Dista
um dia após outro, na régua do tempo
Onde
supõe-se largo, de outra feita, oxidado
Naquilo
que queiramos ver, no abraço, no toque
Que
ao clarim soe a música de um ou outro dia…
A
expressão do pensamento revele uma forma
Que
jamais corresponde a um filtro que não existe
Porquanto
na imortalidade de um ato sólido
A
vida por vezes passa ao largo do imediatismo!
Que
se admita o pensar distante, na fronteira do nada
Em
que não se nos turve a cor de nossos olhos
Quando
olhamos para um painel grená ou mesmo não
A
não ser que lembremos da pureza de um grão de café.
Das
moendas que perfazem engenhos, do rabisco de letra,
Da
vida de uma tela a óleo, na construção de um personagem,
No
caudal imorredouro de nossas propostas em vigília
Será
o canto do pardal o silêncio que permite o ser?
No
que se proponha pronunciar a silenciosa máscara do ouro
Negro
das entranhas de nossos mares, a que não pertença o dia
Nas
plataformas que não vemos, e demos um ar de avessos
Os
presentes que não nos concedemos, uma partilha de ocaso.
Ah,
mas que o pensamento não soçobre sobre o manto azul
Quando
vemos a profundidade do oceano sobre o qual
Nossas
embarcações, quais cascas de nozes, suplantam
Os
veios que ainda não foram encontrados, e que submergem…
A
seguir ao menos em uma poesia que consagre um de nossos lados
Pretenda-se
não ruir com uma edificação solene, a que participe
O
logos de subentender-se que um propósito mais do que humano
É
saber da importância capital de preservarmos as nossas casas.
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