segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A DIMENSÃO DA VIRTUDE


          Virtuosos são os que praticam o bem… Assim, sem meias palavras, assim como um ensinamento que não pouse no vazio, de saber ao escutar, de manter a dignidade inalterada. Como nas relações humanas calorosas pelo afeto e sinceridade, algo que remonte à delicadeza do ser. Como nas relações nossas com o entorno, na prática não odienta de se armar de flores! E como há de se pensar em palavras de conforto como o mote indispensável de se transmutar o rumo em que não se tem ideia de como se comportar, naqueles de fraca memória do que vem a ser a ética humana e compreensível para tudo o que se conforma de saberes, de monta sempre válidos. Essa busca dos homens por um quinhão possível da existência é que nos faz mais humanos, na acepção clara e objetiva de se saber que mesmo dentro de limitações severas alguém que seja nobre de espírito pode construir sua vida na esfera da esperança. Essa esperança de que o mundo resolva seus problemas tem a ver com uma versão moderna de um modo em que silenciosamente os homens busquem suas próprias soluções, sem estar necessariamente de acordo com prerrogativas ortodoxas, ou dogmáticas. O dogma sempre é um entrave para o desenvolvimento científico, tal como o conhecemos na Natureza e a sua absorção de conhecimento que não declina para o irracional, ou o fugidio panorama da abstração ilusória. Essa abstração que não nos remeta ao que consideramos o fato de estarmos buscando as melhores soluções a equações que se tornam cada vez mais complexas no entendimento das humanidades. O fato de se antepor ao domínio científico certo dogma ou comportamento ilusório religioso, ou não, sobrescreve sobre as páginas das certezas um tipo de confusionismo que repete o obscurantismo tão bem – e já – reconhecido de histórias que vivenciamos em outras eras. A saber, que nada se explica conforme uma única visão histórica, seja de qual ou tal enfoque, nas vertentes religiosas ou não. Não existe ameaça maior para a humanidade senão a falsa virtude de encontrar no pensamento único sua única forma de expressão. E isso acontece usualmente no formato daquilo que vemos ou presenciamos quando algo ou alguém se nos apresenta como único condicionante de nossas atitudes perante o mundo, o país, estado ou cidade. Esse comportamento de face única nos predispõem a que nos saibamos melhores por vezes e, no entanto, claudicamos nesse melhorar de único viés. Quem sabe possamos ser melhores no sentimento básico, distante do que realmente queremos, mesmo que busquemos incessantemente a religião, ou outra prerrogativa de misticismo, qual não seja, pois a Bíblia é uma escritura fruto do meio humano, criação em torno do Criador, e porventura possa ser virtuosa como o Budismo, ou Alá, ou Krishna, para citar as maiores religiões do mundo. Desse Deus que é único, e não é apenas o Cristo, pois revelam-se a nós as profundezas da compreensão humana sobre as religiões.
           Fosse um tempo equidistante do que nos aprofundamos na questão dessa busca, não haveríamos de compactuar com sistemas autodestrutivos de um desmonte aparente de uma fé outra que não seja apenas a bíblica, pois o sistema humano e transcendente roga a que sejamos tolerantes com a fé alheia, mesmo que a questão do Poder político tente impor e negociar a mesma fé. A fé em Deus é inegociável, não compactua com a dimensão política, não corre atrás de influências, não veste em si um caráter indigno, e nem toma vantagens por hierarquias que não consagram nada, além do fato de se não consagrar o que nos torna de um caráter introdutório do que não seja certo, por suposição. A cerca que por vezes nos separa de uma vida realmente livre é certamente a intolerância religiosa, e quem vos prescreve essa pequena lição gosta e ama a religião de matriz africana, pois esta remete-nos e nos lembra da questão da espiritualidade sem fronteiras, o que nos dá a vantagem de prosseguir vivendo dentro da fronteira do bom senso.

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