terça-feira, 24 de março de 2020

CARTA AOS INIMIGOS DE NINGUÉM


          Tem inimigos quem deseja, a ver, quando a Verdade não é simples, mas, na verdade, é simples… Boicota-se o mundo com outro, são mundos, sistemas com complexidade numérica, quantitativa, e é dessa forma, estatisticamente apenas que estamos lidando com a pontualidade de uma miséria a mais, da loucura à tona de se enumerar estatisticamente um problema paralelo, que a alguns é apenas uma gripe e a outros é todo um conforto ou dignidade suprimidos. Para uns é uma coriza, e para outros a anencefálica dengue hemorrágica. Diz-se que a gripe espanhola ceifou a vida de dezenas de milhões de pessoas, em 1918 e, engraçado, saíamos de uma Guerra que levou mais milhões ao anencefálico caráter da imbecilidade. Querer o Poder por encima de uma calamidade é ser mais torto e sujo do que pau de galinheiro, é ser do covil das serpentes, é ser calamitoso em sua existência, pois o urgente em casos como o que vive o mundo é justamente a união das nações, não propriamente a ONU – que também contabiliza a meritocracia – mas frentes ainda inexistentes como troncos, mas acreditemos que as raízes já tomaram a dianteira na vontade das gentes, de cooperar, de estabelecer forças inexistentes, de não relacionar jamais farda com repressão, jaleco com doença, mas sim, valores com generosidade, igualmente no plano financeiro. Ah, se os bancos grandes nacionais dessem um pouco para milhares de leitos equipados, se as empresas milionárias cedessem parte dos seus ganhos, se as vaquinhas se proliferassem com o sucesso de uma rede social compacta e honesta, e não arremedos trágicos que denigrem gente da saúde, no Ministério que tem dado o exemplo.
          As inimizades existem nas relações humanas, mas na questão dos países há que haver emancipada a coerência de se adaptar às mudanças humanísticas que já hão de se fazer sentir em breve tempo, e o nosso país surge para mostrar ao mundo não propriamente a capacitação genialmente técnica, mas o improviso de um caráter brasileiro, que mesmo dentro de um sofrimento por antecipação ainda possui a verve de ser um dos maiores e mais humanos povos do planeta. Não há frieza em nossos corações, há criminosos sim, há problemas graves sociais igualmente, mas os do bem, que são a grande maioria – em grande parte nas favelas e periferias – sabem se comportar como damas e cavalheiros, surrados, no entanto, sofridos, mas com dignidade nobre e imperial. Nós somos um império de uma lei de Deus, ou dos Orixás, de Alá, Javé, Bhuda, ou espírita, de Abraão e Jacó, de tudo e de todos… Nosso país é de todos, sejam juristas consagrados ou ascensoristas com humor nas estrelas, mulheres corajosas como nossas Marias, homens de estirpe e resiliência brava, amigos, amigos e amigos de todos, igualmente de seus mesmos declarantes inimigos, com a ressalva de que estes que se declaram inimigos devem olhar para o próprio umbigo e verem se depõem contra o processo de existência pacífica. Ou querem, em momentos delicados como este, desestabilizar o andamento democrático da lei e da ordem, andamento este que é estritamente importante e justo para que se caminhe em busca do diálogo com uma frente ampla em nosso país, desde daí a importância de que fortunas imensas sejam colaborativas com a reconstrução do SUS e a recuperação pronta de vidas ameaçadas pela pandemia do novo corona vírus.
         Que surjam Japão, China e Coreia, que surjam os EUA, o México e Honduras, que naveguemos exportando para a Arábia, que contêineres de suprimentos da medicina venham até nós, que os inimigos escutem e virem amigos, que os rivais deixem a rinha para o lado, que seja dada a largada para uma comunhão antes nacional, e depois internacional, para o bem de Todos!

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