
Nesse remontar-se de um bloco lógico é que temos a confiar maiores
inteligências, e não outorgar tendências ao bel prazer de
demonstrar a farsa da autenticidade falsa.
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