De
que vale a paz se não a temos internamente? Será possível tê-la
se nos ofendem brutalmente com o descaso, com a falsa pieguice, com a
desfaçatez da hipocrisia, e com ferramentas que sequer haveríamos
de supor que existam? A paz esteja com aqueles que, antes de partirem
para a agressão, saibam que é possível uma vida pacífica, no que
um problema agudo quiçá seja a simples falta de água, não apenas
para abastecer regiões áridas, bem como para inibir as queimadas
criminosas. Se porventura alguém se dê ao respeito, que se fixe no
bem portar-se, e que a paz esteja com esta pessoa no mínimo em que se
avente a possibilidade de nela se situar… No entanto, se a
ignorância se precipitar ao insistir nas ofensas, no ato cruento de
alguma tentativa de lesar o mundo, quando se prescreve de termos mais
respeito aos animais, seja na mão da mesma ignorância o nosso
utópico viver, em que não se permita mais o panorama cultural, essa
ignorância deve merecer ao menos o nosso igualmente ignorar, o ato,
o ignoto ato, que relevemos ao chão a insensatez de toda uma fatia
mundial, pois obviamente chegaram os dias em que se tem a impressão
de que o mundo se vai apressado ao trem da fantasia do Poder, ou algo
semelhante. Enquanto os alicerces da crítica vão se aproximando do
conforto e bem-estar que negam a nefanda queima de nossas reservas
naturais, mais gente é sacrificada, mais muros são construídos em
torno de nós mesmos... Conhecer alguém, ou mesmo se reconectar com
alguém toma nenhum sentido do que não se sabe seja o fogo, do que
não se desconfia o que seja a água, e da ebulição em que se torna
quando esses dois elementos – em fúria – se unem… As plantas
estão em muitos lugares, e a dissensão de não se aprovar algo porquanto
sem propina é caso comum entre as gentes: o pagar-se a algo, o
pedágio por se caminhar, as notações territoriais, os outros casos
narrados, ou seja, mexe-se com um cenário natural se dá a questão
mundial de preocupação, enquanto bilhões estão na miséria,
enquanto dezenas detém toda a riqueza financeira do planeta! Quanto
não importaria a um país saber que na África do Sul acontecia o
apartheid e quantos fizeram para mudar esse quadro, senão Mandela e seu povo? Quantos não assumem que muitos palestinos morreram
bombardeados sinistramente, e quantos de nós admitem que esse
povo se submete a um apartheid que já dura décadas? Quem sabe o que
ocorre no Congo, se porventura as nossas intenções realmente "libertam" de opressão todo um povo sofrido? São inúmeras as
inquietações de vários povos que vivem em penúria moral e
econômica dentro do escopo do que se chama nosso mundo quase
ocidental. O que se espera de todo um continente, seja velho ou novo,
seja chão e terra, ao menos seria a compreensão de que nem tudo no
mundo é poder, dinheiro e sexo, decididamente, não exatamente nessa
ordem e que, se somos incapazes por um lado, certo é que podemos ser
capazes de outro. Se nos comunicamos de certa forma, já é um lado
positivo e, se a paz for ao menos um sentimento desejado, seja
conosco, pode ser convosco, e sendo convosco, simplificaria ser
igualmente para outros, assim como se possa dar com todos.
O
mote de uma conversa pode ser apenas uma ocasião propícia para o
reconhecimento de que essa paz esperada jamais será apenas
sublocada como um produto de mercado dentro de nós ou de
outros, mas justamente será através de uma mera possibilidade, a
gota que esperamos, dentro da bondade de Deus, que possa mitigar a
floresta da sede de devastação na ganância pela qual passa nestes dias… Essa
intenção divina é que deve ser aflorada por nossas orações, no
sentido de darmos um passo em direção ao bom senso e não nos
deixarmos permitir que esse tipo de tragédia seja vista como algo
nulo, ou de somenos importância, por achar que estamos fora, dentro
de nossos confortos materiais. Mas tenhamos a certeza de que o homem pode sim, mudar certas coisas para pior ou para melhor, dentro e sabiamente no critério daquilo que dele se espera para não se causar mais danos à Natureza, justamente porque dela nunca e nem jamais seremos donos, pois apenas fazemos parte dela e qualquer atitude devastadora em relação à mesma Natureza resulta na devastação de nossa própria espécie, e não há vida em Marte, mas em planetas onde os terráqueos jamais chegarão, se nem ao menos levam uma vida devocional, desprendida, austera e renunciada...
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