Meses
recrudescem problemas, dias turvos os compõem, e sequer sabemos de onde somos,
quem somos ou para onde queremos ir, como disse Gauguin. Não sabemos a respeito
dos mistérios de nossa existência, o apanágio bíblico pode não estar tão
presente, e o recado que se deixa para o mundo são as variantes das escrituras,
para todos os povos que as seguem. Alá, Jeová, Krsna, Cristo, Buda, Confúcio,
etc, são meios de se tornar crédulo a um Deus, a uma ideia, a um homem, a uma
mulher, ou seja, a plataforma do carinho possa ser tão poderosa quanto a fé! Se
crermos em uma gramínea como um poder criativo de um ser superior, se amamos
alguém como um rebatimento onde preencher lacunas afetivas possa ser um bom
caminho, se acreditamos que há nações mais justas socialmente, essas crenças
podem permitir um rebatimento em como colocarmos nossas mãos nos ombros do bom
senso, este nosso dileto amigo a quem não se recusa impressão ou conformidade. Mas,
de qualquer maneira, não podemos crer na maldade como um caminho escritural, ou
com motivação escusa. Como em uma guerra onde se comandamos algo, estaremos
enviando muitas vezes tropas inteiras a sucumbir... Justamente porque o
contraditório é saber que na maior parte das vezes, quem toma a inciativa
desses conflitos é quem deseja ampliar seu poder geopolítico sobre populações
vulneráveis, para obter cada vez mais riquezas dessas nações. Posto a desumanidade
reza a uma contrariedade em relação ao desenvolvimento que deve ser maior
quando se trata de direitos humanos internacionais.
Praticar
esse bom senso supracitado é condição inequívoca de bem portar-se, mesmo que
uma grande parte da população queira insistir em algo baseada na ignorância
como modalidade de fato. Essa ignorância, esse ignorar algo que não coaduna com
um entendimento primário das coisas revela sempre um lado sombrio àqueles que
possuem maiores luzes no entendimento do que é real e do que é ilusão. Resta
dizermos que o modo da ignorância traz para perto uma loucura que por vezes se
torna coletiva, que possui tentáculos que só são explicados pelo fato de
verdadeiras insanidades explicam-se no pressuposto que essa gente que parte do
não estruturante e tomam o poder nas sociedades, representam o contraditório
naquilo que não se previu como a necessária e, no entanto, desperdiçada, tomada
de consciência de muito do que se passa. Esse floreio, esse desabrochar de
pétalas sinistras vem ao encontro de que só teremos uma felicidade quando nos
conscientizarmos do que quem é o que. A reação ao que é definitivamente melhor
para todos não suplanta a verdade que cresce como uma trepadeira, uma era, uma
planta que ocupa todos os nichos, com o tempo e, mesmo que tentem cortá-la em
um muro, estará em muitos outros, em se tratando de panorama global. A
equalização dessa mesa concreta, de botões e gráficos, torna a mesma verdade
sendo pertinente inclusive em órgãos que tornaram sólida a recusa de que a
progressiva qualidade social se emancipasse em outros tempos, desde toda a
história de uma nação como a nossa, essa Pátria de bandeira que precisa sofrer
rápidos remendos, antes que se subtraia o verde de nossas esperanças...
Não existe
a menor possibilidade de que vá se consertando um sistema que já dá sinais de
colapso, concretamente falando hoje em dia, onde sinaliza o tempo que este
mesmo está depondo contra, como um incêndio bem vindo por uma corja em uma
floresta que demanda o ódio dessa mesma população que vem das catervas, de
grupos escusos, que insistem no mal, como conduta primeira naquilo por que são
investidos, nesse imenso poder que contradiz a sua própria não existência, da
sua não verdade, da sua plêiade afirmativa, e que na verdade parte do não ser,
ou ser nada. Assegurarmos que o nada, aquilo que se baseia no modal da
ignorância, apesar de ciclicamente fazer parte intrínseca de altas esferas, não
sobrevive muito tempo. Temos esse tempo, mas sua relatividade relembra que por
muito nesta e em outras nações tivemos a escravidão, em um processo histórico
de como aprendemos que utilizam o braço humano como ferramenta, e que o mesmo
processo histórico revela que não será neste mais avançado século, com as
conquistas obtidas por muitas leis de progresso, que as coisas tenderão a
piorar, pois as humanidades já foram muito cruéis e desumanas em sua infância,
e agora a maturidade de uma consciência mais aflorada tenderá a desbancar os
poderes que, em suas próprias contradições, fracassam ao céu aberto, ou em
torno de seus gabinetes.
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