Qual
não seria um mundo sem a lógica… Apesar de jamais nos debruçarmos
deveras no mundo daquela, não seria mal visto alguém que apontasse,
como Sanders Peirce, uma ciência que transcendesse a mesma lógica... No entanto, vemos que aponta muito a questão da Natureza
realmente transcender um fundamento matemático, contrapondo-se em
seus significantes mais agigantados o que ocorre hoje com os
fundamentos da computação e suas facilidades de processar dados e
informações em velocidades absurdas. A Natureza torna-se, no viés
criacionista, obra de Deus, mas isso não a explica, quando a ótica
sobre ela debruçada não vê uma questão de que – depois de haver
a Gênese – as coisas acontecem ainda sob o manto assaz importante
de que a vida nela contida é que deverá mover o mundo que acontece. Onde a existência da devastação é não existência, levando ao
nada e contrapondo à própria criação divina o pensamento de que
não estamos destruindo nada, justo, o que não é o fato. O papel de
uma religião onde estiver atuante, seja Bíblica ou não, não será
melhor quando explica ou justifica um sofrimento humano, ou de todo
um sistema natural, com base na perspectiva reducionista de que o
mundo está em seus últimos dias. Nada a ver com qualquer credo, mas
as antigas guerras e pestes já anteviam cenários mais aterradores
do que o que aparenta em nossos dias, como na última segunda Grande
Guerra, onde foram ceifadas dezenas de milhões de vidas.
A
aparência que temos com Deus é próxima igualmente da semelhança
que temos com os macacos, posto deles não distarmos quase nada em
termos genéticos. Aliás, entre um camundongo e um ser humano
existem genes em vulto semelhantes, como pelos, patas, mãos, olhos,
rins, coração, reação a experimentos semelhantes que nos
aproximam à ciência. Não seria absurdo afirmar que os cientistas
buscam soluções bioquímicas aos humanos através dessas cobaias.
Isso é tão factual ao se descobrir que um reboco de nova marca é
melhor do que o que se vem usando até então: as duas
circunstâncias unem ciências factuais, de uso mais perene, desde
que descobriu-se a roda. Se o nosso presidente precisa de um médico,
certamente vai optar pelo melhor, e se um médico tiver condições
de ir a um congresso de ponta, certamente vai investir nesse upgrade.
Se a Bíblia for traduzida para centenas de dialetos, certamente vai
atingir mais gente, e catequizar mais propriamente nesse sentido, na
medida em que se somarem investimentos grandes para tal empreitada.
No entanto, entenda-se a religião dos povos não pelo alcance que
possui, mas pela importância que alcança ao indivíduo, seja uma
seita, um rito tribal, uma crença africana, a existência dos
feitiços, os totens, os cânticos, os idiomas que são intraduzíveis
pela civilização por não possuírem o alcance a ser espelhado
pelos padrões latinos ou anglos, ou orientais. Enfim, o respeito ao
panorama cultural dos povos, suas ciências, seus mitos, nos grandes
arquétipos que Jung já previra na coletividade humana, sob a ótica
da ciência psíquica, o que vem a limitar igualmente a totalidade e
pluralidade dos seres, já que para muitas tribos a religião
incorpora a Natureza como condição de respeito por ser ou fazer
parte da existência de seus ritos e de suas maneiras de ver a si e
ao entorno.
Nisso
vemos que a lógica, como vem sendo utilizada pelos padrões da
tecnologia das civilizações, reduz a percepção à sua existência,
onde o evidente binário parte do pressuposto da ciência Newtoniana,
basicamente, e a construção do imaginário dos indivíduos acaba por espelhar em pequenos ou grandes agrupamentos pretensas soluções
de vida mais confortável, e uma ignorância de visão que insiste
nas guerras, nos litígios, na competição desigual, e em uma
condição de miserabilidade e concentrações de megas fortunas nas
mãos de poucos privilegiados. No fundo, dividimos o mundo entre
várias fantasias, inclusive certos messianismos que deveriam esperar
para ver se ao menos se busca uma solução consensual naqueles povos
que precisam de atenção... Basicamente no continente africano e no
latino americano, onde o tribalismo ainda representa vitalidade e
conformidade com suas crenças, e onde a intervenção extremamente
cruenta gerada pelos recursos abundantes deveriam abrir espaço para
as riquezas mais de coleta, permitindo a sustentabilidade na
preservação da mesma e nossa mãe Natureza. Deve ser condição sine qua non
a que possamos prosseguir com duas realidades que se ajudem, sem
buscarmos polarizar aquecimentos de máquinas que atentem contra a
harmonia necessária e premente nos dias conturbados de hoje.
A
lógica a ser enfrentada deve ser objetiva no sentido de “re”ligarmos
Deus com as leis do mundo, posto sem dúvida esse Deus maior deva ser
o respeito acima de tudo, sem fronteiras, protegendo as nações
indígenas, aprendendo com a medicina das plantas e outras formas de
vida, recusando – haja vista haver tanta concentração de riqueza
– retirar mais e mais riquezas do solo do planeta na forma de ouro
e minerais, quando próximos a reservas ambientais e, principalmente,
escutando os conselhos de um país que possui ao menos a sigla de um
partido chamado: Verde, como a querida Alemanha. Essa nação quer zelar pelo
bioma de nossas matas, e já aprendeu duramente o que foi a derrota,
o erguer de um muro que a dividiu, e a união das suas diferenças na
construção de um país que tem, com seu Governo, a estatura e liderança
de uma mulher culta, preparada e verdadeira estadista. Temos que
escutar quem conhece, quem tem história, apenas para citar esse
país, entre outros. Ou, em outra plataforma, os Médicos sem Fronteiras, uma ONG de
respeitabilidade inquestionável. O que se espera é que daqui a pouco
não venham ter que atuar aqui no Brasil, pois a situação do
Nordeste não está nada bem nessa questão de ordem.
Baste de se insistir um pouco nas questões de cunho político ou midiático, pois usando
a lógica temos o True e o False: o primeiro dentro da esfera do
respeito supracitado, o segundo como signo de devastação em que
certas árvores vão precisar de dezenas de anos para atingir o seu
crescer condigno, na melhor das hipóteses, se houver replantio e boa
vontade. E mais, a humildade que a espécie humana tem que ter para
olhar uma folha e pensar ao menos que nenhuma espécie é superior a
outra e, que Darwin nos perdoe, para que tanta evolução, se sempre temos passado por situações tragicômicas? Certamente, na atualidade, mais trágicas do que graciosamente divertidas...
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