Do
que seja uma vírgula, uma noite passada ao acaso,
Das
fronteiras dos que se desejam e se evitam,
Do
mar e suas multidões de rochas,
Do
ponto final até a reticência…
Não
que não fôssemos, pois porventura somos ainda
E
nos fazemos pulsar qual ribeiro e sua correnteza
Que
escoa, que verte do olho d’água e que sabe
O
que se há de saber sobre a terra, ou quase nada!
Do
pé escalavrado que pisa o asfalto,
Da
mãe que entristece a mesa vazia,
Do
filho que possivelmente possa
Ter
um estudo que seja, um libertar.
Que
se dissesse do simples e transparente
Tapete
de vidro em meio ao concreto
Nas
laterais do prédio uma mão obreira
Que
permanece infatigável e não desiste.
Da
grama rente ao piso e suas formigas,
Do
tilintar do rico em meio ao seu níquel,
Da
prostituta que esquece seu preservativo
Em
uma gaveta onde lembrou-se do batom…
Urge
a urgência mesma do tempo
Daquele
em que nos viramos
Quase
do avesso no sentir da fronte
Que
perpassa na frente de nosso ato..
Seremos
quase loucos ao afirmar
Que
ao recrudescer da fera
Dá
a nossa reiterada vida
Um
passo a mais no fremir da alma.
A
quem não seja tonto de quebra
Vem
a linha da roda quase viva
E
carrega um tanto do sacrificado
Porém
de não se saber exato.
De
tantas coisas e detalhes anexos
O
mural da inspetoria se ressente
De
assistir que nem tudo se resolve
Em
páginas restritivas ao acaso.
Na
selva onde encontramos o quê
Porventura
não sabemos a causa
Daquilo
que seja pronomial
Ao
verbo que nos indique uma voz!
Ressente-se
o marulho das ondas
No
quebrar de nossas proas silentes
Onde
o querermos ainda algo a mais
Nos
verte como que na rua desnuda.
O
manifesto de Brèton, maravilha
Dos
sete mundos imanifestos
Da
história desconhecida onde
Jung
já houvera do arquetípico.
Mas
que no comportamento
Há
salas espaçosas de estudos
Que
revelam não sabermos quando
O
externo se faz presente fora do imo.
Uma
releitura das faces promete
Identificar
sentimentos, mapear,
Instigar
curiosas serpentes
Que
veem, no braço girante, ameaça.
Não,
que os anéis nos revelem
O
nosso casamento sagrado
Com
tudo o que se promete
Naquilo
que seja consagrado.
A
ver, uma dança tupiniquim
Mostra
a quem quer ver maior
O
samba que da síncope marcada
Retrai
a anticultura nefasta e nua.
Muito
se diz do que não queremos
Quando
algo se remonta no querer
No
sentido lato dos desejos
Que
deixamos anoitecer nos colos!
O
poeta segue sempre, apesar,
De
se crerem outros com adagas
Quaisquer
que sejam por fora
Daquilo
continuado de, por arma, crer.
Não
se ressinta que no alvorecer
Teimarmos
em crer na paz
Que
seja, em um átomo de luz
Onde
o sol reverbera dentro e fora.
O
que se pense ser medido
Não
encontra o fato de mensura
Quando
se dite que de modo vil
Queira
saber-se da dimensão de Deus!
Não
se conta a hora de se perder
Algo
que já se ganha no espírito,
Posto
ciência devocional resida
No
alimento oferecido ao sagrado.
Nisto
de ver, veremos o céu
Nublado
como pode o real de ser,
Visto
que veremos o próprio azul
No
infinito de nossa possibilidade.
A
cada estrofe de um pensar manso
Se
saiba da força em encontrar amiúde
Um
vento que emana de um sorriso
De
uma criança ao menos alimentada.
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