terça-feira, 13 de agosto de 2019

SOB O HOLOFOTE MIDIÁTICO


            Não se ressintam aqueles que por alguma razão estão aparecendo nas revistas e TVs com a teatralização em que se tornou o faustoso mundo das outras aparências. Haveria, por uma assertiva principal, de se contestar a mesmice de denúncias políticas ou de outra natureza, quando o que superficialmente não se percebe, seja uma luta em se manter de pé o poder informativo, enaltecendo educação de primeiro mundo com o viés do ruído de se mostrar a miséria humana, mas sem contestar as suas verdadeiras causas e motivações. Há canais de comunicação que sempre estiveram à frente em suas propostas valorizando os EUA como o suporte ideal para uma nação como o Brasil. Como se o republicanismo não houvesse de importância para o desenvolvimento de nosso país, e confirmando a preferência quando da invasão da Síria, Iraque, Kwait, Palestina, da supremacia bélica, do apoio ao regime de 64 neste país, paralelamente à construção gigante do que se chama de 4º Poder no Brasil.
            Vê-se hoje uma crítica onde as emissoras que se dizem mais importantes defendem o humanismo que jamais quiseram realmente que houvesse, com a distribuição de renda mais igualitária, partindo contra um Governo que mal sabem se realmente representa uma ameaça ao seu oligopólio, temendo que se reveja a sua ilegal concessão, em uma queda de braço onde os militares, francamente, levam uma vantagem cabal e onde os evangélicos são mais fieis e vergam menos do que a emissora de opinião algo manipuladora, a bem dizer, totalmente.
            Há que se saber do modo sincrônico onde se apresenta o drama antes de expor a tragédia, se dispõe da comédia, e até mesmo se comenta em algum documentário de ocasião como se procede a educação em outras nações bem desenvolvidas, em um tipo de timer onde o mesmo modo sincrônico reverte com suas pitadas dramáticas e envolventes o quanto seus fantoches podem atuar com o público. Saibamos que a educação pode mudar, no dito conhecimento não necessário, como dito em reportagem, mas a própria apresentação das âncoras de TV, em um futuro não muito distante – se tratando de década ou menos – os comentaristas serão bonecos de 3D que disponibilizem as informações onde quer que estejam, quando estas realmente fugirem de conhecimentos mais aprofundados, a título de simples apresentação de tópicos. No aprofundamento cotidiano dos sistemas de informática, onde a trilogia: dado, informação, e conhecimento passa a ser hierárquica na ordem inversa, quem realmente não se aprofundar será fadado a ser mero manequim travestido de realismo e beleza plástica em boas e competentes modelagens. Onde as âncoras viram repetidores banais, e não se terá maiores preocupações na hora da substituição. Esse é o ABC não de uma relatividade de Einstein que possuía muito conhecimento e mudou muito a ciência, mas de uma simples timeline bem gerenciada...
            O futuro do jornalismo vai ser enxugar muito o pressuposto de que os antigos dinossauros que são a receita do que existia no século XX já não poderá ser aplicado neste novo milênio, onde a uberização do jornalismo será pautada pela crise econômica em que a informática terá papel fundamental no descarte de quem não possua conhecimento farto a respeito de um assunto, a não ser repetir como um papagaio as notícias diárias. O que já se revela nos dias atuais é a importância e independência de pequenos e micro jornalistas que publicam – sem a audiência capital – suas percepções dentro do escopo da alternativa mais independente, seja no panorama dos Governos atuais, seja na confiabilidade de filósofos que igualmente se dizem independentes, mas apenas revelam ao menos a atitude de tentar pensar e dar diretrizes na contra direção do status corporativo da grande mídia.
            A construção de um paradigma que revele como se processa a dita sincronização programática das grandes estruturas globalizantes da informação passa pela questão de conhecermos em termos de engenharia da informação como se procede uma dramaturgia de suporte, ao uso psicológico e manipulador da realidade, e como o quarto poder se torna igualmente nefasto quando se utiliza de concessões no mínimo escusas e suspeitas para continuar posicionados como uma grande antena que alcança todas as populações. É grande a necessidade de atravessarmos um bom oceano para que se reveja – no fiel da medalha – como se constrói uma realidade de um bom artifício rejeitando ícones civilizatórios que só fizeram serem amigos dos poderosos e inimigos de quem não convém, por iniciativas exploratórias e desumanas em relação com o povo brasileiro. Nisso incluída a grande mídia, que contemporiza grupos, parte para críticas que não alteram as estruturas de Poder, colocando panos quentes para os excluídos, e realizando laboratórios de reality shows para receberem audiência das elites mais conservadoras, no sentido de não aceitarem a iniciativa de grupos com vária intenção.
            É por isso que o que se chama de rejeito cultural é o que sobra de uma cena onde os atores sempre foram os mesmos, os cenários mudam conforme o tempo, onde os debates são manipulados, onde as entrevistas com celebridades políticas ou não se fazem nulas no acréscimo de conteúdos realmente pertinentes e, principalmente, onde o jornalismo investiga a face de mão única, deixando para trás evidências que seriam de vital importância em uma ferramenta saudável de composição e união pela Pátria, no sentido humano e altruísta de descerem do pedestal e confessarem que este país necessita de mudanças profundas e estruturais no que diz respeito a sua cultura, e como é sua importância na aceitação da miserabilidade como realidade indiscutível nas suas razões, nas suas causas e nas suas consequências. Esse seria um bom andamento, apenas se pensássemos na União, e que os Governos de monta ajudem a fazer de um grande país um país imenso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário