domingo, 26 de maio de 2019

QUAL NÃO SERIA O TERMO



De um termo qualquer talvez se esteja órfão aquele que tenta algo
No escrever sucinto de sua verve, na vida que não tenda a mais qualquer
Que não fora o significado primeiro de um termo outro que não ofenda!

Pois tempo, dai ao poeta mais um pouco de si, quem sabe um décimo
Do que fosse numeral marcado, um átomo de seu silêncio efêmero
A que se dispõe uma mesa farta depois de vinte e tantas horas…

Que se disponha, dispõe é conteúdo quase informal de se conter muito
Não que não sejamos loucos a ponto de evitar o que se vem para melhor
Para aquilo que não se despe a granel de roupas baratas, mais um paladar!

Um termo de circunstância, que não vogue tanto o repente quase nulo
Em uma plataforma que inexiste quanto de se aceitar o quase inaudito
A que se anteponha certo verbo na linha de frente da ala da dama…

Pois que se de tática se versa um quase querubim de letras negras,
Sabe-se que o cálculo de movimentos futuros não espelha muito
Aquele proceder de blefe barato na aparência, depois de um mate falso.

Se é de se jogar que se jogue algo de adulto, pois que se ponha o pingo
Em um I romano que não possui ponto nem o pingo que se preze
Quando se adormece no IV irrisório, que o cinco parece vitórias!

De únicas vitórias se faz de novo, que se é de se jogar que se jogue,
Mas todo o jogo traz em si o vencedor e a perda de quem se digladia
Posto nem sempre o perdedor perde, e nem sempre o jogo é que ganha.

O temor geral de se gerar um termo cabal reside na antinomia de um ser
Seria cabalmente a compreensão de pensamentos em um fluxo contínuo
Mas que em progresso ao menos uma vertente é quase verdadeira…

Em oposição a qualquer outro ser, que seja, a contradição de um fato outro
Versa que a mensagem seja posta na mesa qual condição irrefreável
No aspecto de um porto onde o barco ao menos saiba da concretude da água.

Assim de âncora, de ser fundeado corretamente, esse é um fato verdadeiro
Pois denota que a verdade seja aquilo que não corrobore muito o ego
Naquilo da exibição e espalhafato digno de um circo onde o palhaço falta.

Sim, de termos em termos vamos conceituando as promessas de um dia
Que passa azul e rosa na superfície de Pablo, qual guernica que sai por outro
Revelando outras cores no ocre e cinza da realidade de uma grande guerra.

Como páginas recortadas de um jornal, os objetos do cubismo sintético
Já houveram por revelar a coisa de um passado século onde residiria
O silêncio do grito que enuncia um movimento artístico incomparável!

Pois que desçam do pedestal os ouvintes do nada, pois que se teça
Um dia a idade da razão sartreana, a ver que em mapas de uma fome
A compreensão dessa realidade não passa a ser o egoísmo do conforto.

À medida que compreendermos melhor a própria e sólida verdade,
Seremos mais justos quanto a veracidade que se estampa na face
De um olhar que teça a esperança para os pobres, sem faltas no jus…

De uma fronte qualquer não se corrija tanto o que não merece correção
Pois desta a bondade se faz cumprir como quase modular construção
Na vertente que não assombre muito o viver quase sem padecimento.

Que de sofrer sejamos mais corretos com aqueles que são assim
Por questão óbvia de situação conforme e correlata com o fardo
Que carregam sem saber se o justo sequer se preocupa com tal.

Na vereda intempestiva do sofrer, quem ama sofrendo ama de modo
A que todo o amor fácil seja um prenúncio da vida desenfeixada
No que se preze saber-se que um homem possa residir na inocência!

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