Não
deixemos a calúnia caluniar a seu bel prazer, mesmo que ela por
certos pressupostos encaixe nesses nossos objetos divididos. Não há
campanha sem o faz de conta a sermos ilibados, de lutarmos bons
combates, literalmente verdadeiros bons combates… Uma luta justa é
ter no mínimo a modalidade da bondade em nossos atos, e não
querermos criar gabinetes em segredo para fomentar desditas. É
crescer nas dificuldades, é não se intimidar por questões
irrisórias de Poder, é caminhar com a consciência leve sem se
preocupar com falsos altruísmos que não se encaixem inevitavelmente
com as conjunções do mesmo Poder. As classes menos favorecidas
carecem obviamente de mais atenção, e é nesse parecer que
poderemos ancorar uma posição, justo porque será a partir dessa
demanda que podemos auferir os urgentes princípios do povo.
Mediar
uma campanha, no se tratar de se caminhar junto pelos campos, por
exemplo, onde há sombras, no suposto, se dá no entendimento de que
o espaço imenso que nos retrai o cavalo, reza no entendimento que a
paz jamais está ausente desses sítios. Isso não será jamais
retroação de quem quer que esteja pontificando bobagens a respeito
de contendas históricas ou não. Posto a história repousa em cada
farfalhar das folhas, no vento que sopra na palma, nos significados
ausentes de registros, porquanto isso a história reza ser quase
infinita em qualquer dado tempo… Essa mesma história de boas eras,
e que pode vir a ser a contemporaneidade, tão suficiente de sombras
e tão ausente das luzes. Em um século em que podemos saber de
muitas potencialidades sem perguntarmos a nós mesmos as razões de
prováveis fracassos… Tantas são essas razões que nos encaminham
para algo consensual, algo de patriotismo, e não às avessas, onde a
voz de Deus parece não ser a voz do povo. Essa parecença não
condiz muito com o real, pois a voz da maioria, sendo pertinente ou
não, pelo menos versa uma democracia, bem ou não. Porque se não
estamos bem, estamos em uma situação em diversas soluções, ou no
esforço hercúleo de atravessarmos as fronteiras da bendição e, se
estamos bem, resta-nos ao menos preservar essa conquista. Alumiarmos
nossas veredas é sempre muito saudável no que pese encontrarmos
mãos que antes – quase inimigas – pertençam todas ao facho
sagrado que ilumina nossos, por vezes, turvos caminhos. Essa lapidar
consonância com o bem portar-se é um dos segredos da boa vizinhança
em relação a muros ou fronteiras… Estas que parecem nos distar
deveras, mas que em realidade não possuem muito a propriedade de
existir, pois saibamos que somos todos humanos, e que nada nos faz
sermos diferentes em essência de cada qual que permitamos nos fazer
e conhecer.
A
campanha é grande, muitos solos de nossa terra hão de se fazer
conhecer, muitos personagens heroicos já se tornaram grandiosos e,
reza a quem quiser, o ídolo, o símbolo do heroísmo depende de cada
posição. E nessa campanha verdadeira, a relativização da verdade
de cada um se encontra com a verdade da precisão da história, e
resta que estudemos aprofundadamente para saber quem foi realmente
quem no andamento desse tipo de constituição da sociedade. Resta
muito que saibamos, mas o que nos é extremamente relevante é saber
quem se posicionou a favor de nossa nação, assim a se dizer, com
suas riquezas: NOSSAS; com suas peculiaridades: NOSSAS, com seu modo
de pensar de outrora, quem sabe, mas que se revista a poesia de
Castro Alves a que nos lembremos de que país somos. Somos mais, e é
esta a campanha eterna, com todos os seus cabos, com todas as suas
faces, nacionais e de libertação. Esse é um bom mote para
alicerçarmos a campanha que não tem dono, mas apenas a mediação
de um homem.
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