Um
jogo só encerra quando se tem a regra definida, quando se obedece a
regra, e não se pode dizer que siga conforme o acaso, pois cada
movimento é definido pela sua própria continuidade… A sonda de
Marte não é um brinquedo, onde movimentamos um trator a bel prazer
por cima de nossos jardins, no entanto é justamente uma geringonça
que depende de outra atmosfera, que realmente procura a água, que
depende das rochas para se mover, e necessita de torre controladora,
mesmo em se tratando de comandos muito remotos. Esse prazer que temos
quando pensamos em controles remotos se nota no simples ato de trocar
um canal, de passar uma mensagem, de obter aceitação, de estarmos
quase em um ponto de vista por encima da normalidade quase aceite,
como ilusão primeira, pois todos quase tem acesso às vias que nos
permitem o proceder científico. O mesmo processo que permite que
azeitemos nossas máquinas diárias, como tantas sejam, permite que
aceitemos o azeitamento de nossa ciência que adquirimos conforme
larga preparação se tivermos a chance de assim apreendermos essa
realidade. A dureza dos metais ensina, a posição de uma peça no
imenso tabuleiro de uma cidade ensina, o que aprendemos com a
Natureza nada mais é do que tudo o que encerra a mesma ciência,
como tudo se transforma, conforme Lavoisier. O jogo mesmo, de tantos,
é farto, pois aprendemos até mesmo como pilotar um helicóptero com
um competente e profissional simulador, através de uma realidade
aumentada, de uma verdadeira revolução tecnológica. A partir do
momento em que percebamos as latitudes possíveis e igualmente como
dever de nossa compreensão, saberemos nos posicionar como homens e
mulheres com o perfil contemporâneo, este que não sujeita a
Natureza e nem as nações primitivas, pois sabe da importância tão
maravilhosa da diversidade dos nossos tempos. A preservação de
nossa casa vai além de nossas paredes, de nossos muros, de nossas
cercas… Não podemos nos dirigir a um povo quando se há
prerrogativas de não estarmos ao menos respeitando suas culturas,
seus modos de ser, pois senão estaremos em um caminho para não
somente as gerações posteriores sofrerem com a devastação natural
e humana, mas sentiremos em nossa carne a dissensão do espírito.
Uma recriação tosca da matéria, e uma ciência endurecida pela
incompreensão e que demanda que estejamos com a ciência espiritual,
que nada mais é do que o sustentável modo de viver, possível,
factível e necessário.
A
ciência material é contínua, apesar de alguns pensamentos
fundamentalistas que se opõem a ela, e a ciência espiritual é
fruto não de um dogmatismo no pensamento, mas sim de uma abertura
cabal que não transige com a inevitabilidade aparente do
obscurantismo, mas com as palavras de ordem que ensaiam um bem
portar-se com as coisas da mesma Natureza supracitada. Novos e
importantes padrões têm sido colocados como paradigmas prementes da
ciência nos tempos modernos. Isso diz respeito a como a humanidade
vai se comportar nas próximas décadas, nos próximos anos: haja
vista não termos – infelizmente – consentido muito com a razão
como raiz da questão, e equações insondáveis e, no entanto, com
soluções quase óbvias, nos colocam as chaves de um problema que
aflige tanto a humanidade, que é o orgulho do Ego falso, de uma impressão que cresce, vitupera, claudica, destrói e esmorece... Exausto, pelas
prerrogativas em que a História não dá as tréguas nesse jogo em
negar a ciência e sua natural e segura continuidade. O valor
científico não abre as margens do que não seja e, para certos
incrédulos e agnósticos, pode ser considerado a referência
importante e concreta para que não se caia em um obscurantismo que
nos faça fenecer.
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