sexta-feira, 20 de março de 2020

CARECEMOS DE ESPERANÇA


            Nenhum jogo político nos cabe agora, com esse despontar de uma crise sem precedentes no mundo, este com muitos de seus atores com a gana de melhorar nosso status quo. A condição em que nos mantemos cada vez mais alertas com o que nos vem das notícias, com tudo o que é fabricado em termos de informação, incluso a tendenciosidade tão usual nos agentes da comunicação e nas respostas dos comunicados em si, objetos dos alvos dos noticiários, quando de fama relevante, ou posição, ou estatura. Quando mais, que não nos infrinja em erros a falta de esperança, posto em que, sem mudar o rumo de nossas estruturas de atuação, não sairemos tão cedo desse estranho presságio diário de um colapso nos sistemas de saúde ocidentais. Vertamos o nosso carecimento por sobre o conhecimento para que, como água insalubre se transforme, qual no cadinho sagrado de um alquimista, realmente em conhecimento cabal, dentro das possibilidades de se produzir soluções, obviamente dentro do escopo do bom senso, dentro de uma plataforma que urja a interveniência mas, igualmente, o processo do planejamento que demanda a previdência sobre eventos inevitáveis ou catástrofes similares. Obviamente, não é só uma questão de repartição de riquezas, mas de um invólucro em cada capacitação em fomentar a esperança a ser entusiasta na tarefa, mesmo que as dificuldades durem mais do que o esperado, nas mais pessimistas projeções e análises de um problema.
          Tudo o que nos cerca no neoliberalismo é questão de competência, tanto é que existem países que têm se revelado em sua essência essa competência, sem o porquê do lugar-comum no caso chinês, mas citando a Coreia do Sul, como um exemplo, ou mesmo a tecnologia para alimentos no Japão, que revela uma sapiência sem par. E por que não? Por que não nos aproximamos da cultura oriental como de praxe o mundo já o havia praticado na história das grandes rotas comerciais? Tanto é assim que não deveremos pensar o tempo todo que os EUA vão solucionar os nossos problemas, pois já têm a resolver muitos dos seus – internos. Muito graves, aliás. No entanto, são o país mais rico do mundo, se considerar os aspectos tecnológicos e a indústria de animações e games, da qual resulta grande parte do seu faturamento. Mas na lógica, pudera, se os EUA resolvessem o problema de nosso Brasil. Esse nosso problema sistêmico em todos os setores, principalmente nas relações de trabalho e na exploração do homem pelo homem. Se não houver solidariedade por todos os lados, se não repartirmos um pouco, que seja, de nossa solidariedade, se não partirmos para uma humildade de suma importância, veremos cair por terra todo o nosso convencimento sobre aquilo que aparentemente temos uma certeza cega, ignorando o fato de que as dúvidas é que impulsionam continuamente um bom planejamento e uma organização concreta. O silêncio sobre algo perfaz que não encontremos uma solução a curto prazo quando isso significa confiar na história das civilizações como um processo em que a ignorância não ponteie os vértices causadores de descalabros humanísticos previsíveis na talha de barro que encerra tão fragilmente a percepção de fatores escalares e importantes ao desenvolvimento internacional.
          Se teimarmos em achar que estamos em guerra no panorama algo caótico que surpreenda a coletividade ou o indivíduo, a razão de permanecermos atuantes no cenário da solidariedade acaba por dissuadir a permanência da insensatez perante uma rejeição à bondade entre os povos. Essa bondade tem que ser a prerrogativa clara e permanente entre aqueles que ungem de calor humano a integralidade do ser, sua permanência luminar por entre os homens e as mulheres: o carinho da paz!

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