segunda-feira, 11 de maio de 2020

E A CIÊNCIA, ESTA, CONTÍNUA


           Um jogo só encerra quando se tem a regra definida, quando se obedece a regra, e não se pode dizer que siga conforme o acaso, pois cada movimento é definido pela sua própria continuidade… A sonda de Marte não é um brinquedo, onde movimentamos um trator a bel prazer por cima de nossos jardins, no entanto é justamente uma geringonça que depende de outra atmosfera, que realmente procura a água, que depende das rochas para se mover, e necessita de torre controladora, mesmo em se tratando de comandos muito remotos. Esse prazer que temos quando pensamos em controles remotos se nota no simples ato de trocar um canal, de passar uma mensagem, de obter aceitação, de estarmos quase em um ponto de vista por encima da normalidade quase aceite, como ilusão primeira, pois todos quase tem acesso às vias que nos permitem o proceder científico. O mesmo processo que permite que azeitemos nossas máquinas diárias, como tantas sejam, permite que aceitemos o azeitamento de nossa ciência que adquirimos conforme larga preparação se tivermos a chance de assim apreendermos essa realidade. A dureza dos metais ensina, a posição de uma peça no imenso tabuleiro de uma cidade ensina, o que aprendemos com a Natureza nada mais é do que tudo o que encerra a mesma ciência, como tudo se transforma, conforme Lavoisier. O jogo mesmo, de tantos, é farto, pois aprendemos até mesmo como pilotar um helicóptero com um competente e profissional simulador, através de uma realidade aumentada, de uma verdadeira revolução tecnológica. A partir do momento em que percebamos as latitudes possíveis e igualmente como dever de nossa compreensão, saberemos nos posicionar como homens e mulheres com o perfil contemporâneo, este que não sujeita a Natureza e nem as nações primitivas, pois sabe da importância tão maravilhosa da diversidade dos nossos tempos. A preservação de nossa casa vai além de nossas paredes, de nossos muros, de nossas cercas… Não podemos nos dirigir a um povo quando se há prerrogativas de não estarmos ao menos respeitando suas culturas, seus modos de ser, pois senão estaremos em um caminho para não somente as gerações posteriores sofrerem com a devastação natural e humana, mas sentiremos em nossa carne a dissensão do espírito. Uma recriação tosca da matéria, e uma ciência endurecida pela incompreensão e que demanda que estejamos com a ciência espiritual, que nada mais é do que o sustentável modo de viver, possível, factível e necessário.
          A ciência material é contínua, apesar de alguns pensamentos fundamentalistas que se opõem a ela, e a ciência espiritual é fruto não de um dogmatismo no pensamento, mas sim de uma abertura cabal que não transige com a inevitabilidade aparente do obscurantismo, mas com as palavras de ordem que ensaiam um bem portar-se com as coisas da mesma Natureza supracitada. Novos e importantes padrões têm sido colocados como paradigmas prementes da ciência nos tempos modernos. Isso diz respeito a como a humanidade vai se comportar nas próximas décadas, nos próximos anos: haja vista não termos – infelizmente – consentido muito com a razão como raiz da questão, e equações insondáveis e, no entanto, com soluções quase óbvias, nos colocam as chaves de um problema que aflige tanto a humanidade, que é o orgulho do Ego falso, de uma impressão que cresce, vitupera, claudica, destrói e esmorece... Exausto, pelas prerrogativas em que a História não dá as tréguas nesse jogo em negar a ciência e sua natural e segura continuidade. O valor científico não abre as margens do que não seja e, para certos incrédulos e agnósticos, pode ser considerado a referência importante e concreta para que não se caia em um obscurantismo que nos faça fenecer.

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