sábado, 28 de março de 2020

O TROCO DE UMA MOEDA FORTE


           Estamos ainda sob o trôpego caminhar de nossos cavalos. De cavaleiros estamos por adiante, de regimentos rurais, da fome que teimamos em não assumir, de prognósticos de crise sem precedentes, mas já se avizinhava a piora do quadro de nosso organismo social brasileiro. Teimemos em insistir na União de Todos, como um novo partido de escol, como o perdão e a tentativa suprema de revermos os erros – não apenas do presente, mas igualmente aqueles recentes – que recortaram como uma colcha de retalhos mal remendada a nossa democracia. A incontinência de pareceres de ordem da hierarquia deve submeter-se a uma análise profunda, e os Poderes Nacionais obviamente têm a se desenvolver rumo a um tipo de transição para combater sinuosos adversários como a questão da saúde que há que se ter em mente seja crucial e tremendamente urgente, e as medidas paulatinas da liberação dos serviços essenciais.
          Quanto aos cultos, seria bom que cada evangélico parasse dentro de sua casa para ler ou reler a Bíblia Sagrada, posto esse livro santo não necessita que haja aglomerações desnecessárias para se levar a termos seu estudo sério. Se um fiel não consegue a independência de ler os versículos – quando atende ao programa religioso de sua igreja – obviamente não estará apto a vencer com a sua fé o trágico destino que está assolando o planeta como um todo. A posição da Igreja Católica é coerente e por que não conduzirmos todos o caminho de uma salvação, quando possuímos ao menos uma ideia coerente rumo à compreensão de um ramo muito importante da sociedade em seus processos de civilização, que é a ciência? Gutemberg imprimiu a primeira Bíblia, graças à sua ciência… Os Testemunhas de Jeová elaboraram um site muito bonito e esclarecedor sobre como estudar a Bíblia, mesmo estando em casa! Por favor, haverá súplica em saber que não é um poder que está investido pelos homens que deve mandar ou orientar erroneamente como devem se portar os religiosos de nosso país. Sabemos que o Brasil em sua maioria é cristão. Então, mãos à obra, preguemos os Evangelhos de Cristo, nosso senhor, Emanuel!
           Quanto às famílias desse nosso imenso país, que se fortaleçam em uma trégua importante que é ficar em casa sob o cuidado do bom senso, da coerência em se escutar a voz da medicina, dos pesquisadores, não necessariamente ficando em função – como uma neurastenia – das notícias que por vezes melindram abertamente a comoção, mas exercendo tarefas salutares ao menos para manter o seu lar em ordem. Assim temos que pensar em cada instituição de nossos Estados e de força maior, manter tudo bem ordeiro e organizado, esquecer diferenças de cunho político e ideológico, remendando o que há para remendar, mas com boa costura, de bons alvitres, na cunha certeira da resolução de nossas fronteiras do conhecimento e sua aplicação prática.
          Se há uma chance de mostrarmos ao mundo que tipo de nação é o nosso país, seremos mais agigantados se nos preocuparmos em resolver na prática – alicerçada não apenas na ciência, mas com a motivação da fé – as equações que surgirem dentro do escopo de nosso território, de nossas regiões, sem demandar que achemos que um Estado da Federação é superior a outro, pois há de se clamar para um chamamento de Todos para um grande pacto federativo, nisso incluindo obviamente os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, pois qualquer ruptura dentro desse panorama democrático fragmentaria a chance de mostrarmos que somos uma grande Nação. Parece-nos muito sacrificante, parece realmente, mas na realidade o modal de dialogar e redialogar com a sociedade civil e seus poderes é a única saída de compatibilizarmos os recursos unidos frente ao corona.

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