quinta-feira, 12 de março de 2020

A ERA TURBULENTA


           Acordamos por vezes para encontrar um sonho funesto nesse acordar… Dependendo do caso, por vezes a situação é mais confortável e, no entanto, não se pode afirmar que está boa a vida de todos. Muitos passam por dificuldades, e a Era em que vivemos deveria possuir mais luzes, conforme as instruções tão válidas do Sumo Pontífice, o Papa Francisco. Mas os temperamentos por vezes afloram de tal modo que se torna quase um combate viver, ainda mais agora, com o novo vírus, com a crise mundial de valores, com as riquezas sendo mapeadas em todos os cantos. Ninguém pede para ser feliz, não queremos ser felizes porquanto a felicidade é uma questão da justeza de uma vida sã, com um mínimo de conforto, austera na qualidade dos santos e piedosa na questão do humanismo! Se há uma prerrogativa religiosa, esta deve ser para todos os que nela creiam, e não apenas a seletividade de quem acredita piamente que já está no céu, pois o caminho da salvação geralmente é mais longo, mais penitenciado. A felicidade de encontrarmos esse caminho passa por um aprofundamento de uma ética correta por ter seu valor na bondade, honestidade e de caráter emancipador. Igualmente, na coerência de uma vertente de pensamento que ajude a equacionar tanto os problemas existenciais no indivíduo, quanto na coletividade que emerge de qualquer ato que se pretende ser bom, no mínimo! Não há espaço para lutas, e a contenda religiosa não tem razão de existir, pois somos, no mínimo, fiéis a Deus, o Deus de todos, o Deus que perdoa e ensina-nos a perdoar, o Filho do Homem, nosso Senhor: Jesus, o Cristo que é de redenção, da paz, da tolerância e dos Evangelhos vivos.
          No oposto, se temos por equação um Deus vingativo, cruel, que leva os seres humanos a se tornarem abomináveis, haveremos de perceber que isso é um fundamentalismo igual à existência de algo torpe como o Estado Islâmico ou coisas similares. Tornar a fé um andamento da crueldade é não ter fé a não ser na tentativa de impor um totalitarismo cego, que fatalmente não dará frutos a uma existência na busca da Paz, a paz divina, o que se deseja como andamento da civilização, onde as religiões por ventura se irmanem, que haja harmonia entre os diversos credos, havendo supostamente a ciência de que o preconceito de qualquer ordem deva ser banido, e que os homens encontrem na tolerância em relação ao próximo a razão mesma de uma segurança jurídica e social, para citar as ferramentas que temos para viver no mundo tal como é, em todo o ser, desde o panorama uno ao coletivo. Não deve haver sequer a suposição de que estas palavras sejam uma novidade, pois apenas reiteram parte das ideias da Igreja de Pedro: Católica e Apostólica Romana!
          Não há paz em um lado, uma diretriz, uma ideologia qualquer. Para encontrá-la há que se ter uma paciência infinita, no entremeio do perdão, na faculdade de ser tolerante perante uma ofensa, no sacrifício de um homem a não ceder às tentações, em um casamento com dupla fidelidade, em síntese, em um amor gigante pela Natureza, nossa Casa Comum, onde habitamos. Igualmente, na prerrogativa de querermos a competência de nossos Governos em saber equacionar humanamente problemas aparentemente quase insolúveis no território de nossas consciências, nesta dura Era pela qual estamos atravessando e que não – a se tomar atitudes – revela que os fins se justifiquem por si.
Pois será através de uma experiência concreta que as atitudes corretas e dignas de honra é que vão perfazer o discurso pacífico, humano e coerente entre a magnitude de todos os seres de nossa Natureza, mãe da humanidade e filha do Criador Altíssimo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário