As
esferas interpretativas, os estudos linguísticos, por vezes cometem
a petulância de enquadrar os modais expressivos, como se estes
fossem uma imposição algo vertebral, por termos por lógica apenas
a análise do pensamento expresso, quando a tensão entre o
comunicando e o comunicar se antecipem em estranhas diásporas, em
expurgos sem medida. No contrassenso de escusas batalhas que se
travam desde o além-mar, este que não passa de cliques remotos que
montam as equações que podem solucionar velhas celeumas através de
saudáveis debates, ou encerrar uma abertura de pensamentos em
redomas quase impensáveis. Tal é o mundo contemporâneo, não
apenas sob a ótica da saúde física, mas igualmente no universo
anímico que atravessa nossos mais profundos vetores pressupostamente
razoáveis. A matéria se funde ao espírito, recrudesce o pesar
humano, mas quem sabe a introspecção de algum modo seja necessária…
Esse tempo inominável, esse crescer do sem tempo de algures em curva
que descende para a letargia de um lar, de um estudo majorado, de
repensar frutos mal geridos, a se criticar os pontos de um país que
talvez não encontre nenhuma facilidade em uma situação de
calamidade. Talvez a nossa aproximação com um conhecimento
gigantesco, algo de positividade, de capacidade de nos articularmos
com a versão compatível melhor possível, qual um software bem
equacionado, um aplicativo realmente útil nos ajude a enfrentar esse
ser menor do que todos os seres, que talvez não possua vida, que se
multiplica estratosfericamente, uma quase partícula molecular, sem
sabermos qual a dimensão que devemos tomar, nós, seres grandes,
máquina biológica sem precedentes e, no entanto, que sente a
presença do que quase não existe, mas que causa tantos danos a toda
uma rede mundial de saúde pública. Meu Deus! Pois um país tão
lindo como a Itália, não desmerecendo outro qualquer, mas a querida
Itália de Roma, de Bernini, de Michelangelo, de Leonardo, de
Bramante e seus panejamentos, toda a estatuária, todo o seu povo…
Meu Deus! E apesar de ter avariado enormemente esse grande patrimônio
humano sabemos que está – aquele pequeno proto e insignificante
ser – dentro de todos os continentes. Já não é mais uma questão
de tal ou qual país, e lembremo-nos sempre que não é hora de
fazermos proselitismos políticos, pois o que está em jogo são as
vidas ceifadas, é a organização do Estado Brasileiro para mitigar,
em cada subterritório, a problemática que surge sem pedir passagem
a classe, etnia, ou diferenças de cada um, o que demanda que
prestemos mais atenção ao sólido aspecto da luta titânica que
devemos ter para derrotar esse intruso em nossas vidas, em nosso
corpo, nas nossas mãos, nas mucosas, nos pais, nos filhos, nas mães,
nos avôs, amigos, rivais, inimigos, os tortuosos caminhos que não
poupam ninguém, a não ser aqueles que desenvolveram ou desenvolvem
a resistência contra essa moléstia e, mesmo assim, são
transmissores. Oremos, pois, a que seja dada a largada para uma
correta quarentena, e que os ricos do bem ajudem os mais
necessitados, se não for pedir muito, já que cada mão é
imprescindível nesses momentos de extrema criticidade mundial. Por isso tudo é que os jovens têm por dever escutar e cumprir os conselhos daqueles que têm mais idade, experiência e conhecimento.
sábado, 21 de março de 2020
A JUVENTUDE E OS ANCIÃES
É
triste saber que nossos tempos estão de se converter em um tipo de
doença que acomete os mais velhos. Nossa história só tem a ganhar
com os ensinamentos dessa faixa imensa da população: suas memórias,
suas experiências, o merecimento de um respeito maior, agigantado,
posto os idosos, em uma sociedade que preze pelo testemunho
histórico, sempre contribuíram para alargar o conhecimento da vida,
as idiossincrasias de sempre, e um profundo esteio intelectual, não
apenas nas artes, como em todos os setores da existência. Falemos
sobretudo da experiência, da capacidade de reter toda uma memória
da nossa realidade, de como era há décadas, de como a juventude tem
a aprender com toda essa população. No que vimos a incidir em erro
quando pensamos em justificar uma perda pela vida que já tiveram
vivida, e naqueles que ainda tem muito a se viver, como se houvesse
alguma hierarquia existencial. É triste pensarmos em contextualizar
essa questão desse modo, pois por vezes os pais são os seres mais
importante para nós, pois justamente a partir de seus modos é que
nós aprendemos a viver, tais como somos.
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