A
descrição de Krsna
é inumerável… Tantos são os seus nomes que distantes estaremos
quando a visão das ondas do mar e o fato de estas serem
infinitamente criadas pelos movimentos das águas, desde o surgimento
do planeta – infinito tempo – dão meramente a medida dos
aparecimentos
de Deus. Suas potências são
ilimitadas, posto não sabermos, dentro de nosso irrisório
conhecimento, saber de sua ciência sem recorrermos aos textos
sagrados, os Shastras, ou a Bíblia, outros cânones, outras
religiões, credos, cultos, de diversas matrizes, primitivos ou de
estudos aprofundados conforme a palavra, o verbo, o versículo, o
verso. Encontrar um guia é a antiga questão do crente, e a
orientação ou instrução se revela a cada qual em seu modo de
querer conhecer algo a mais do que a vida material. O
que urge nesse mundo da técnica é que respeitemos as diversas
vertentes e paremos de digladiar opiniões baseadas na crença de tal
ou qual dogma que não aceita o dogma próximo de uma visão
religiosa que não esteja encaixada em um Livro, mesmo que se queira
a idolatria, ou não, mas que a humanidade não suporta que estejamos
criticando a bel prazer o modo de viver de cada qual.
A
saber, que um modo de ver o mundo com base na matéria também é uma
opção de vida, e jamais se deve demonizar um ateu, pois por vezes
este encontra na filosofia ou na simples literatura de cultura de um
lugar a sua idiossincrasia particular de ver o mundo em que vive. Por
vezes estamos nos encaixando em um tipo de vida religiosa não por
verdadeira vocação, mas para conseguir posição social ou mesmo a
retaguarda para se conseguir objetivos materiais como riqueza e
poder. Essa posição não verte na sociedade nenhuma tipificação
de ajuste social, pois é sobremodo antiga como modal operativo de se
conseguir algum desejo, como nos casos da teologia da prosperidade,
que versa sobre ganhar posição material através do desejo de obter
consagração religiosa para o fim de enriquecer ou exercer poder na
sociedade. Uma bancada política com tendência a um conservadorismo religioso, por vezes criacionista, quando não aceita a versão
científica de estudos como a evolução darwiniana e da física
newtoniana, ou do marxismo como versão de estudos a respeito da
economia, só faz com que os estudantes não se envolvam com a
ciência tal como é: o pilar da experiência humana sobre seu
entorno dentro do arcabouço terreno. Esse
padecimento social na esfera da não compreensão dada verticalmente
das bases únicas de um conhecimento científico solapa e destrói a
educação como um todo. Há que dar nome aos bois e a religião é
um religar-se com o inexplicável, mas que seria ótimo não haver
comportamentos hipócritas no sentido de usar as pontas da ciência
para se sustentar em poderes ou riquezas e evitar falar sobre a
tecnologia empregada, quando alguém se faça crer que a religião é
maior do que a ciência. Estes são dois domínios distintos, e cada
qual desenvolve a sua aptidão, seja um Padre, um médico ou mesmo um
cientista, tão necessário quanto a razão de existir de uma Nação,
tal qual é, tal qual deve se fazer construir. Falar em construção
é um termo de arquitetura que significa poder erigir um edifício,
desde suas fundações necessárias, e esse conhecimento pode ser
algo com religião, com fé, independente se o que se faz leva em
conta todo o saber científico, pois sem isso não se pode construir
dentro da ordem técnica imprescindível. Essa é uma condição sine
qua non para que se tenha a fundação pronta, e depois o trabalho já
não mais tão importante, pois – creia-se – o maior detalhe
sempre será o alicerce, e o ensino básico e fundamental hão de ser
de igual importância, mas o acesso ao ensino superior tem que ser
livre e irrestrito, e esse ensino há de ser de boa qualidade, e que
não se eximam de responsabilidade os responsáveis pelo andamento da
educação no país, pois,
haja vista a religião ser uma coisa mais individual, concisamente
mais intimista e particular, o universo do conhecimento a envolve
como opção dentro das letras, mas não o oposto, já que na mesma
religião o religar-se matemático para a compreensão da Bíblia,
por exemplo, está presente, assim como o alfabeto e a história.
O
que nos envolve no conhecer religioso, a saber, se conhecer está que
porventura saibamos vários idiomas, seremos bons pastores, bons
diáconos, saberemos compreender os Vedas, o Corão, seremos mais do
que a pressuposição algo insensata de pensarmos que apenas uma
vertente religiosa vai dominar o país, ou que tenhamos que
preconceituar etnias, ou rogar por certas supremacias, não, isso é
deveras insensato… Ou mesmo que queiramos enquadrar vertentes de
ordem política, pois a democracia não pode ser invasiva, mas
receptiva, é menos um prego, mas é mais uma cabaça, é menos
guitarra e mais agogô, não que se queira destoar, pois falamos de
uma democracia onde seu domínio do desafiarmo-nos é estender que o
Norte desça com o triângulo e que, no extremo sul quase europeu
possamos ver um alemão pendurando seu cordel por um varal em que a
cultura seja a razão da mímese, e não o altercar-se por ordem
política ou religiosa. E
que qualquer país possa curtir o Brasil, mas que não haja escambo
injusto, desigual, pois somos uma nação riquíssima, e não
merecemos por contas irresponsáveis qualquer plataforma que nos faça
sangrar o óleo ou outros recursos que tanto a nós pertencem por uma
questão imitativa, que seja, do país rico, por onde vemos outra
bandeira, ou outras, que o mundo é grande, na suposição que nos
falta a sermos mais de nobreza de caráter, e não da falta crônica
deste.
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