Podermos
abraçar uma causa que não pertença a nada que não seja apenas um pequeno
território de nossos atos. Para isso, não precisamos estar cientes de tudo o
que se passa em lugares onde nossos acessos são através dos meios de comunicação,
mas que se distanciem do que realmente acontece nos nossos entornos mais
imediatos. Essa universalização de algo de se conhecer a respeito do mundo
torna-nos mais preocupados, por vezes, quando não vemos as saídas coerentes com
o que pensamos seja mais positivo dentro do escopo das gerais melhorias dos
diversos sistemas em que participamos. Não há porque selecionarmos as coisas
que porventura residem em nossas idiossincrasias, pois a igualdade transcende
os aspectos de falsa moralidade. O moral em si, por uma questão de ordem
individual, interna, também está contido na questão da coletividade posto ser a
convivência entre afins ou opostos que traduz um significado do compartir
social.
O modo de
evitarmos um diálogo por posturas comportamentais repete erros graves quando ao
menos não se tenta a aproximação que justamente enriquece o panorama
existencial de cada um, refletido no outro. As boas ideias sempre devem merecer
um destaque entre nós, quer sejamos por certo bons alunos, e quiçá bons
professores, sendo a vida em si mesma uma grande escola, onde não nos atinemos
a deixar quieto quando uma questão dos direitos fundamentais a nós não seja
dada como prática, sem a qual não há convivência humana... Quando se aponta
sobre nós uma necessidade de argumentar humanamente, dentro de posturas
civilizadas, que isso seja a principal vertente. Agora, se não valer nenhuma
argumentação, se a precipitação de monolítica intolerância, como algo certo da
parte de quem age dessa forma, há que se recuar ou denunciar a alguma
autoridade, quando os resultados dessas ações assumem gravidade. Mas,
simplesmente, ser seletivo – diferenciando algo dos homens, em papéis de
gadgets – superlativa uma consciência onde um filtrar-se algo demande erros em
que no futuro, sempre incerto, houvéramos planejado uma sociedade algo
tirânica. Essa não tão remota possibilidade contempla estranhas hierarquias sem
causas aparentes, militarizando quiçá o próprio pensamento... Torna o onirismo
e o seu sonho uma necessidade de darmos mais ênfase no estudo da arte, entre
elas o dadaísmo e o surrealismo, para que a juventude rompa barreiras e
continue com o pensamento em alta frequência, na alocução própria da crítica e
da visão centrada igualmente na realidade. Esse diálogo constante com o anímico
e o concreto em nossas vidas espelha, na grandeza de certos procederes, a educação
mesma que se obtém na observação e contemplação da Natureza. Quando um simples
inseto trabalha, quando por ventura sabemos observar diligentemente seus
movimentos e sua lógica mágica, ao mesmo tempo estamos mensurando a vida
concreta, e a espiritualidade dos seres que vivem conosco neste planeta, e o
sonho se faz quando preservamos a vida, nem que seja em um vaso de terra e seus
seres! No entanto, a amostragem de um pequeno universo material, como terra e
insumos, conta uma história quase derradeira em seus pressupostos lógicos de
que muito do que temos enquanto seres com maior estatura física e de forte
influência nos meios que porventura o Poder diz que destes dispomos, revela a
mesma história que o tempo não parou e nem vai parar para contabilizar os erros
crassos que cometemos diariamente com relação à miserabilidade do homem pobre,
e a atitude arrogante do mesmo Poder com respeito a um Universo infinitamente
maior do que um vaso. Este que é, na realidade, a vastidão de cada bioma, em
cada nicho, na perda ecológica e na atitude vil de certos personagens perante
aqueles que lutam para que o mundo não saia dos trilhos do caminho da
preservação.
Quando
somos seletivos ao comparar a nossa espécie evolutivamente como superior aos
outros seres, apenas estamos reiterando o nosso próprio egoísmo de não nos
compararmos com um inseto, pois este tem tanto direito como os homens de viver
bem no planeta Terra... E, certamente, sobreviveriam muito melhor a uma
dissolução do mundo, tal como conhecemos: construído em meio aos dilúvios e tsunamis.
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