Não
se tente ilustrar precisamente os mecanismos que levam ao
conhecimento, mas este como pressuposto máximo do engenho humano,
quanto de humanos quisermos ser, nessa faculdade a nós inerente. Os
dados, na máxima da Tecnologia da Informação, nos levam às
informações, e estas ao conhecimento. Isso na ordem dos fatores
computacionais, e obviamente hão de haver profundos e alternativos
caminhos que nos levem a abraçar as modalidades daquele, como a
filosofia, a arte, a escrita, a engenharia, a medicina e tantos
outros ofícios que narrá-los torna difícil para abarcar todo o seu
universo, conquanto seja o conhecer ferramenta indispensável ao
andamento dos seres em unidade coletiva ou individual. Seja na
concepção de um motor, na ciência da navegação, na pintura ainda
atual de um afresco, na vanguarda de um bom grafite, na descoberta de
uma doença, entre tantas outras, e no fundamento do pensamento
humano. Mesmo quando a humanidade
descobre por um milagre da obviedade que a escola é a razão através
do qual se gera o aprendizado, há que se saber que aprendemos muito
igualmente na sociedade, na observação dos fenômenos e no
perscrutar-se a Natureza e a nós mesmos, enquanto identidade e
espelhamento reflexo do que ocorre em nossos entornos. Saber se
comportar enquanto criança e preparando para uma adolescência
saudável parte de uma questão da educação que os pais hão de ter
com relação com os filhos, e do ambiente que gera uma boa noção
de existência, um ambiente compulsoriamente saudável, salutar e não
muito pauperizado, pois pode-se daí originar-se um filho rebelde,
que esteja sufocando com as dificuldades de sua própria família:
sem suporte afetivo dos vizinhos, sem um mínimo de conforto para os
estudos, ou com a jaça que verte no chão as esperanças de uma vida
melhor, que pode ocorrer no
dia a dia da progenitura, de acordo com
o comportamento reflexo dos pais em relação a uma vida de misérias
e carestias. Essa realidade é escalar e verdadeira, e o conhecimento
torna-se cada vez mais difícil, em países de pobreza extrema. Saber
salientar essa condição não se torna uma questão ideológica,
pois apenas a constatação factual, ou seja, se queremos um país
mais rico, que se invista em seu povo, em suas riquezas e que se
distribua melhor os ganhos, ao invés de distribuir as perdas. Esse é
o obstáculo que verte sobre o nosso chão que intenta contra um povo
entregar-lhe a responsabilidade pelo atraso, e isso não permite que
avancemos com um conhecimento ao menos mais democrático, com acessos
mais flexíveis e demandas mais favoráveis de comércio e indústria.
Bem como na
lavoura e nos costumes, na técnica e na arte expressiva pura, sem
intermediar-se o nulo, porquanto agregando valores em uma intenção
honesta, produtiva e sã.
Mas
o conhecimento por si é premissa do andamento de um Governo, do
diálogo que se trava entre rivais, da compreensão das dificuldades
e da solução que se encontra como uma sinalização que não
dependa apenas da ação, mas da atitude correta. Como quando se
conserta um relógio mecânico, enquanto o tempo não estiver sendo
marcado com precisão, a máquina não estará funcionando de acordo,
e o relógio deverá ser consertado por uma mão precisa e importante
no processo. Essas assertivas são o fato, a coisa como ela é. Nada
de uma afetação fantasiosa e imaginativa terá espaço garantido,
pois muito do que se vê e comenta nas redes, ou em diálogos
abertamente inúteis não é
realmente notícia, verdade, ou realidade. Convenha-se que também
ninguém é obrigado a andar com a Realidade a tiracolo, pois um
pouco de fantasia talvez venha a calhar, mas em uma tomada grave de
decisão a verdade, e só ela deve ser levada em consideração: a
veracidade dos fatos, o que gira a mola, como funciona a engenharia,
como é construída
uma boa arquitetura.
A
imparcialidade com relação a como se proceder com relação aos
fatos leva todo um expectativo público a tomar conhecimento positivo
ou negativo. No caso de ser negativo, pode existir interesse, pois a
imparcialidade quando se toma uma atitude ou ação jurídica sempre
será positiva ante os olhos de um grupo, Estado ou Nação - soberanos. Por
vezes, independe do conhecimento que alguém com poder de mando
possua para que se faça o correto. Esse conhecer algo para
beneficiar alguém injustamente revela de certo modo uma deterioração
do uso do conhecimento em uma ação pública, notória ou não. Se
essa ação porventura vira notícia a deterioração moral vem em
correntes para o colo do público, seja ele mais erudito, mediano ou
mais popular no sentido de menos instruído. Em uma verdade
encoberta, parece um paradoxo acreditar que o conhecimento tenha que
estar em um tipo de redoma de escolhidos, mas isto apenas reflete uma
lógica reducionista que atrasa e torna lento todo um processo de
cruzar a ponte para a fama, pois a ponte acaba rompendo no meio do
caminho, quando se pretende equalizar injustamente a cultura de toda
uma população em níveis mesquinhos e medíocres. A
saída é justamente ficar contente intimamente, aquele que dispunha
dessa estranha lógica, com uma situação onde o cidadão que não
tenha acesso facilitado ao conhecimento possa estar em uma boa
escola, e onde seus pais estejam mais felizes com um bom emprego. A
saída é ser mais patriota, é pensar melhor no país, é possuir
uma alma mais nacionalista, mas progressista e mais equânime com
todos.
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