No
saber de um fato ocorrido, ou mesmo em um pouco de ciência quase
matemática, os dados se nos revelam bastante, quiçá o suficiente.
No entanto, os detalhes que levam nossa percepção primeira – algo
primata, primeva – do que aparentemente há em cena, remonta que
levemos em consideração a análise, mesmo que rudimentar, de um
fato similar ocorrido, ou mesmo de um espelhamento quase de história,
se porventura for o caso. Na questão de um milagre que acontecesse,
seria melhor tratar-se amplamente dos paradigmas – mesmo dogmáticos
– de saber-se da palavra que encerra esse significado, a não se
delongar muito, que seja quase milagre o mundo estivesse se
levantando dessa letargia que é o contrário do milagre, em que o
seu antônimo se desconhece… O que seria o oposto, senão a maldade
e a ofensa, tanto na linguagem direta ao alvo, como nos termos
paralelos em que se ofende por tabelas, naquilo que ofende tanto ou
mais, e se crê como artifício usual e corriqueiro, através do
rancor que se cria a partir de um grupo ou outro, de um indivíduo em
relação ao coletivo, deste em relação a outro, guerras,
contendas: frias ou não. Seria miraculoso as gentes passarem a ter
um critério pessoal, falarem abertamente de qualquer assunto, não
precisarem temer e verem desfilar, através da covardia inepta e da
hipocrisia, os quadrantes reveladores por aqueles que possuem fé
profunda na soberba e na empáfia, na arrogância e na maldade.
Qualquer fundamento mais solene revela a natureza dos inocentes em
sua intenção o amor pela Verdade, a boa fé, e o andamento correto
de sua versão a respeito da vida e suas complexidades, tantas
quantas são as inventadas pela nossa espécie. Ponto de pacificação,
este é o ponto primeiro, naqueles que buscam isentar de cruzes mais
pesadas do que os fiéis podem suportar… A vida não é feita de
querelas, não se traduz em enfermidades da alma, mas do
engrandecimento desta, no panorama de sacrifícios da humanidade que
parece jamais ter fim, quando permite a situação calamitosa e
anacrônica de certos atos de lesar mais e mais as mesmas feridas. A
rejeição íntima e pessoal de não se querer que a ignorância se
revele mais e mais fortalecida depende de atitude em que, cada qual,
no seu juízo no mínimo idealmente perfeito, substitua com lições
mais grandiosas a leniência de se sentir opinando sobre certas
situações sem ter conhecimento cabal sobre uma ou outra questão
relevante, ou não.
A
história de certas leis remonta a períodos mais antigos do que
supõe a visão reducionista, ou pretensamente reformadora daquelas.
As regras e regulações prescritas fazem dessa visão uma
estreiteza, quando sabemos que tudo tem seu limite, que a vida em
sociedade, dentro de uma democracia ampla, requer respeito mútuo, a
quaisquer modalidades de pensamento que reiterem uma antiga sede de
se ter paz mundial, mas paz com dignidade de existência, o freio da
ganância em excesso, esta que se possa chamar um pouco de ambição
salutar, mas não aquilo de achar que sair matando seja solução,
posto a cor da pele, posto o credo, posto a condição econômica
sejam diferenciais mensuráveis em diferenças qualitativas, pois a
igualdade é lei desde 1789, e demanda um mínimo de respeito na sua
mutualidade. Voltarmos a uma solução cíclica de absolutismo no
pensamento – isso a se citar os sistemas de informação
controlados – ameaça o andamento correto em que o espírito das
Leis roga que sejamos obedientes a Deus, quando Nele acreditarmos.
Mas, se alguma escritura manda que o milagre seja catequizar outros
credos, invadir florestas na busca de cristianizar a massa silvícola,
esse tipo de milagre não existe, pois certamente torna-se algo de
antônimo de si mesmo, quiçá resolvida a semântica por uma única
palavra: semente-oca.
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