segunda-feira, 25 de maio de 2020

RECONSTRUÇÃO DO BRASIL


           Tantas as coisas de terem suas trocas, suas falsas identidades, seus toscos propósitos, que pensamos melhor em uma reconstrução nacional… Pois sim, que se unissem os engenhos, as engenharias, a medicina, os da ciência, os reformadores humanísticos, os antropólogos, os psiquiatras, os sociólogos, os cabalmente estudiosos e, os que fossem administradores, seguidores apenas dessas ciências. Há que se ter a ciência espiritual, mas dessa vertente não se realiza um resultado na esfera material, posto não se fabricar um tijolo com a fé, a não ser que a mão esteja tremendo muito com a dúvida, com o pânico de algo, que não saiba mais como proceder para fabricar a peça fundamental e, se for de igual tamanho para a consecução da obra, que seja a fé, necessária, mesmo sabendo nós que existem modalidades de fé: na bondade, na paixão e na ignorância. Não nos resta julgar em que patamar nos encontramos, mas sim a intensidade da tendência que porventura havemos de ter no serviço devocional. Esse serviço igualmente preenche da obra os que são da obra, independente se cremos na matéria ou no espírito… A solução razoável, pois por vezes não estabelecemos um padrão construtivo da ciência quando saibamos do fato de um cientista ser ateu, no exemplo claro da aceitação de agentes que somos de nossas próprias circunstâncias. Se Krsna está presente nos átomos, qual não é o grande serviço a que se nos dispõem os cidadãos que trabalham na mesma ciência supracitada! Se um ser humano inventa um respirador mais barato, de realização rápida, na boa intenção de dispor de uma boa máquina para a medicina, quem dirá se não é uma atitude grandiosa, se não vale muito mais do que muitas devoções neutras e díspares de ação dessa magnitude. Isso não explica o muito do que haveremos de esperar. Mas, se há processos licitatórios sobre outras máquinas mais caras, com propinas decorrentes, resta sabermos que nessa ponta de negociatas escusas, mesmo se não houver uma justiça dos homens haverá a justiça divina… Nessas questões primordiais é que se vê ou se testemunha a sujidade humana.
        O excremento que esquecemos de limpar, quando de cão diminuto, não se compara com as fezes que constituem a massa encefálica de lideranças que, por incrível que pareça, continuamos a consagrar como uma mitificação necessária por razões infundadas – aos olhos da ignomínia – de Davi, Jacob ou Abraão. Se escute na rádio o Juízo Final de Clara Nunes, possa ser de importância efêmera, mas que se veja a Grande Capela do Vaticano par se ter uma ideia, ao menos de Jonas dividindo as procelas da existência humana, e veremos que na erudição do Inferno de Dante nunca esteve tão presente, ao premiar-se fragorosamente o seu exílio. São nessas questões mais arcaicas do pensamento dos apocalípticos que vemos a integração de Umberto Eco como remissão do que cria-se ser verdadeiro, e de que a mesma Verdade não se ressinta da ignorância monolítica do reino Humano, que nada tem a ver com o reino dos animais.
          A cada gorjeio de um pássaro está ou reside mais conhecimento anímico do que toda a especulação econômica, de Smith a Keynes… Posto que em um saneamento ignorado reside a flora que não se constitui, e a fauna que não procede, posto o século XIX não representa e jamais representará o panorama cultural do que porventura seja este nosso XXI, repleto de gentes mais conscientes do seu entorno: alheias às ignorantes classes de poderes que se revezam ou são descartados nessa lida em que emane nosso abraçar futuro. Deste nosso proceder reconstruiremos – ou não – um país para se viver melhor, repleto da dinâmica social e cultural de nosso povo!

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