quinta-feira, 22 de agosto de 2019

QUE A PAZ ESTEJA CONVOSCO E CONOSCO


          De que vale a paz se não a temos internamente? Será possível tê-la se nos ofendem brutalmente com o descaso, com a falsa pieguice, com a desfaçatez da hipocrisia, e com ferramentas que sequer haveríamos de supor que existam? A paz esteja com aqueles que, antes de partirem para a agressão, saibam que é possível uma vida pacífica, no que um problema agudo quiçá seja a simples falta de água, não apenas para abastecer regiões áridas, bem como para inibir as queimadas criminosas. Se porventura alguém se dê ao respeito, que se fixe no bem portar-se, e que a paz esteja com esta pessoa no mínimo em que se avente a possibilidade de nela se situar… No entanto, se a ignorância se precipitar ao insistir nas ofensas, no ato cruento de alguma tentativa de lesar o mundo, quando se prescreve de termos mais respeito aos animais, seja na mão da mesma ignorância o nosso utópico viver, em que não se permita mais o panorama cultural, essa ignorância deve merecer ao menos o nosso igualmente ignorar, o ato, o ignoto ato, que relevemos ao chão a insensatez de toda uma fatia mundial, pois obviamente chegaram os dias em que se tem a impressão de que o mundo se vai apressado ao trem da fantasia do Poder, ou algo semelhante. Enquanto os alicerces da crítica vão se aproximando do conforto e bem-estar que negam a nefanda queima de nossas reservas naturais, mais gente é sacrificada, mais muros são construídos em torno de nós mesmos... Conhecer alguém, ou mesmo se reconectar com alguém toma nenhum sentido do que não se sabe seja o fogo, do que não se desconfia o que seja a água, e da ebulição em que se torna quando esses dois elementos – em fúria – se unem… As plantas estão em muitos lugares, e a dissensão de não se aprovar algo porquanto sem propina é caso comum entre as gentes: o pagar-se a algo, o pedágio por se caminhar, as notações territoriais, os outros casos narrados, ou seja, mexe-se com um cenário natural se dá a questão mundial de preocupação, enquanto bilhões estão na miséria, enquanto dezenas detém toda a riqueza financeira do planeta! Quanto não importaria a um país saber que na África do Sul acontecia o apartheid e quantos fizeram para mudar esse quadro, senão Mandela e seu povo? Quantos não assumem que muitos palestinos morreram bombardeados sinistramente, e quantos de nós admitem que esse povo se submete a um apartheid que já dura décadas? Quem sabe o que ocorre no Congo, se porventura as nossas intenções realmente "libertam" de opressão todo um povo sofrido? São inúmeras as inquietações de vários povos que vivem em penúria moral e econômica dentro do escopo do que se chama nosso mundo quase ocidental. O que se espera de todo um continente, seja velho ou novo, seja chão e terra, ao menos seria a compreensão de que nem tudo no mundo é poder, dinheiro e sexo, decididamente, não exatamente nessa ordem e que, se somos incapazes por um lado, certo é que podemos ser capazes de outro. Se nos comunicamos de certa forma, já é um lado positivo e, se a paz for ao menos um sentimento desejado, seja conosco, pode ser convosco, e sendo convosco, simplificaria ser igualmente para outros, assim como se possa dar com todos.
          O mote de uma conversa pode ser apenas uma ocasião propícia para o reconhecimento de que essa paz esperada jamais será apenas sublocada como um produto de mercado dentro de nós ou de outros, mas justamente será através de uma mera possibilidade, a gota que esperamos, dentro da bondade de Deus, que possa mitigar a floresta da sede de devastação na ganância pela qual passa nestes dias… Essa intenção divina é que deve ser aflorada por nossas orações, no sentido de darmos um passo em direção ao bom senso e não nos deixarmos permitir que esse tipo de tragédia seja vista como algo nulo, ou de somenos importância, por achar que estamos fora, dentro de nossos confortos materiais. Mas tenhamos a certeza de que o homem pode sim, mudar certas coisas para pior ou para melhor, dentro e sabiamente no critério daquilo que dele se espera para não se causar mais danos à Natureza, justamente porque dela nunca e nem jamais seremos donos, pois apenas fazemos parte dela e qualquer atitude devastadora em relação à mesma Natureza resulta na devastação de nossa própria espécie, e não há vida em Marte, mas em planetas onde os terráqueos jamais chegarão, se nem ao menos levam uma vida devocional, desprendida, austera e renunciada...

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