Tantos
são os caracteres em nossas vidas que sequer imaginamos o que seria
o jogo da existência humana, tais os requisitos da compreensão
mesma de regras como aprendemos na infância em nossos games, em
tabuleiros, em competições atléticas, em como ganhar, em como
saber perder, em que competir seria pouco às vezes, e nos acasos da
sorte, como quando da aleatoriedade dos dados lançados, ou de uma
carta no monte! Parece-nos estranho um parecer conforme do que
esperamos de algo como quase vencedores, mas por vezes a chance é
como uma loteria, com regras numéricas, e assim podemos nos sentir
em termos da liberdade, do livre arbítrio que nos é colocado como
vantagem social… Um quase que não chega a tanto pesa no lado –
em um exemplo cabal – daqueles que possuem riquezas, onde jogam na
bolsa por vezes em áreas críticas. Conseguir trabalho pode definir
um jogo onde as regras sejam a preparação, a competência, mas
muitas vezes o preconceito e o prejulgamento, daquilo que se impõe:
homem, mulher, heterossexual, gay, negro, índio, branco, rico, pobre
e, muitas vezes, a propensão de ser aceito por saber a regra
proibida, o ilegal, aquilo de certo hermetismo, ou os caminhos
aparentemente mais fáceis de se obter ganhos. Não que jogar
torna-se um pressuposto mas, se fôramos realmente vencedores,
pressupõe que estejamos competindo e, em seu detrimento, a vida e
seus trabalhos, as relações políticas, a religiosidade, passam a
ser muitas vezes fruto dessa faraônica competitividade. O mercado
tem se atribuído regras quase isoladas em si, em uma lógica
simples, no que se tenha se possa gastar, e naquilo faltante
potencialmente se possa ganhar…
Em
outro exemplo de jogo, parece-nos que em um país historicamente
democrata tem por sua ordenação jurídica uma carta de leis, a
Constituição, resultado de uma busca a que não se chegue ao
caminho da barbárie quando enfrentamos a oposição ferrenha de um
regime despótico por natureza, o que pesa em um jogo apenas com
ganhadores e, por outros lados, estranhas negociatas que fazem perder
a cidadania de seu povo. Pontuar o andamento da sociedade observando
estritamente as regras ditadas pelas leis promulgadas pelos
representantes de várias vertentes sociais é premiar uma nação
através da pluralidade e diferenciação dessa população. Quando
se contesta algo baseado em crenças tentando manipular um estado que
deve ser laico por Natureza estar-se-á banindo o bom senso ao
andamento de que outras crenças possam existir. Assim como aceitar
prerrogativas de Estados mundiais onde a ingerência do poder público
venha para melhorar seu funcionamento, reflete a compreensão de que
diversos sistemas estão interligado no planeta e que, em alguns, as
regras são mais conformes e coerentes com seus desenvolvimentos,
enquanto que em outros o olhar da barbárie ponteia, disfarçado de
bom cordeiro. Ocorre que tal situação pode ser um invólucro de um
Cavalo de Troia, mesmo que o inimigo seja interno, aquém da
internacionalização da sensatez em prosseguir com o nosso mundo
como um bioma onde a nossa espécie resida: com todas as outras,
naturalmente.
Nesses
jogos incansáveis onde as regras devem ser respeitadas para que se
cresça de modo assaz sustentável, de se deixar para jogadores que
hoje são mirins e não podem participar como adultos, mas um dia os
serão reflete a preocupação natural e inequívoca que a destruição
nos moldes apocalípticos é algo que nos encaminha para um estado de
coisas, um estado beligerante que não confirma a coerência de
prosseguirmos em paz, sejamos, ocidentais, orientais, maometanos,
judeus, cristãos, ateus, indígenas, com diversidades de gênero,
enfermos ou sãos. Que sejamos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário