sexta-feira, 30 de agosto de 2019

A FORMA


Eis que expande o lado, de visão de viés, que fosse um flanco,
Mas é de verdade o relativo de quem vê, o que seja melhor
Que perpasse contextos, mas estes duram nanosegundos…

Pra cima cresce, alteia, recrudesce quando quase amorfa.
De mares invisíveis nos limites, a cada hora em que mareia
No montante de mais superfícies e tantos a outras horas.

A régua, se porém medisse, a mensuração dos olhos seria
Mais precisa posto partir de um sentimento de precisão
Ao que nos norteia a percepção ao menos do horizonte!

Seja – ou fosse – ela um túrgido pensamento, o dizer não
Depois de tantos sins inexpugnáveis, o que fazer para concluir
Seu panorama concreto de realização, ou mesmo plasmar pleno?

Um escultor fugidio soubesse de Samotrácia, no Louvre livre
De quaisquer incêndios posto tabernáculo da arte, reserva, título,
O oferecimento ao povo mundial: no que sempre se reserva o direito.

Mas que a forma que não conhecemos não possui o alarde sequer
Do que supomos ser a mesma arte, a forma orgânica, a planta,
Um projeto de computador, na síntese igualmente a mesma ciência…

Um bicho que tenha a similaridade com um humanoide, a vértebra
De quase o mesmo quilate, de um sauro que sustente suas pernas
Na tentativa evolutiva de ser um bípede igualmente predador.

Dista a forma por vezes dela mesma, sendo caminho, traço, desenho,
No que se pensar, algoritmo da reserva indígena, tribo incaica,
Tabu, incógnita, paradoxo e estigma, quem dera fosse tudo o mais fora.

A se pensar nas noites de um sono, quem sabe, um sono de poesia
Que já venha pronta em uma esteira alimentadora de hambúrguer
Quando se pensa que se pode alimentar ao menos quem pode pagar.

Do pago a forma não se ausenta, mas igualmente se revela em sítios
Onde muitos caminhantes a percebem distante, e revelam seus olhos
No canto distante de uma cigarra, ao olhar que a harmonia põe a flor!

Assim de saber que a fórmula medicinal da forma, vem com flora,
Com vento, com insetos, com ratos e ervas, com a vida posta
Em sebes de casas rupestres, no distante de um rincão árido sem rancor.

A saber que assim seria com o formalismo dogmático de procura
Sem conta, sem outra medida senão o quadrilátero de áreas
Onde a integralidade do cálculo tenta esquadrinhar seu verbo!

Não, que de formas somos, na tessitura de um seio que se repõe
E desconhece a verdade de suas posições, nas vertentes que,
Mesmo sem ser tocado, traduz-se infinito em sua forma.

No que saberia melhor na forma de um filme, bidimensional
A que temos, na sua revelação pronta e digitalizada
A compreensão quase informal que a forma não seja mero dado.

Na pintura encontramos a forma de nossa latitude, o anímico,
O subjetivo, algo que remonte a própria tessitura dos tempos,
O parágrafo final que transmite a boa notícia de uma linda veia!

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