quarta-feira, 18 de março de 2020

A CONSTRUÇÃO DE UM TIJOLO


          Construir um tijolo pode ser tarefa fácil ou, se não for em uma olaria, pode não dar certo. Um homem pode ser mais um tijolo, ou na pilha ou na construção, em cada fiada um e mais tantos. Precisamos de homens, e essa matéria de fortaleza é que nos dite o quanto somos da obra, e quantos não somos de ninguém, posto emprego significa riqueza, e alocação da mão de obra significa construção de algo, da mesma riqueza. E que as crises nos perdoem, aos que mereçam ser perdoados por terem a boa intenção de erguer sólidas paredes! Tanta é a ingenuidade de quem vos escreve que ainda tem a esperança de que, ao dinheiro consagrado pelo trabalho, em todos os possíveis – existentes – setores, se planificaria uma economia para garantir a produção, garantir os víveres, os medicamentos, o lazer, enfim, o mesmo amor que um Homem muito grande nos ensinou em priscas eras, seja ele o Cristo, seja o Redentor, seja o Mestre dos que pescavam, dos médicos e da medicina, do trabalho e do trabalhador, da doença e do doente, dos líderes e dos liderados, dos soldados e suas histórias, da compreensão e suas motivações… O tijolo pode ser isso, apenas, um ofício bem aproveitado, um talentoso homem e sua colocação, um obreiro e a obra, um camponês e sua lavoura, uma mulher e sua capacidade grandiosa de libertar seu companheiro! Em uma verdade que não seja encoberta, a capacitação solidária fala alto ao perdão, e se um político não sabe vestir bem uma máscara cirúrgica, prestemos atenção ao fato de não julgar o mau uso, mas a intenção de se mostrar ao menos interessado, depois de uma releitura de seus atos, de vestir perante a imprensa. Não há o codinome do bem e do mal, não deve haver essa transição, porquanto o mal perante uma ação do carinho pode ser de um amor maior, e não há maldades maiores daquele que efetivamente não usa seu braço para conseguir maltratar seja quem for, pois o verdugo pode ser obediente, mas quem não se mancha com o ósculo da violência por vezes peca na palavras, e isso pode ser grave, mas há que ser interpretado como – a bem dizer – um ato que possa ter conserto.
         Devemos aproveitar a intenção seja de quem for e, reiterando uma boa mensagem qualquer de um amigo ou de uma amiga, não há tanto dolo em se manter fazendo um teatro de maldosinho sem que realmente o seja. Verte-se na nossa mão o Evangelho de Kardec, se fora possível haver esse nível tão alto de compreensão… Portanto, se queremos evangelizar alguém, esse nível de compreensão transcende, porquanto fale de Cristo, o mentor da cristandade, que é possível a gente se redimir dessas transições entre o mundo cristão e o mundo de quaisquer crenças, pois a educação própria – repetindo – da boa intenção, é ver no perdão continuado, é ver em um erro transformado em uma consagração do ministério divino, a Verdade sendo encaminhada para seu trono, à direita de Deus Pai Todo Poderoso. Nisso não há toda a razão, obviamente, e nem o critério de uma razão que seja intencionalmente próxima à perfeição haveria de dar conta das nuances que existem nos rancores naturais da espécie humana, tão plena de instintos e tão repleta em seu subconsciente. Para isso, a verdadeira Libertação humana é não fazer os aforismas claramente tendenciosos, e muito menos o que reside nas sombras, posto a luz não existir sem estas, mas na sombra é que prestemos atenção, posto o volúvel é a contraposição da luz e da existência da escuridão, seja esta a percepção cristã ou maometana, vaishnavista ou budista, espírita ou de cerne coletivista, dentro mesmo de uma não crença, conforme manda a grande compreensão do mundo tal qual é, com todos os seus meios, e com todos os seus quadrantes. Nisso se estabeleça uma percepção que, apesar de limitada com os nossos sentidos imperfeitos, ainda alcance a consagração de algo suscetível a que se tenha a dúvida, pois esta busca inumeravelmente os caminhos da superação e do alcance dos objetivos, sejam estes científicos ou religiosos, de cunho existencial ou mesmo no enfrentamento de situações críticas, sejam estas de qualquer ordem.
         O que se queira dizer é que a Verdade desse imenso perdão prevaleça, e que se lute para alcançar uma paz fraterna entre os homens e mulheres de bem, pois a malevolência e os signos de má conduta não devem imperar neste século que ainda se pode tornar um século das luzes, do entendimento entre os pares, e finalmente da cooperação renitente entre os povos, posto só através da comunhão e da superação dos erros do passado é que poderemos gerar uma concordância – nem que seja paulatinamente – com as fieiras dos obreiros do Salvador!

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